1 de maio de 2015

Especial - Mês de Maria, Mãe do Redentor




Apresentação:

A mais famosa imagem de São Francisco (abaixo), produzida pelo pintor italiano Cimabue, mostra, não por acaso, o santo ao lado de Nossa Senhora. Maria está no centro da devoção franciscana, tanto que a Ordem dos Frades Menores tem origem na pequena capelinha Santa Maria dos Anjos, ou em Porciúncula, que se conservou através dos séculos como foco da piedade francisclariana.




Prova da veneração de São Francisco de Assis é a belíssima "Saudação à Mãe de Deus":
Salve, ó senhora,
Rainha santa,
Mãe santa de Deus,
ó Maria,
que sois Virgem feita Igreja,
e escolhida pelo santíssimo Pai celestial,
que vos consagrou com seu santíssimo e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito!
Em vós residiu e reside toda a plenitude da graça
e todo o bem!
Salve, ó palácio do Senhor!
Salve, ó tabernáculo do Senhor!
Salve, ó morada do Senhor!
Salve, ó manto do Senhor!
Salve, ó serva do Senhor!
Salve, ó Mãe do Senhor,
e salve vós todas, ó santas virtudes, derramadas, pela graça e iluminação do Espírito Santo, nos corações dos fiéis, transformando-os de infiéis em fiéis do Senhor!


Neste mês de maio, oferecemos um Especial sobre esta devoção mariana, indicando nas fontes franciscanas os textos que falam da Mãe de Deus. 

De Frei José Carlos Correa Pedroso, um mestre da espiritualidade franciscana, escolhemos "Maria em comunhão com a humanidade": 

Segundo Frei José, o Fundador da Ordem dos Frades Menores fez de Maria a "Advogada da Ordem e pediu que os frades nunca abandonassem a Porciúncula, a casa de Nossa Senhora em que a Ordem nasceu".
O título deste Especial foi emprestado da Encíclica de João Paulo II, "Redemptoris Mater", sobre o significado que Maria tem no mistério de Cristo e sobre a sua presença ativa e exemplar na vida da Igreja.
O saudoso Ministro Geral, Frei Constantino Koser, ressalta que São Francisco não é apenas um santo muito devoto, muito afeiçoado à Mãe de Deus, mas é um dos santos em que a piedade mariana aparece numa floração original e singular, sem contudo se afastar, por pouco que seja, das linhas marcadas pela Igreja.
Frei Hugo Baggio observa que quem conhece os trabalhos do Vaticano II está ao par das tentativas de recuperar a mulher, seu papel e sua influência, e conseqüentemente dar-lhe um lugar de igualdade dentro dos parâmetros sociais. Esforço digno de nota de trazê-la da periferia para o centro da vida, embasando, assim, todo o movimento em prol da mulher desenvolvido nas últimas décadas, na tentativa de acabar com a discriminação. "Interessante observar que também neste particular Francisco de Assis deixou sua influência e agiu de forma concreta e prática", atesta o franciscano. A téologa Lina Boff assinala que a força da piedade popular levou a Igreja a proclamar o dogma da Imaculada Conceição.
Jesus Espeja diz que, como cristãos, temos motivos de sobra para celebrar Maria como "rainha e senhora", mas corremos o risco de esquecer a história daquela mulher simples que viveu num pequeno povoado de uma região periférica no mundo daquele tempo. Maria de Nazaré é alguém de nossa raça. Como os demais seres humanos, nasceu e viveu num contexto histórico, social, econômico, político e cultural.
Um texto da Campanha da Fraternidade de 1990 lembra que o livro do Gênesis denunciava Eva como causa do pecado original, colocando sobre todo o sexo feminino um fardo difícil de carregar, e que Maria é proclamada bem-aventurada, imaculada, sem pecado.

Do Catecismo Católico, escolhemos o texto que comenta a Oração da Ave Maria. E apresentamos um texto sobre a iconografia mariana, o mesmo tema nas artes e as orações.

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