tag:blogger.com,1999:blog-12976842757172507642024-03-05T08:17:51.408-03:00Ordem Franciscana SecularFRATERNIDADE SÃO JOÃO XXIII -
Abaeté / MGAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/06246365642704082599noreply@blogger.comBlogger1406125tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-44956080096645608232015-07-03T08:39:00.000-03:002015-07-03T09:25:33.048-03:0003/07 - Bem-aventurada Maria Ana Mogas Fontcuberta<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj_l4V_kAo_AipTsNnpsxosrpahpAQJD_68HrOJ_KSQT6IExhksXPRjdRMUM92ApKzxjJjE-y7dF4JRYsTTqj0pn9d4T6GW_PTMHZG3Qceb7DeEpZEMZE6xgRcgiXNIUsD6qzN1vZsdiBP/s1600/Bem-aventurada+Maria+Ana+Mogas+Fontcuberta.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5760613351839163506" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj_l4V_kAo_AipTsNnpsxosrpahpAQJD_68HrOJ_KSQT6IExhksXPRjdRMUM92ApKzxjJjE-y7dF4JRYsTTqj0pn9d4T6GW_PTMHZG3Qceb7DeEpZEMZE6xgRcgiXNIUsD6qzN1vZsdiBP/s320/Bem-aventurada+Maria+Ana+Mogas+Fontcuberta.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 320px; margin: 0 10px 10px 0; width: 223px;" /></a><br />
<strong>Fundadora das Franciscanas Missionárias do Mãe do Divino Pastor (1827-1886). Beatificada por São João Paulo II no dia 6 de outubro de 1996.</strong><br />
<strong><br /></strong>
Maria Ana nasceu em Corro do Vale (Barcelona) em 13 de janeiro de 1827, batizada no dia seguinte. Ela começou sua vida religiosa em Ripoll em junho de 1850. Ela se distinguiu sobretudo pela sua caridade, a pobreza, a humildade, a simplicidade, a austeridade, alegria e espírito de oração, virtudes que infundia entre suas filhas e em suas obras apostólicas. <br />
<br />
Em 12 de junho de 1859 abriu uma casa de Capellades para cuidar dos enfermos da região e começou a ensinar as meninas, especialmente as pobres. Em 1860, criou uma comunidade em São Quirico de Besora para dar assistência às pessoas através de um estabelecimento muncipal. As irmãs ajudavam aos doentes e necessitados. Mas os interesses econômicos dos diretores impediram que as irmãs pudessem realizar um plano de serviço.<br />
<br />
Mas a mãe Maria Ana encontrou uma maneira de fazer este trabalho de forma independente. Em 1862, ela fundou uma pequena escola para o ensino fundamental. Este trabalho progrediu e a qualidade da formação e dos estudos fez de imediato sobresair o colégio das irmãs.<br />
<br />
Em 1883, obteve em Barcelona o título de professora do ensino fundamental. De imediatoo, a pedidos e dada a grande necessidade, fundou o segundo colégio nos subúrbios, em Fuencarral. Os marqueses de Fuente Chica, primeiro cederam o terreno, em seguida, os campos ao redor e, por último, a fizeram sua herdeira, condição que pôde coroar a sua obra. Apesar de sofrer um acidente vascular cerebral durante a epidemia de cólera, fez o seu melhor para servir aos enfermos. Morreu em Fuencarral no dia 3 de Julho de 1886.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-13312048322621832422015-07-02T07:35:00.000-03:002015-07-02T08:32:40.451-03:0002/07 - Bem-aventurado Carmelo Volta<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVNRKxNs4q-FhT5rzIpUjozqMRJtcn7y9ZukxGNXktnrXFIkc0QlEqPZXzxgDz1yfyy1ozZkuy9mwURYYqXxftI2rC8fwY0_EYbaKaqhzJuDEbrG21jxF92bNyukVp8Kxw9yVzoeqOxkJl/s1600/martt.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5760179457128460818" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVNRKxNs4q-FhT5rzIpUjozqMRJtcn7y9ZukxGNXktnrXFIkc0QlEqPZXzxgDz1yfyy1ozZkuy9mwURYYqXxftI2rC8fwY0_EYbaKaqhzJuDEbrG21jxF92bNyukVp8Kxw9yVzoeqOxkJl/s320/martt.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 320px; margin: 0 10px 10px 0; width: 206px;" /></a><br />
<strong><em>Sacerdote e mártir da Primeira Ordem (1803-1860). Beatificado por Pio XI no dia 10 de outubro de 1926.</em></strong> <br />
<strong><em><br /></em></strong>
Carmelo Volta é modelo e protetor dos párocos e de todos os que fazem a cura d’almas. Foi pároco zeloso primeiro em Ein-karem (São João da Montanha) e depois em Damasco, onde ele e seus irmãos sofreram martírio por Cristo. Ele nasceu em Real de Candia, perto de Valência, Espanha, em 1803. Seu pai, José e sua mãe, Josefina Bamez, depois de educá-lo santamente em família, o confiaram aos Irmãos das Escolas Pias, onde foi educado e instruído.<br />
<br />
Ele tinha 22 anos quando finalmente pôde realizar seu desejo de dedicar sua vida a Deus na Ordem dos Frades Menores. Depois da formação e estudos, foi ordenado sacerdote. Em 1831 veio para a Terra Santa, onde se encontrou com o beato Manuel Ruiz. Seus espíritos estarão sempre unidos no mesmo ideal para compartilhar no mesmo campo as lutas do apostolado e o triunfo do martírio.<br />
<br />
Animado pelo espírito de Deus, trabalhou com grande zelo para o bem das almas a ele confiadas. Aos 57 anos de idade, o incansável ministério pastoral havia limitado suas forças, razão pela qual pediu um coadjutor, e o teve na pessoa do jovem Engelberto Kolland.<br />
A popularidade de Carmelo era singular: em Ein Karem e, especialmente, em Damasco, ele foi amado e respeitado até mesmo pelos muçulmanos.<br />
<br />
Na noite de 10 de julho de 1860 os drusos invadiram o convento e Carmelo buscou refúgio em um canto na escola paroquial, mas foi descoberto por um turco, que o atingiu com um bastão. Um jovem viu isso, correu para ajudar o seu pastor, mas ele aconselhou-o a fugir. Logo depois veio outros muçulmanos que prometeram salvá-lo com a condição de que ele renunciasse à sua fé em Cristo e aderisse a Maomé. A esta proposta, justamente indignado, gritou: “Sou sacerdote e cristão. Quero morrer no seguimento de Cristo”. Os muçulmanos não permitiram que ele continuasse falando e o cercaram, especando-o até a morte, enquanto ele invocava a Deus. Carmelo tinha 57 anos.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-63573663479514715972015-07-01T07:31:00.000-03:002015-07-01T09:55:33.889-03:0001/07 - São Teodorico Endem<div id="texto">
<div class="wp-caption alignright" style="width: 410px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
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<div class="wp-caption-text">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm9fP2qAJUYUT-NVbtCl62PGfAN4i-hCij-DQGqPPCP2dehtW3IlO9jl9G61fPDpgZ8939BLWU3jmd_agKi3b6VLhk1mGdKcNeka5bJP3SQtA-gFfnMzikKEEiE6kIyswfhQzECtWW3Y8/s460/gorcum2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm9fP2qAJUYUT-NVbtCl62PGfAN4i-hCij-DQGqPPCP2dehtW3IlO9jl9G61fPDpgZ8939BLWU3jmd_agKi3b6VLhk1mGdKcNeka5bJP3SQtA-gFfnMzikKEEiE6kIyswfhQzECtWW3Y8/s320/gorcum2.jpg" width="320" /></span></a><strong><em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mártir em Gorcum. Sacerdote da Primeira Ordem (1499-1572). Canonizado por Pio IX no dia 29 de junho de 1867</span></em></strong><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
Mártir em Gorcum. Nascido em 1499 na cidade de Amersfoot, Holanda, quando jovem era um estudante aplicado e dedicado às obras de caridade e de misericórdia. Possuía um caráter manso e sereno. Em um determinado dia revelou a seus pais: “Já escolhi o meu caminho. Serei religioso franciscano e sacerdote”.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sua família não aceitou passivamente a decisão dele dedicar-se à vida religiosa, de tudo fazendo para dissuadi-lo, mas sua veemência estava sustentada pela graça divina. Aos familiares respondia sempre que “quando o Senhor chama não se pode dizer não. Deve-se responder a Seu chamado, Ele é nosso Pai e nosso Deus”.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Conseguiu vencer a oposição familiar, que aceitou a sua decisão de ingressar na vida religiosa, mas com uma condição: deveria entrar em uma ordem beneditina. Esta condição deveu-se ao fato dos franciscanos serem muito pobres e conviverem com regras muito rígidas. Quanto aos beneditinos, seriam estes possuidores de dotes intelectuais e nobres de coração, podendo chegar, inclusive, à condição de Abade e levar uma vida de regalias.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas Teodorico estava decidido a seguir os passos de São Francisco e, novamente, sua vontade prevaleceu sobre a oposição paterna. A vida de pobreza, orações e penitências era o que o atraia. Ingressou na Ordem dos Irmãos Menores e após cumprir o noviciado e os estudos exigidos foi ordenado sacerdote, em solenidade que contou com a presença dos seus pais.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Durante um período de vários anos de isolamento foi um severo e fiel observador das Regras criadas por São Francisco, sendo muito respeitados pelos fiéis e pelos irmãos de ordem, sendo considerado um modelo de santidade e erudição.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><strong><em></em></strong></em></strong>Foi designado para o Convento de Gorcum, onde assumiu a missão de confessor, passando a maior parte do dia ouvindo as confissões dos fiéis. Também, no mesmo período, foi confessor e orientador espiritual no Mosteiro das Irmãs Terciárias Franciscanas.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Na época da rebelião de Lutero e Calvino diversos católicos do norte da Europa se afastaram da Igreja, ocorrendo muitas rebeliões e conflitos. Após assumirem o poder na Holanda os calvinistas passaram a perseguir duramente os católicos. Durante a ocupação da cidade de Gorcum, no ano de 1572, todos os irmãos franciscanos foram presos, juntamente com outros sacerdotes, humilhados e ridicularizados. Foram conduzidos através de cidades e povoados sendo expostos publicamente a todo tipo de ridicularização por parte das pessoas inimigas do catolicismo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Conduzidos para a cidade de Brielle (Holanda) foram ali torturados, para que, pressionados, renunciassem à Igreja Católica, negando os dogmas da presença real de Cristo na Eucaristia e o primado do Sumo Pontífice. Porém todos permaneceram inabaláveis e confirmaram sua fé e não atenderam às exigências dos torturadores. Faleceu, martirizado na forca, juntamente com seus irmãos, no dia 09 de julho de 1572, aos 73 anos de idade. Desta forma Teodorico confirmou a sua fé, cheio da graça e do Espírito Santos. Foi canonizado por Pio IX em 29 de junho de 1867. Sua festa é comemorada em 1º de julho.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-13557194855328146512015-06-30T07:37:00.000-03:002015-06-30T08:46:16.265-03:0030/06 - Bem-aventurado Raimundo Lulio<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGgfhxycAQ_hjA2Xf31gFEh2CrnJvkELnJ_Xt1CyjbjlrX2hPSCF-FxvLEujV_btr7Q-MlDzBVkAXNND3rpJuHkoIyTjZ8jY_Fq2uR8Ji2fBtwFornsEyc7MH-cZENNY1RRx6A078mfYA/s597/Raimundo+Lulio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGgfhxycAQ_hjA2Xf31gFEh2CrnJvkELnJ_Xt1CyjbjlrX2hPSCF-FxvLEujV_btr7Q-MlDzBVkAXNND3rpJuHkoIyTjZ8jY_Fq2uR8Ji2fBtwFornsEyc7MH-cZENNY1RRx6A078mfYA/s320/Raimundo+Lulio.jpg" width="214" /></span></a></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em>Mártir da Terceira Ordem (1235-1316). Aprovou seu culto Clemente XIII no dia 19 de fevereiro de 1763.</em></strong> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
Raimundo Lúlio nasceu em Palla de Maiorca, entre os anos de 1232 e 1233 e morreu em 29 de junho de 1315. Também conhecido como Raimundo Lulio em espanhol, foi o mais importante escritor, filósofo e poeta, missionário e teólogo da língua catalã.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foi um prolífico autor também em árabe e latim, bem como em Langue d’Oc (ocitano).</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foi um leigo próximo aos franciscanos, talvez tenha pertencido à Ordem Terceira dos Frades Menores. É conhecido como “Doctor Illuminatus”, embora não seja um dos 33 doutores da igreja.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ramon era filho de uma família de boa situação financeira, eram seus pais Ramon Amat Llull e Isabel d’Erill.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dedicou-se ao apostolado entre os muçulmanos. Casou-se com 22 anos com Blanca Picany da qual teve dois filhos: Domingos e Madalena. Mais tarde, após converter-se em 1262 tornou-se terciário franciscano. Em 1275, depois de uma experiência mística, da qual saiu com o duplo propósito de preparar-se para o Magistério e dedicar-se à conversão dos infiéis, e em vista das insistentes queixas de sua esposa abandonou definitivamente a família.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">De acordo com Umberto Eco, o lugar do nascimento foi determinante para Llull, pois Maiorca era uma encruzilhada, ná época, das três culturas: cristã, islâmica e judia, até o ponto de que a maior parte de suas 280 obras conhecidas terem sido escritas inicialmente em árabe e catalão.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Além de ser o primeiro autor que utilizou uma língua neolatina para expressar conhecimentos filosóficos, científicos e técnicos e de se destacar por uma aguda percepção que o permitiu antecipar muitos conceitos e descobrimentos, foi o criador do catalão literário, com um elevado domínio da língua e seu primeiro novelista.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">De família cristã, Lúlio conviveu com muçulmanos e judeus em sua ilha de origem. Lúlio converteu-se definitivamente ao cristianismo em 1263, no ano da famosa Disputa de Barcelona, entre um teólogo judeu, o mestre Mosé ben Nahman de Girona, e um judeu convertido, Pau Crestià. Nessa Disputa, foi utilizado o procedimento de partir das argumentações do livro revelado do opositor. A partir dessa época, os apologetas cristãos passaram a estudar em profundidade os textos islâmicos e judeus.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas Lúlio seguiu uma outra vertente. Em seu diálogo interreligioso, motivado pela tentativa missionária de conversão do “infiel”, preferia partir do que chamava de “razões necessárias”. É o que desenvolve, por exemplo, em O Livro do Gentio e dos Três Sábios (1274-1276).</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Futuramente, criará uma forma de argumentação baseada na automatização do pensamento, na chamada Grande Arte, utilizando um procedimento baseado na Zairja.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Conhecido em seu tempo pelos apelidos de Arabicus Christianus (árabe cristiano), Doctor Inspiratus (Doutor Inspirado) ou Doctor Illuminatus (Doutor Iluminado), Lulio é uma das figuras mais fascinantes e avançadas dos campos espiritual, teológico, literário da Idade Média. Em alguns de seus trabalhos propôs métodos de escolha, que foram redescobertos séculos mais tarde por Condorcet (século XVIII).</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-40834550308770878572015-06-29T07:36:00.000-03:002015-06-30T08:46:53.797-03:0029/06 - Bem-aventurado Benvindo de Gúbio<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfcXTq3BamfsuUdo3yJ3PSAQFAZhhTxG49yF-pQG-JxIsQ-_SMEXuh7xLMlRqKtIvXSovJ31UTMZ1eK2pR4B1hJikAOsWHOzjNAnJaGGc31vR-HM6xv_KkMifLBek9CJFNUpg7sZIyFiyl/s1600/Bem-aventurado+Benvindo+de+G%25C3%25BAbio.jpg"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5759050471114457698" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfcXTq3BamfsuUdo3yJ3PSAQFAZhhTxG49yF-pQG-JxIsQ-_SMEXuh7xLMlRqKtIvXSovJ31UTMZ1eK2pR4B1hJikAOsWHOzjNAnJaGGc31vR-HM6xv_KkMifLBek9CJFNUpg7sZIyFiyl/s320/Bem-aventurado+Benvindo+de+G%25C3%25BAbio.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 293px; margin: 0 10px 10px 0; width: 300px;" /></span></a><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em>Religioso da Primeira Ordem (+1232). Gregorio IX e Inocêncio XII em 1697 concederam em sua honra ofício e Missa.</em></strong> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
Benvindo era natural de Gúbio, na Úmbria, e soldado de profissão e analfabeto. Sofreu a influência franciscana e tomou o hábito dos Menores em 1222. Desde o momento em que ingressou na Ordem, modelou sua vida inteiramente pela de São Francisco.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Encarregado de cuidar dos leprosos, a seu próprio pedido, tratava-os como se fossem o Senhor, em pessoa, pensando-lhes as chagas, dando-lhes banho, e jamais evitando os casos mais repulsivos e os ofícios mais humildes. Ele os servia em tudo, sempre alegre, sempre afável.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sua compaixão por eles era tanto maior talvez, sobretudo, pelo fato de que ele próprio padecia de várias enfermidades, que suportava com inesgotável paciência. Passava grande parte da noite em oração, e, muitas vezes, durante a missa, teve a visão de uma criancinha linda, para a qual estendia os braços como se procurasse abraçá-la. Sua conduta era tão exemplar, que, ao que se sabe, nunca mereceu uma única censura. Ele teria podido viver ignorado do mundo exterior, no isolamento da vida religiosa, não fossem os dons sobrenaturais de natureza superior que Deus lhe concedera. Esses dons propagaram sua fama por toda a parte. Benvindo morreu em Corneto, na Apúlia, em 1232. Cinco anos depois de sua morte, os bispos de Veneza e de Amalfi se dirigiram à S. Sé, pedindo-lhe que aprovasse o seu culto, e citaram muitos milagres em apoio à sua petição. O papa Gregório IX concedeu-a para as duas dioceses.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Parece que não se tem notícia de uma biografia independente, mas vejam-se Acta Sanctorum, junho, vol. VII; Wadding, Annales O.M.; e Léon, Auréole Séraphique (traduzida para o inglês), vol. lI, p, 427-429.</span></em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-47705153880072112102015-06-28T07:29:00.000-03:002015-06-30T08:47:15.072-03:0028/06 - Mártires na China<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh7QFYvRS6CajOGgM5tSeO4y2I-XlFCKFNC1glCwe9y8EoyqtPfAc1uaek-WEEFfhyoFfKxqbTPUeWnpK56tpKo4hwpypVIruvbUmHfGrFGtX2ScconLiU783wj3hkEQysbS4U92LzO41q/s1600/M%25C3%25A1rtires+na+China.jpg"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5758012887194978754" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh7QFYvRS6CajOGgM5tSeO4y2I-XlFCKFNC1glCwe9y8EoyqtPfAc1uaek-WEEFfhyoFfKxqbTPUeWnpK56tpKo4hwpypVIruvbUmHfGrFGtX2ScconLiU783wj3hkEQysbS4U92LzO41q/s320/M%25C3%25A1rtires+na+China.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 320px; margin: 0 10px 10px 0; width: 300px;" /></span></a><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em>Santa Maria Hermelina de Jesus, Maria da Paz, Maria Clara, Maria de Santa Natalia, Maria de São Justo, Maria Adolfina e Maria Amandina, Franciscanas Missionárias de Maria, Mártires de Tai-yuen-fu (+ 9 de julho de 1900). Canonização por João Paulo II, em 1º de outubro de 2000.</em></strong> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
Em 1900 sete Franciscanas Missionárias de Maria são martirizadas na China durante a revolução dos Boxers, dando à fundadora a alegria de ter agora sete verdadeiras Franciscanas Missionárias de Maria!.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Elas foram para a China para trabalhar com doentes, órfãos e toda espécie de excluídos e fortificar a nova comunidade cristã do Chan-Si. Para substituí-las, a fundadora enviará um novo grupo e, entre elas, uma jovem, Irmã Maria Assunta, cuja generosidade silenciosa conquistou logo em seguida o afeto dos chineses, antes de morrer de tifo em 1905, aos 26 anos. Em 1954, Ir. Maria Assunta foi beatificada por Sua Santidade o Papa Pio XII.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Palavras de Irmã Maria Hermínia, superiora da comunidade, que falou em nome de todas, quando o Bispo lhes propôs que partissem para outro lugar: “Por amor de Deus, não nos impeçais de morrer convosco. Se a nossa coragem é demasiada fraca para resistir à crueldade dos carrascos, acreditai que Deus, que nos envia a provação, nos dará também a força de sair vitoriosas. Não tememos nem a morte, nem os tormentos… Vivemos para praticar a caridade e derramar, se for necessário, o nosso sangue por amor de Jesus Cristo.”</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sete mulheres decidiram ser FIÉIS à mensagem de Jesus e ao povo a quem foram enviadas. Pagaram sua fidelidade com a própria vida… mas a Boa Nova continua a espalhar alegria… Outras Missionárias passaram – e passam ainda hoje – a chama da Fé.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No dia 10 de março de 2000, o Santo Padre João Paulo II, fixou para 1º de outubro de 2000 a canonização dos Mártires da China, entre eles, sete Religiosas Franciscanas Missionárias de Maria serão reconhecidas pela Igreja pelo testemunho de suas vidas heróicas.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<strong><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os mártires da China</span></strong><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><br /></strong>
A Igreja universal ratifica a santidade destes 120 mártires, que em diversas épocas e lugares deram a vida por fidelidade a Cristo: 32 deles foram martirizados entre 1814 e 1862; 86 morreram durante a revolta dos Boxers em 1900 e dois foram mortos em 1930. Entre eles sobressaem seis bispos europeus, 23 sacerdotes, um irmão religioso, sete religiosas, sete seminaristas e 72 leigos, dos quais dois catecúmenos. Os mártires tinham entre sete e 79 anos. Todos eles foram beatificados, uns em 1900 e outros em 1946. Muitos deles eram chineses das províncias de Guizhou, Hebei, Shanxi e Sichuão e 33 eram missionários europeus.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A perseguição religiosa na China ocorreu em diversos períodos da sua história. A primeira perseguição deu-se na dinastia Yuan (1281-1367). Prosseguiu mais tarde na dinastia Ming (1606-1907), recrudescendo de forma especial em 1900 com a revolta dos Boxers. E continuou durante as cinco décadas de governo sem interrupção. Grande parte destes canonizados deram a vida durante a revolta dos Boxers em 1900, que foi como que uma premonição do que iria acontecer nas cinco décadas de governo comunista na China.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os missionários foram objeto de um édito imperial de 10 de Julho de 1900, que fomentou e provocou o massacre de milhares de cristãos. Outros morreram durante as perseguições religiosas das dinastias Ming (1368-1644) e Qing (1644-1911). De fora ficarão as centenas de mártires que durante o regime comunista foram perseguidos e deram a vida por fidelidade ao Evangelho e a Cristo. Para a Igreja da China é um acontecimento importante pela magnitude e pelo contexto em que ocorre. É-o igualmente para a Igreja universal, bastante desconhecedora do que acontece com a Igreja da China. Eis algumas considerações sobre o significado do evento.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O martírio tem assinalado a Igreja da China ao longo dos séculos, desde a chegada da mensagem cristã no século VII com a vinda do monge sírio Alopen e dos nestorianos até Xian, capital da dinastia Tang, no ano de 635. Os estudiosos da Igreja na China, que falam de cinco tentativas de evangelização do país, concordam em afirmar que cada tentativa em estabelecer a presença do Evangelho no Império do Centro acarretou perseguições e martírio. Umas vezes pelas discrepâncias de credos, porque o imperador era considerado o Filho do Céu; outras pelos contrastes de culturas ou por motivos políticos; outras vezes por divisões entre as congregações religiosas presentes no território. O fato é que estamos diante de uma Igreja martirial. Mesmo hoje em dia isso é uma realidade permanente tanto para as comunidades subterrâneas como para as que conseguem atuar mais às claras.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O controlo e a perseguição variam conforme os lugares e as situações, mas os cristãos continuam a ser abertamente perseguidos e, por vezes, encarcerados e torturados. Como João Paulo II dizia na sua mensagem aos católicos da China por ocasião da celebração do ano jubilar: «O Jubileu será uma oportunidade para lembrar os trabalhos apostólicos, os sofrimentos, as dores e o derramamento de sangue que têm feito parte da peregrinação desta Igreja ao longo dos tempos. Também no meio de vós o sangue dos mártires se converteu em semente de uma multidão de autênticos discípulos de Jesus… E parece que este tempo de prova ainda prossegue nalgumas localidades.»</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Com esta canonização, a Igreja da China envia uma mensagem profética ao mundo de hoje. Tanto pela singeleza com que afirmaram a sua fé como pela valentia em recusar a apostasia que os libertaria dos tormentos, da tortura e das infindáveis humilhações, o testemunho destes 120 mártires é a palavra viva de Deus, clara e ao mesmo tempo misteriosa. É sem dúvida alguma um encorajamento para as gerações vindouras de cristãos. Para além deste grupo de cristãos, muitos mais haveria a canonizar, mas, por falta de provas e informação, não puderam ser reconhecidos, embora a Igreja autentique como valores de ontem e de hoje a fidelidade a Cristo acima de qualquer ideologia, sistema ou tirania.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os santos chineses espelham uma capacidade de doação e uma confiança ilimitada em Deus num contexto hostil à mensagem cristã. Se o autêntico tesouro do discípulo de Cristo é a cruz e se não há outra forma de seguimento de Cristo senão através da cruz, podemos dizer que a Igreja universal reconhece de forma pública o testemunho destes mártires como riqueza para toda a Igreja.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-91381705626623835062015-06-27T07:27:00.000-03:002015-06-30T08:47:42.822-03:0027/06 - Mártires polacos do Holocausto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKVuXvSeza2AkyHUlktSVqQBAPU4spdkgFIsYfbDwygWtfy5ow2aMrgr60Em4rCn8WA04Q9SLSTB24GxpOLazoA_MkYayg4UFLhNdGf5VzmAkYPbgMUVHN1ovxCJG3iEUCkp6V02yu8HCf/s1600/M%25C3%25A1rtires+Polacos.jpg"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5758012273730319106" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKVuXvSeza2AkyHUlktSVqQBAPU4spdkgFIsYfbDwygWtfy5ow2aMrgr60Em4rCn8WA04Q9SLSTB24GxpOLazoA_MkYayg4UFLhNdGf5VzmAkYPbgMUVHN1ovxCJG3iEUCkp6V02yu8HCf/s320/M%25C3%25A1rtires+Polacos.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 320px; margin: 0 10px 10px 0; width: 213px;" /></span></a><br />
<b><i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Irmãos Menores: bem-aventurados Pe. Cristian Gondek, Frei Marcin Oprzadek, Pe. Anastasio Pankiewicz, Pe. Narciso Turchan, Frei Bruno Zembol, Frei Fidel Chojnacki, Frei Sinforiano Ducki, Pe. Aniceto Kop´linski, Pe. Enrique Krzysztofik, Pe. Floriano Stepniak. Mártires da Primeira Ordem.</span></i></b><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b><i> </i></b> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A causa de beatificação dos 108 Mártires, vítimas da perseguição da Igreja na Polônia nos anos 1939-1945 por parte dos nazistas, foi introduzida formalmente só em 1992. Na realidade, nas suas origens, remonta aos primeiros anos após a 2ª Guerra Mundial. A fama da santidade e do martírio dos 108 novos beatos, as graças atribuídas à intercessão deles, despertou a atenção muitas vezes das dioceses e famílias religiosas sobre a necessidade de iniciar as causas de beatificação pelo martírio. Para lembrar, por exemplo, os casos do arcebispo Julian Antoni Nowowiejski, o bispo Leon Wetmanski, Dom Henryk Hlebowicz, Dom Henryk Kaczorowski com o grupo dos sacerdotes de Wloclawek, Dom Jozef Kowalski, salesiano, irmão Jozef Zaplata da Congregação dos Irmãos do Sagrado Coração de Jesus.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Depois vem a beatificação do bispo Michal Kozal (Varsóvia, 1987), definido “um verdadeiro mestre dos mártires” pelo clero dos campos de concentração, especialmente de Dachau. Durante a discussão sobre o martírio do bispo Michal na Congregação para as causas dos santos, chegou até mesmo o pedido para começar um processo à parte referente a quantos foram os companheiros do Bispo Mártir no oferecer o sumo testemunho da fé.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O processo, por parte da conferência dos bispos poloneses, foi aviado e presidido pelo bispo da diocese de Wloclawek, a qual durante a perseguição havia sofrido, em percentual, as mais expressivas perdas entre o clero diocesano na Polônia.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No dia da abertura do processo em Wloclawek, dia 26 de janeiro de 1992, dia do aniversário de morte do beato mártir Michal Kozal, foram levados em consideração 92 mártires das diversas dioceses e famílias religiosas. O número dos candidatos foi depois mudando com a inserção de alguns novos candidatos e exclusão de alguns outros por motivo do não suficiente material de prova do martírio, considerado no sentido teológico. Enfim, o número dos mártires foi fixado em 108 pessoas, às quais foi infligida a morte por ódio à fé <i>(in odium fidei)</i> em diversas localidades e circunstâncias.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os documentos do processo chegaram a encher 96.000 páginas e foram entregues, em 1994, para exame da Congregação vaticana para a Causa dos Santos. O sucessivo estudo, muito intenso, consentiu de chegar, já no dia 20 de novembro de 1998, à discussão teológica sobre o martírio. O resultado positivo, junto àquele do Congresso dos Cardeais e dos Bispos, dia 16 de fevereiro de 1999, abriram o caminho à beatificação, realizada pelo Santo Padre, dia 13 de junho de 1999, em Varsóvia, durante a sua viagem apostólica na Polônia.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os 108 mártires</span></b><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">São provenientes de 18 dioceses, do ordinariado militar e das 22 famílias religiosas. Há sacerdotes, religiosos e leigos cuja vida, inteiramente dedicada à causa de Deus, e cuja morte, infligida por ódio à fé, levaram o selo do heroísmo. Entre eles estão três bispos, 52 sacerdotes diocesanos, 26 sacerdotes religiosos, 3 clérigos, 7 Irmãos religiosos, 8 Irmãs e 9 leigos. Estas proporções numéricas estão ligadas ao fato de o clero ter sido o principal objetivo do ódio à fé por parte dos nazistas de Hitler. Queriam calar a voz da Igreja considerada obstáculo na implantação de um regime fundado sobre uma visão do homem privada da dimensão sobrenatural e permeada de ódio violento.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-9875715801514126262015-06-26T07:24:00.000-03:002015-06-26T08:58:33.907-03:0026/06 - Mártires polacos do Holocausto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN6bqWkjwKVHqtIhGwX6wJuKc3OZPLCRIF01-Lzj6z9AJedJOL6v2DeJfuQZ638RP88XD0QiGvr5X0Pqp6al3quvafcvPIDuUbiUwP53gxbgU0tS7GH8wSJXli-bxaWSekszqd5or8Og_B/s1600/M%25C3%25A1rtires+Polacos.jpg"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5758011673940199330" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN6bqWkjwKVHqtIhGwX6wJuKc3OZPLCRIF01-Lzj6z9AJedJOL6v2DeJfuQZ638RP88XD0QiGvr5X0Pqp6al3quvafcvPIDuUbiUwP53gxbgU0tS7GH8wSJXli-bxaWSekszqd5or8Og_B/s320/M%25C3%25A1rtires+Polacos.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 320px; margin: 0 10px 10px 0; width: 213px;" /></span></a><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em>Bem-aventurados: Maria Teresa Kowalska, clarissa capuchinha, P. Antonin Bajewski, sacerdote; P. Pius Bartosik, P. Inocencio Guz, P. Aquiles Puchala, P. Herman Stepien, Fr. Timoteo Trojanowski, Fr. Bonifacio Zukowski, mártires Irmãos Menores Conventuais (holocausto). Beatificados por João Paulo II em sua viagem apostólica a Polônia no dia 13 de junho de 1999.</em></strong> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
A causa de beatificação dos 108 Mártires, vítimas da perseguição da Igreja na Polônia nos anos 1939-1945 por parte dos nazistas, foi introduzida formalmente só em 1992. Na realidade, nas suas origens, remonta aos primeiros anos após a 2ª Guerra Mundial. A fama da santidade e do martírio dos 108 novos beatos, as graças atribuídas à intercessão deles, despertou a atenção muitas vezes das dioceses e famílias religiosas sobre a necessidade de iniciar as causas de beatificação pelo martírio. Para lembrar, por exemplo, os casos do arcebispo Julian Antoni Nowowiejski, o bispo Leon Wetmanski, Dom Henryk Hlebowicz, Dom Henryk Kaczorowski com o grupo dos sacerdotes de Wloclawek, Dom Jozef Kowalski, salesiano, irmão Jozef Zaplata da Congregação dos Irmãos do Sagrado Coração de Jesus.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Depois vem a beatificação do bispo Michal Kozal (Varsóvia, 1987), definido “um verdadeiro mestre dos mártires” pelo clero dos campos de concentração, especialmente de Dachau. Durante a discussão sobre o martírio do bispo Michal na Congregação para as causas dos santos, chegou até mesmo o pedido para começar um processo à parte referente a quantos foram os companheiros do Bispo Mártir no oferecer o sumo testemunho da fé.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O processo, por parte da conferência dos bispos poloneses, foi aviado e presidido pelo bispo da diocese de Wloclawek, a qual durante a perseguição havia sofrido, em percentual, as mais expressivas perdas entre o clero diocesano na Polônia.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No dia da abertura do processo em Wloclawek, dia 26 de janeiro de 1992, dia do aniversário de morte do beato mártir Michal Kozal, foram levados em consideração 92 mártires das diversas dioceses e famílias religiosas. O número dos candidatos foi depois mudando com a inserção de alguns novos candidatos e exclusão de alguns outros por motivo do não suficiente material de prova do martírio, considerado no sentido teológico. Enfim, o número dos mártires foi fixado em 108 pessoas, às quais foi infligida a morte por ódio à fé (<em>in odium fidei</em>) em diversas localidades e circunstâncias.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os documentos do processo chegaram a encher 96.000 páginas e foram entregues, em 1994, para exame da Congregação vaticana para a Causa dos Santos. O sucessivo estudo, muito intenso, consentiu de chegar, já no dia 20 de novembro de 1998, à discussão teológica sobre o martírio. O resultado positivo, junto àquele do Congresso dos Cardeais e dos Bispos, dia 16 de fevereiro de 1999, abriram o caminho à beatificação, realizada pelo Santo Padre, dia 13 de junho de 1999, em Varsóvia, durante a sua viagem apostólica na Polônia.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<strong><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os 108 mártires</span></strong><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">São provenientes de 18 dioceses, do ordinariado militar e das 22 famílias religiosas. Há sacerdotes, religiosos e leigos cuja vida, inteiramente dedicada à causa de Deus, e cuja morte, infligida por ódio à fé, levaram o selo do heroísmo. Entre eles estão três bispos, 52 sacerdotes diocesanos, 26 sacerdotes religiosos, 3 clérigos, 7 Irmãos religiosos, 8 Irmãs e 9 leigos. Estas proporções numéricas estão ligadas ao fato de o clero ter sido o principal objetivo do odio à fé por parte dos nazistas de Hitler. Queriam calar a voz da Igreja considerada obstáculo na implantação de um regime fundado sobre uma visão do homem privada da dimensão sobrenatural e permeada de ódio violento.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><br /></strong>
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1BhLh5mcxJllwUxR9tXOloddhtxrD0j7bqXAN6JbCq-5m0hJv9YvD0B7Dd7jUfINZ8_ft3WEZh94eFbT2XHNKmA0BqIrXp5D3CZh22gcSicqKAn8pOTRVD3MkV_fe5CV6nAKxtXP265c/s1600/Maria+Teresa+Kowalska.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1BhLh5mcxJllwUxR9tXOloddhtxrD0j7bqXAN6JbCq-5m0hJv9YvD0B7Dd7jUfINZ8_ft3WEZh94eFbT2XHNKmA0BqIrXp5D3CZh22gcSicqKAn8pOTRVD3MkV_fe5CV6nAKxtXP265c/s320/Maria+Teresa+Kowalska.jpg" width="270" /></span></a></div>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Bem-aventurada: Maria Teresa Kowalska, clarissa capuchinha</span></b><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Maria Teresa Kowalska pertencia ao Convento das Irmãs Clarissas Capuchinhas de Przasnysz. Ainda que ela tenha passado a sua vida em silêncio, a recordação da sua morte corajosa, o que não aconteceu com nenhuma outra monja naquele mosteiro, ainda está muito viva.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mieczyslawa nasceu em Varsóvia em 1902. Desconhece-se o nome e a profissão dos seus pais. Recebeu a sua primeira Comunhão no dia 21 de Junho de 1915, e o sacramento da Confirmação no dia 21 de Maio de 1920. O seu pai, simpatizante socialista, foi para a União Soviética na década de 1920 com grande parte da família.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Por uma nota escrita no seu livro religioso O Livro da Vida, sabemos que pertenceu a várias associações religiosas e fazia parte de várias confrarias. Tudo isto nos leva a supor que levava uma vida de piedade exemplar antes de entrar na Ordem das Capuchinhas.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Aos 21 anos, Mieczyslawa recebe a graça da vocação religiosa. Ingressou no Mosteiro das Clarissas Capuchinhas de Przasnysz no dia 23 de Janeiro de 1923. Tomou o hábito no dia 12 de Agosto de 1923 e recebeu o nome de Maria Teresa do Menino Jesus. Emitiu a sua primeira profissão no dia 15 de Agosto de 1924 e a profissão perpétua no dia 26 de Julho de 1928.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Era uma pessoa delicada e doente, mas disponível para todos e para tudo. No Mosteiro servia a Deus com devoção e piedade. Com o seu modo de ser conquistava o carinho de todos, diz uma das irmãs. Gozava de grande respeito e consideração por parte das superioras e das outras irmãs. Exerceu vários ofícios: porteira, sacristã, bibliotecária; Mestra de noviças e Conselheira. Maria Teresa vive a sua vida religiosa em silêncio, totalmente dedicada a Deus, com grande entusiasmo. Um dia, este serviço a Deus foi posto a dura prova.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No dia 2 de Abril de 1941, os alemães entraram no Mosteiro e prenderam todas as irmãs, levando-as para o Campo de concentração de Dzialdowo. Entre elas estava a Irmã Maria Teresa, doente com tuberculose. As 36 irmãs ficaram presas no mesmo local e suportaram condições de vida que ofendiam a dignidade humana: ambiente sujo, fome terrível, terror contínuo. As irmãs observavam com horror a tortura a que eram submetidas outras pessoas ao mesmo tempo, entre as quais se encontravam o Bispo de Plock, A. Nowowiejski e L. Wetmanski, e muitos outros sacerdotes. Depois de passar um mês naquelas condições de vida, a saúde das irmãs debilitou-se. A Irmã Maria Teresa foi uma das que mais se ressentiu, que pelo menos se mantinha de pé.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sobreveio-lhe uma hemorragia pulmonar. Faltava não só o serviço médico mas também a água para matar a sede e para a higiene. Suportou o sofrimento com coragem e, até onde lhe foi possível, rezou junto com as restantes irmãs. Outras vezes rezava ela sozinha. Durante a prova, e consciente da proximidade da morte, dizia: “Eu, daqui, não sairei; entrego a minha vida para que as irmãs possam regressar ao Mosteiro”. Isso mesmo dizia à abadessa: “Madre, ainda falta muito?”.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Morreu na noite de 25 de Julho de 1941. Desconhece-se o paradeiro dos seus restos mortais.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-64255989587646120122015-06-25T08:21:00.000-03:002015-06-25T08:29:52.467-03:0025/06 - Os santos mártires chineses<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI0dGc745c_FgimffxntljQd4yfYuKXcXwWwzAGOmK-l4fj-P_lrbSnlLLVwmA7M7JqVda0g0gOfLKlM7JEU4zUhOg27nwWmg4bvtjP9K3j2QnUuDKnuEbbY5u1ovD2Y_Sv_qfGLGYd8Gb/s1600/Os+santos+m%25C3%25A1rtires+chineses.jpg"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5758010591623626290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI0dGc745c_FgimffxntljQd4yfYuKXcXwWwzAGOmK-l4fj-P_lrbSnlLLVwmA7M7JqVda0g0gOfLKlM7JEU4zUhOg27nwWmg4bvtjP9K3j2QnUuDKnuEbbY5u1ovD2Y_Sv_qfGLGYd8Gb/s320/Os+santos+m%25C3%25A1rtires+chineses.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 225px; margin: 0 10px 10px 0; width: 320px;" /></span></a><br />
<b><i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Santos João Tchang, Patrício Tong, Felipe Tchiang, João Tchiang e João Wang, seminaristas mártires de Tayuenfu (+ 9 de junho de 1900). Canonização: 1º de outubro de 2000, por João Paulo II.</span></i></b><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b><i> </i></b> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A Igreja universal ratifica a santidade destes 120 mártires, que em diversas épocas e lugares deram a vida por fidelidade a Cristo: 32 deles foram martirizados entre 1814 e 1862; 86 morreram durante a revolta dos Boxers em 1900 e dois foram mortos em 1930. Entre eles sobressaem seis bispos europeus, 23 sacerdotes, um irmão religioso, sete religiosas, sete seminaristas e 72 leigos, dos quais dois catecúmenos. Os mártires tinham entre sete e 79 anos. Todos eles foram beatificados, uns em 1900 e outros em 1946. Muitos deles eram chineses das províncias de Guizhou, Hebei, Shanxi e Sichuão e 33 eram missionários europeus.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A perseguição religiosa na China ocorreu em diversos períodos da sua história. A primeira perseguição deu-se na dinastia Yuan (1281-1367). Prosseguiu mais tarde na dinastia Ming (1606-1907), recrudescendo de forma especial em 1900 com a revolta dos Boxers. E continuou durante as cinco décadas de governo sem interrupção. Grande parte destes canonizados deram a vida durante a revolta dos Boxers em 1900, que foi como que uma premonição do que iria acontecer nas cinco décadas de governo comunista na China.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os missionários foram objeto de um édito imperial de 10 de Julho de 1900, que fomentou e provocou o massacre de milhares de cristãos. Outros morreram durante as perseguições religiosas das dinastias Ming (1368-1644) e Qing (1644-1911). De fora ficarão as centenas de mártires que durante o regime comunista foram perseguidos e deram a vida por fidelidade ao Evangelho e a Cristo. Para a Igreja da China é um acontecimento importante pela magnitude e pelo contexto em que ocorre. É-o igualmente para a Igreja universal, bastante desconhecedora do que acontece com a Igreja da China. Eis algumas considerações sobre o significado do evento.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O martírio tem assinalado a Igreja da China ao longo dos séculos, desde a chegada da mensagem cristã no século VII com a vinda do monge sírio Alopen e dos nestorianos até Xian, capital da dinastia Tang, no ano de 635. Os estudiosos da Igreja na China, que falam de cinco tentativas de evangelização do país, concordam em afirmar que cada tentativa em estabelecer a presença do Evangelho no Império do Centro acarretou perseguições e martírio. Umas vezes pelas discrepâncias de credos, porque o imperador era considerado o Filho do Céu; outras pelos contrastes de culturas ou por motivos políticos; outras vezes por divisões entre as congregações religiosas presentes no território. O facto é que estamos diante de uma Igreja martirial. Mesmo hoje em dia isso é uma realidade permanente tanto para as comunidades subterrâneas como para as que conseguem actuar mais às claras.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O controlo e a perseguição variam conforme os lugares e as situações, mas os cristãos continuam a ser abertamente perseguidos e, por vezes, encarcerados e torturados. Como João Paulo II dizia na sua mensagem aos católicos da China por ocasião da celebração do ano jubilar: «O Jubileu será uma oportunidade para lembrar os trabalhos apostólicos, os sofrimentos, as dores e o derramamento de sangue que têm feito parte da peregrinação desta Igreja ao longo dos tempos. Também no meio de vós o sangue dos mártires se converteu em semente de uma multidão de autênticos discípulos de Jesus… E parece que este tempo de prova ainda prossegue nalgumas localidades.»</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Com esta canonização, a Igreja da China envia uma mensagem profética ao mundo de hoje. Tanto pela singeleza com que afirmaram a sua fé como pela valentia em recusar a apostasia que os libertaria dos tormentos, da tortura e das infindáveis humilhações, o testemunho destes 120 mártires é a palavra viva de Deus, clara e ao mesmo tempo misteriosa. É sem dúvida alguma um encorajamento para as gerações vindouras de cristãos. Para além deste grupo de cristãos, muitos mais haveria a canonizar, mas, por falta de provas e informação, não puderam ser reconhecidos, embora a Igreja autentique como valores de ontem e de hoje a fidelidade a Cristo acima de qualquer ideologia, sistema ou tirania.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os santos chineses espelham uma capacidade de doação e uma confiança ilimitada em Deus num contexto hostil à mensagem cristã. Se o autêntico tesouro do discípulo de Cristo é a cruz e se não há outra forma de seguimento de Cristo senão através da cruz, podemos dizer que a Igreja universal reconhece de forma pública o testemunho destes mártires como riqueza para toda a Igreja.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dos mártires pertencendo à família franciscana, estes onze foram seculares e todos chineses, são eles:</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">46. São João Zhang Huan, seminarista,</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">47. São Patricio Dong Bodi, seminarista,</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">48. São João Wang Rui, seminarista,</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">49. São Filipe Zhang Zhihe, seminarista,</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">50. São João Zhang Jingguang, seminarista,</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">51. São Tomás Shen Jihe, leigo,</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">52. São Simão Qin Cunfu, leigo catequista,</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">53. São Pedro Wu Anbang, leigo,</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">54. São Francisco Zhang Rong, leigo,</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">55. São Mateus Feng De, leigo e neófito,</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">56. São Pedro Zhang Banniu, leigo.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-8785424933172919312015-06-24T13:07:00.004-03:002015-06-24T13:07:32.676-03:00Reflexão : Sabedoria<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_-sLjRdYF0QFo-O0DEqjPlvKqmCHpgcQxp3d_2KGKqUxpb38MXfNbqLRy6T9_asx98UV4wzWtlZZRDwpvQlLZ2KokERK7o03NpTRClRNB78oKh1Tg4xfsVR05b2ozVkUQY6saZ2FKH84/s1600/refle.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="128" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_-sLjRdYF0QFo-O0DEqjPlvKqmCHpgcQxp3d_2KGKqUxpb38MXfNbqLRy6T9_asx98UV4wzWtlZZRDwpvQlLZ2KokERK7o03NpTRClRNB78oKh1Tg4xfsVR05b2ozVkUQY6saZ2FKH84/s320/refle.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<b>“A sabedoria superior tolera, a inferior julga. A superior perdoa, a inferior condena. Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!” (William Shakespeare).</b><br />
<br />
<br />
Devemos proporcionar com que a nossa sabedoria cresça com nossa busca, com nossa abertura à luz divina, com nossa capacidade de sermos pessoas melhores. A sabedoria vai mostrando-nos que todo conhecimento deve ser compartilhado, em favor da vida no planeta, nossa Casa Comum. Sábios seremos quando aprendermos a CUIDAR da Terra e da vida humana, expressão do amor e da ternura de Deus.<br />
<br />
Lembre-se: a sabedoria não nos é dada gratuitamente! É preciso descobri-la por nós mesmos, depois de uma viagem que ninguém nos pode poupar ou fazer por nós. E nessa jornada devemos aprender que a sabedoria está nas coisas simples e pequenas… Ela está na capacidade de proporcionar alegria, de semear amor e esperança nos corações das pessoas…<br />
<br />
<br />
<b>Frei Paulo Sérgio, ofm</b><br />
<b><br /></b>
<b>Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Extraído de : <a href="http://www.franciscanos.org.br/">http://www.franciscanos.org.br/</a></b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-35006538916259742172015-06-24T07:08:00.000-03:002015-06-24T08:44:51.343-03:0024/06 - Santa Vicência Gerosa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFY3Ot_1ZyQPeMbwi5r5yrcxhwWImdB0hXSUgR67TgD3Hk7HjLBQsAgKfivdPEWjKQ_aYWcZvnMQPRitNA_EIJSmqPvpMNemwb5Nhr1aErltsV9pY1Ds3Bg9TE_OY_pLo4vTDQle6aFX50/s1600/Santa+Vic%25C3%25AAncia+Gerosa.jpg"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5756827035595478146" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFY3Ot_1ZyQPeMbwi5r5yrcxhwWImdB0hXSUgR67TgD3Hk7HjLBQsAgKfivdPEWjKQ_aYWcZvnMQPRitNA_EIJSmqPvpMNemwb5Nhr1aErltsV9pY1Ds3Bg9TE_OY_pLo4vTDQle6aFX50/s320/Santa+Vic%25C3%25AAncia+Gerosa.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 300px; margin: 0 10px 10px 0; width: 300px;" /></span></a><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em>Virgem da Terceira Ordem (1784-1847). Fundadora da Congregação Nossa Senhora Menina. Canonizada por Pio XII no dia 18 de maio de 1950</em></strong> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida, viveu um período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito débil, não podia estudar. Modesta e caridosa, vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que frequentava todos os dias.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os anos seguintes à invasão napoleônica da Itália mudaram sua vida. A crise econômica levou à morte primeiro seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus, sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Teve o grande amparo de seu confessor e orientador espiritual, que pediu ajuda a Gerosa nas atividades religiosas desenvolvidas pela paróquia às jovens carentes. Com zelo, ela organizou um oratório feminino com encontros de orações e palestras religiosas.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foi lá que, em 1824, conheceu Bartolomeia Capitanio. Era uma jovem professora de dezassete anos, nascida também numa família humilde, em Lovere. Desde menina, pensava em dedicar-se a praticar a caridade aos pobres e aos doentes. Por isso se diplomou professora no colégio das clarissas de sua cidade natal.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Conheceram-se por meio do pároco, porque ele queria que Gerosa criasse alguns grupos de orações para jovens. Ele sabia que Bartolomeia havia criado uma escola para instruir e dar formação religiosa às meninas pobres e abandonadas. Lá, Gerosa daria orientação nas práticas das atividades domésticas. A escola tornou-se um centro de encontro para jovens e muitos grupos de orações também foram criados.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Estavam tão empenhadas em auxiliar os pobres e enfermos que foram chamadas para ajudar no hospital de Lovere. Na oportunidade, tiveram a inspiração de dar vida a uma comunidade religiosa feminina do tipo das irmãs de caridade vicentinas. A situação política, entretanto, era desfavorável, não permitia essa interdependência. Um pouco antes, ingressou na Terceira Ordem Franciscana e absorveu um profundo espírito evangélico.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Com muita dificuldade, junto com a companheira, Gerosa fundou, em 1827, um novo instituto religioso regular, para dar assistência aos doentes, instrução gratuita às meninas abandonadas, fundar orfanatos e dar assistência à juventude. Foi chamado de Instituto das Irmãs de Maria Menina, com sede em Lovere e com as regras escritas por Bartolomeia. Para evitar objeções de caráter político, o instituto foi fundado autônomo. E assim independente ele permaneceu, cresceu e se difundiu nos anos subsequentes. Catarina Gerosa emitiu os votos, vestiu o hábito e tomou o nome de Vicência, sendo eleita madre superiora.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em 1840, uma carta apostólica de Gregório XVI aprovou o Instituto de Lovere. A morte de Vicenta, aos 63 anos de idade, em 20 de junho de 1847, aconteceu quando já existiam 24 casas das “Irmãs de Maria Menina” espalhadas por todo o mundo, da Palestina até a América. Isso também motivou o Papa Pio XII na sua canonização em 18 de maio de 1950.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Morreu depois de uma longa doença, em 28 de junho de 1847, e foi sepultada ao lado da co-fundadora, no santuário da Casa-mãe, em Lovere. Atualmente, o Instituto das Irmãs da Caridade das Santas Bartolomeia Capitanio e Vicência Gerosa, ou Irmãs de Maria Menina, atua em toda a Europa, África, Ásia e nas Américas.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-35746037663025574892015-06-23T07:47:00.000-03:002015-06-23T09:29:10.717-03:0023/06 - São José Cafasso<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGjCGa88SkACMrPP8gDqN6DyltPy_6NLsWIRQN1LhPLhxScLESVw9IcR7uaHSQJosjLryCelEbp-u2chK3JDsrZfwnHloJRjCshje2y4WBaIDwo2v25WlzqLLyn4SMCiegXHdumHO4z-p7/s1600/S%25C3%25A3o+Jos%25C3%25A9+Cafasso.jpg"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5756826705866999954" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGjCGa88SkACMrPP8gDqN6DyltPy_6NLsWIRQN1LhPLhxScLESVw9IcR7uaHSQJosjLryCelEbp-u2chK3JDsrZfwnHloJRjCshje2y4WBaIDwo2v25WlzqLLyn4SMCiegXHdumHO4z-p7/s320/S%25C3%25A3o+Jos%25C3%25A9+Cafasso.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 320px; margin: 0 10px 10px 0; width: 242px;" /></span></a><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em>Sacerdote da Terceira Ordem (1811-1860). Foi canonizado por Pio XII no dia 22 de junho de 1947.</em></strong> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
É comum apresentar-se São José Cafasso como um santo da Congregação Salesiana, e isto é compreensível, porque ele era amigo íntimo e diretor espiritual de São João Bosco. Mas trata-se de um engano. São José Cafasso era sacerdote secular, e sua vida, nobre e espiritualmente rica, em geral foi desprovida de episódios externos, como costuma acontecer com o clérigos de vida pastoral da Igreja.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sua terra natal foi a mesma de São João Bosco e de outros eclesiásticos notáveis, a pequena cidade campestre de Castelnuovo d’Asti, onde nasceu em 1811. Seus pais, João Cafasso e Úrsula Beltramo, eram camponeses abastados, e ele foi o terceiro de quatro irmãos, dos quais a última, Maria Ana, seria a mãe do cônego José Allamano, fundador dos padres missionários da Consolata de Turim.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando criança, José Cafasso se distinguia na escola local e sempre se mostrava disposto a ajudar os outros em suas lições: anos mais tarde, um de seus antigos companheiros afirmava que ainda devia dois melros a José por esses serviços. Quando ele completou treze anos, seu pai o mandou para a escola de Chieri, de onde se transferiu para o seminário, aberto recentemente no mesmo lugar pelo arcebispo de Turim.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foi ali o melhor aluno de seu tempo; foi nomeado prefeito desse estabelecimento durante o último ano, e foi ordenado sacerdote em 1833, com dispensa de idade, por ser ainda muito jovem.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Depois de sua ordenação, em 1832, alugou um modesto apartamento, juntamente com seu amigo e colega de estudos, João Allamano, a fim de continuar seus estudos de Teologia. Logo se desgostou do seminário metropolitano e da universidade, e encontrou seu verdadeiro lar espiritual no Instituto (Convitto) ligado à igreja de São Francisco de Assis, fundado alguns anos antes pelo seu reitor, o teólogo Luigi Guala, para sacerdotes jovens. Se fez filho de São Francisco de Assis inscrevendo-se na Terceira Ordem Franciscana, como assim fizeram seus ilustres irmãos São João Bosco e São José Cottolengo. Depois de três anos de estudos nessa casa, Dom Cafasso foi aprovado nos exames diocesanos com grande distinção, e foi imediatamente colocado como professor no Instituto por Dom Guala.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando Guala perguntou a seu auxiliar quem devia escolher como professor, esse lhe respondeu: “Escolha o pequeno”, referindo-se a Cafasso. De fato, a primeira coisa que logo chamava a atenção em sua pessoa era sua pequena estatura e seu corpo recurvado, em consequência de uma deformação da coluna vertebral. Mas seus traços eram finos e regulares; seus olhos, negros e brilhantes; seu cabelo, vasto e preto; e de sua boca, geralmente iluminada por um meio sorriso, saía uma voz de sonoridade e qualidade incomuns.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Apesar de sua pequenez e de seu corpo recurvado, a aparência de Dom Cafasso era impressionante e quase majestática. Seus contemporâneos se referem frequentemente a São Filipe Néri e a São Francisco de Sales quando falam dele, e, na verdade, parece que esses santos foram seus modelos. Distinguia-se por uma alegria e uma bondade serenas; e São João Bosco, entre outros, chama a atenção para a sua “tranquilidade imperturbável”. E, assim, logo se propagou a notícia de que o Instituto de São Francisco de Sales de Turim tinha um novo professor que era pequeno de corpo mas grande de alma.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A disciplina ministrada em suas aulas era a teologia moral, e ele não se contentava em instruir sem educar. Seu objetivo não era apenas “ensinar coisas”, mas, iluminando e dirigindo as inteligências, iluminar e dirigir os corações, apresentando o conhecimento não como uma abstração, mas como uma chama viva que comunica vida ao espírito.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dom Cafasso logo se tornou muito conhecido como pregador. Ele nada tinha de retórico: as palavras lhe afluíam aos lábios com facilidade: “Jesus, a Sabedoria Infinita”, dizia ele a Dom Bosco, “empregava as palavras e expressões que eram correntes entre aqueles aos quais se dirigia. Faça o mesmo”. E não havia tendência ou doutrina que ele não fosse capaz de enfrentar, ora em linguagem coloquial para as multidões, ora em termos mais técnicos para o jovem clero.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dom Cafasso se destacou entre aqueles que destruíram os últimos vestígios do jansenismo na Itália do Norte, encorajando os fiéis com a esperança e a confiar, com humildade, no amor e na misericórdia de Deus, e combatendo uma moralidade que considerava a menor falta como um pecado grave. “Quando ouvimos confissões”, escrevia ele, “Nosso Senhor quer que sejamos amáveis e compassivos, paternais para com todos aqueles que nos procuram, sem nos preocuparmos com o que eles sejam ou o que tenham feito. Se repelimos alguém, se alguma alma se perde por nossa culpa, lembremo-nos de que um dia seremos chamados a prestar contas disto: seu sangue será requerido de nossas mãos”.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E Dom Cafasso desempenhou um grande papel na formação de uma geração de clérigos que combateria em todos os sentidos e se negaria a transigir com as autoridades civis cuja ideia a respeito das relações entre Igreja e Estado era a de dominação e interferência.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dom Guala morreu em 1848 e Dom Cafasso foi indicado para lhe suceder como reitor da igreja de São Francisco e do Instituto anexo. Ele mostrou-se tão bom superior quanto fora bom subordinado, e o cargo não era fácil, porque havia uns sessenta padres jovens, provenientes de várias dioceses e de formação e cultura diversas, e, o que era importante naquela época e naquele lugar, de pontos de vista políticos diferentes. Dom Cafasso fez deles um só corpo, com um só coração e uma só alma, e se uma mão forte e uma disciplina rígida tiveram a sua parte neste desempenho, mais tiveram a santidade do novo reitor e suas elevadas normas.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Seu amor e seu cuidado com os sacerdotes jovens e pastores inexperientes e sua insistência em afirmar que seu pior inimigo era um espírito de mundanidade, tiveram influência marcante no clero do Piemonte. E seu cuidado não se restringia apenas a este: religiosas contemplativas e ativas e leigos, especialmente os jovens, eram indistintamente objeto de seu interesse e de sua solicitude. Ele tinha uma intuição notável no trato com seus penitentes, e pessoas de todos os tipos, grandes e pequenos, clérigos e leigos, acorriam ao seu confessionário. O arcediago de Ivrea, Mons. Francisco Favero, foi um dos que deram seu testemunho pessoal sobre o poder que Dom Cafasso tinha de curar as almas quebrantadas.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Suas atividades, seja na pregação e no atendimento espiritual a todos, indistintamente, seja na orientação e na formação do clero jovem, não se limitavam à igreja de São Francisco e seu Instituto, e, dos lugares em que ele era muito conhecido, se sobressaía o santuário de Santo Inácio, situado fora da cidade, nas colinas de Lanzo. Com a supressão da Companhia de Jesus, este santuário ficou aos cuidados da arquidiocese de Turim, e Dom Luigi Guala foi nomeado seu administrador, em tempo oportuno, e depois de sua morte foi sucedido por Dom Cafasso. Este continuou a obra de seu predecessor, pregando aos romeiros e dando retiros para o clero e para os leigos, ampliando as acomodações e terminando a estrada que conduz ao santuário, iniciada por Dom Guala. Mas de todas as atividades de Dom Cafasso nenhuma tocou mais a imaginação do público, em geral, do que sua obra em favor dos detentos e sentenciados. As prisões de Turim naquela época eram instituições horríveis, cujos ocupantes viviam apinhados em condições bárbaras, mais próprias a degradar aqueles que as suportavam. Isto constituía um desafio para Dom Cafasso, e um desafio que ele agarrou com ambas as mãos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O mais conhecido de seus convertidos, nessas condições pouco promissoras, foi Pedro Mottino, um desertor do exército que se tornara o chefe de um bando de salteadores, particularmente mal afamados. Havia execuções em público, e Dom Cafasso acompanhou mais de setenta condenados até o cadafalso, em várias localidades, e nenhum deles morreu impenitente: ele os chamava seus “santos enforcados”, e lhe pedia que intercedessem por ele. Entre estes condenados se achava o general Jerônimo Ramorino, que tinha sido oficial de artilharia do exército de Napoleão I e, posteriormente, mercenário na Espanha, na Polônia e na Itália. Foi condenado à morte por desobedecer às ordens na batalha de Mortara, e, ao ser convidado a se confessar, na véspera de sua execução, respondeu: “Minha condição não é tal que me obrigue a semelhante humilhação”. Dom Cafasso não concordou e perseverou, e Ramorino foi ao encontro da morte como bom cristão.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">João Bosco e José Cafasso se encontraram pela primeira vez no outono de 1827, quando o primeiro era ainda uma criança, muito viva, e o segundo já tonsurado. “Eu o vi! Eu falei com ele!”, anunciou João, quando voltou para casa. “Viste quem?”, perguntou-lhe a mãe. “José Cafasso. E eu te digo que ele é santo”. Quatorze anos mais tarde, Dom Bosco celebrava sua primeira missa na igreja de S. Francisco de Turim, e depois ingressou no Instituto, estudando sob a direção de Cafasso e tomando parte em muitos de seus empreendimentos, especialmente ajudando-o na instrução religiosa dos meninos. Foi Dom Cafasso que o convenceu de que o trabalho em favor dos meninos era sua vocação. E assim um salesiano, João Cagliero, pôde escrever: “Nós amamos e veneramos nosso querido pai e fundador</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dom Bosco, mas amamos igualmente José Cafasso, porque foi mestre, conselheiro e guia espiritual de Dom Bosco nas coisas espirituais e nos empreendimentos, durante mais de vinte anos; e ouso dizer que a bondade, as realizações e a sabedoria de Dom Bosco são a glória de Dom Cafasso.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Na primavera de 1860, Dom Cafasso predisse que a morte o levaria no decorrer daquele ano. Ele redigiu um testamento espiritual, estendendo-se sobre as formas de se preparar para uma boa morte, que ele tantas vezes expusera aos participantes dos retiros do Santuário de S. Inácio, a saber, uma vida piedosa e íntegra, o desprendimento do mundo e o amor ao Cristo crucificado. E fez um testamento dispondo de seus bens, cujo herdeiro universal era o reitor da Pequena Casa da Divina Providência de Turim, fundação de S. José Cotolengo. Entre os outros herdeiros se achava S. João Bosco, que recebeu certa quantia de dinheiro e alguma terra e edifícios vizinhos ao oratório salesiano de Turim. Por essa época, Dom Bosco estava tendo dificuldades com o governador civil do Piemonte, fato este que era motivo de preocupações para Dom Cafasso e lhe afetou a saúde.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Depois de ouvir confissões em 11 de junho, ele se recolheu ao leito, exausto e doente. Manifestou-se uma pneumonia, e ele morreu no sábado, dia 23 de junho de 1860, à hora do Angelus da manhã. Multidões imensas assistiram-lhe os funerais, na Igreja de S. Francisco e na igreja dos Santos Mártires, onde, como convinha ao momento, pregou S. João Bosco. Trinta e cinco anos mais tarde, foi dado início ao processo de beatificação de Dom Cafasso no tribunal diocesano de Turim, e ele foi canonizado em 1947.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Fonte: “A vida dos Santos”, de Butler, Editora Vozes</span></em><br />
<em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Do livro “Santos Franciscanos para cada dia”, edição Porziuncola.</span></em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-3169020020396364492015-06-22T07:45:00.000-03:002015-06-22T08:32:29.283-03:0022/06 - Bem-aventurada Florida Cevoli (Lucrécia Helena)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUfSbZqCuwpoXlGLnY_kk5nFn2xgsY_F8B9CdRuYNo2mTUc_-8UkCt9V1M5t6uvb0-0Lgup3OApjgU3IA8M5KUd5WDO2miZ1lNuP_JeDZaiXiPrFzvDOCrO8EAETEhf4faXL8umfZdlqRV/s1600/Bem-aventurada+Florida+Cevoli+%2528Lucr%25C3%25A9cia+Helena%2529.jpg"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5756826404378615458" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUfSbZqCuwpoXlGLnY_kk5nFn2xgsY_F8B9CdRuYNo2mTUc_-8UkCt9V1M5t6uvb0-0Lgup3OApjgU3IA8M5KUd5WDO2miZ1lNuP_JeDZaiXiPrFzvDOCrO8EAETEhf4faXL8umfZdlqRV/s320/Bem-aventurada+Florida+Cevoli+%2528Lucr%25C3%25A9cia+Helena%2529.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 320px; margin: 0 10px 10px 0; width: 226px;" /></span></a><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em>Virgem da Segunda Ordem (1685-1767). Beatificada por São João Paulo II no dia 16 de maio de 1993 </em></strong> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
De nobre família, nasceu em Pisa a 11 de novembro de 1685. Filha do Conde Cúrcio Cévoli e da condessa Laura Della Seta. Foi batizada com o nome de Lucrécia Helena. Estudou com as Clarissas no Mosteiro São Martinho, em Pisa, onde nasceu o desejo da vida religiosa.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Aos dezoito anos, ingressou no Mosteiro de Clarissas Capuchinhas de Città di Castelo, e no ano de 1703 fez sua vestição, recebendo o nome de Flórida. Sua mestra foi Santa Verônica Giuliani. Demonstrou grande espírito de oração e intenso desejo de progredir na vida contemplativa e o demonstrou pela disponibilidade em cumprir qualquer trabalho: na cozinha, despensa, fazendo pão, tornando-se responsável pela farmácia do mosteiro, serviço que exerceu toda a vida.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em 1716 foi eleita vigária, era abadessa Verônica e aos quarenta e dois anos foi abadessa, cargo que assumiu até a morte (1767), com alguns anos de intervalos. Ela soube renovar o fervor religioso na comunidade: intensificou os atos de piedade e a comunhão sacramental durante a semana, zelou pela vida contemplativa cuidando do silêncio e da clausura. Favoreceu a pobreza e austeridade ao mesmo tempo em que alimentou o clima evangélico de fraternidade com o trato comum e respeitoso que abolia os títulos e fazia todas se sentirem irmãs.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Com seu senso prático da vida e com as boas maneiras de governar, soube concretizar os valores sobrenaturais em todos os atos do cotidiano. Nutriu devoção à Virgem das Dores, ao Anjo da Guarda, e confiou na proteção de São Francisco e de Santa Clara; sentia-se unida às almas do purgatório, exercitava-se continuamente na purificação interior. Desde jovem, pedia a Deus para não sentir gosto pelas coisas terrenas e saber renunciar à própria vontade. Sua caridade foi ativa e generosa com suas irmãs, com os pobres que batiam às portas do mosteiro e com algumas famílias que sabia estarem em dificuldades.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sua correspondência era vasta e atingia todas as categorias sociais. A pedido do Pe. Inocêncio Cappelletti, confessor da comunidade, escreveu quatro cadernos sobre sua vida, rica de comunicações místicas. Após o falecimento deste, fez tudo para reavê-los, e quando os pode ter em mãos, jogou-os no fogo. Sofreu internamente angústias de espírito e externamente, com misteriosas doenças corporais, febres altíssimas, dores que martirizavam sua face impedindo-lhe até de falar.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Recebeu as cinco chagas como Santa Verônica, mas ao dar-se conta disso, pediu a Deus que no lugar da coroa de espinhos, chagas nos pés e nas mãos, tivesse algum sofrimento interno e foi atendida com uma impertinente herpes que cobriu todo seu corpo ao longo de vinte anos até à morte, manifestando o grande ímpeto de amor com estas palavras: “Ajudai-me a amar a Deus! Ajudai-me a amá-lo!” Seu confessor, que a acompanhou durante a última doença, comentou: “Morreu de puro amor de Deus”. Destacou-se por seu espírito de oração e responsabilidade. Morreu a 12 de junho em 1767. Foi beatificada em maio de 1993 pelo Papa João Paulo II. Sua festa é celebrada no dia 12 de junho.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<em><b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Do livro “Santos Franciscanos para cada dia”, edição Porziuncola.</span></b></em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-60774171770790913652015-06-21T07:17:00.000-03:002015-06-21T09:38:33.556-03:0021/06 - São Nicasio Jonson<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAShzcxK7maTkwMHJeqYropjor3rceJ5oRfWZxDKx0lFn3XbrCXqot67Yrvi_bB427RlMR1MgfSyKFcR3giljXrimE1oxkNmurqbu-t3VHVKIOHKVLU35vJpW31394sq_qml_BN-7c7a8/s1600/gorcum3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAShzcxK7maTkwMHJeqYropjor3rceJ5oRfWZxDKx0lFn3XbrCXqot67Yrvi_bB427RlMR1MgfSyKFcR3giljXrimE1oxkNmurqbu-t3VHVKIOHKVLU35vJpW31394sq_qml_BN-7c7a8/s320/gorcum3.jpg" width="234" /></span></a></div>
<h1>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: small;"><i>Sacerdote e mártir de Gorcum, da Primeira Ordem (1522-1572).</i><i>Canonizado por Pio IX em 29 de junho de 1867.</i></span></h1>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nicasio Jonson nasceu no castelo de Heeze em 1522. Seu pai, Adriano, era ilustre por sua honestidade de vida e, sobretudo, por sua inflexível fé. Nicasio foi enviado por ele uma vez terminados seus estudos e alcançada a idade, à célebre universidade de Lovaina, onde por seus rápidos progressos no estudo, obteve o bacharelado em Filosofia e Teologia.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Depois de ter meditado seriamente sobre suas possibilidades e uma vez formado, decidiu fazer-se religioso. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, onde se distinguiu por sua piedade e mortificação. Consagrado sacerdote, se dedicou ao apostolado da evangelização e do ensino. Foi um pregador persuasivo e assíduo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sofreu o martírio em Gorcum quando tinha 50 anos de idade.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os Mártires Gorcumienses (ou mártires de Gorcum) foram um grupo de dezenove religiosos católicos mortos em 1572 na cidade holandesa de Gorcum.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em 1572, durante a guerra dos oitenta anos que os rebeldes holandeses mantinham contra a Espanha para realizar sua independência, a iconoclasia se estendia pelas dezessete Províncias dos Países Baixos; a luta entre luteranos e calvinistas mantinha o país em um estado de intransigência com a liberdade de culto religioso. Em abril de 1572, os mendigos do mar, corsários holandeses de confissão calvinista, tomaram Brielle, Flandres e outras cidades da zona, até então em poder da coroa espanhola. Em junho, Dordrecht e Gorcum caíram também em suas mãos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nesta última cidade prenderam vários religiosos: Nicolás Pieck, franciscano; Jerónimo de Weert, vigário; Teodoro de Eem, de Amersfoort; Nicasio Janssen, de Heeze; Willehald da Dinamarca; Godofredo de Melveren; Antônio de Weer; Antônio de Hoornaert; Francisco van Rooy; Padre Guillermo; Pedro de Assche; Cornelio de Wyk de Duurnstende; Fray Enrique; João de Oisterwljk, agustinho; Pontus van Huyter, administrador da comunidade.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A estes quinze se aderiram mais tarde outros quatro: João de Hoornaer, chamado João de Colônia, dominicano; Jacobo Lacops de Oudenaar, norbertino; Adriano Janssen de Hilvarenbeek e Andreas Wouters de Heynoord.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Após serem torturados na prisão de Gorcum entre 26 de junho e 6 de julho foram trasladados a Brielle. No dia seguinte, Guilherme II de la Marck, líder dos mendigos do mar, ordenou o interrogatório do grupo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foram instigados a abandonar a fé católica e a retirar sua obediência ao Papa, ao que eles se recusaram; só Pontus van Huyter e Andreas Wouters aceitaram, liberando-se assim da morte; Guilherme de Orange enviou uma carta em que pedia às autoridades competentes liberar os religiosos, mas a mesma chegou depois que tinham sido torturados e executados no dia 9 de julho de 1572.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foram beatificados pelo papa Clemente X em 1673 e canonizados por Pio IX em 29 de junho de 1865. Sua festividade se celebra em 9 de julho, data da morte do grupo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sua história foi reconhecida por Guillermo Hessels van Esten em sua “Historia Martyrum Gorcomiensium”, publicada en Douai en 1603.</span></em><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><em><br /></em>
<em>Do livro “Santos Franciscanos para cada dia”, edição Porziuncola.</em></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-3241313957124236712015-06-20T07:16:00.000-03:002015-06-20T10:42:41.102-03:0020/06 - São Willehad da Dinamarca<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8A9iWneYJs6Fx_myCeKdOM3eDeMS_TkAXOOVZZE6N_4Ba-6GYLB2Zx1KiPlVwC1xB9LfPZw6zGzYSTrzuDNvLuGXe2KxJ2ZBwCcNR5Sk3TaNBAFPYHvIHULZ_IUCfCtp166CemCyuuhI/s1600/gorcum2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8A9iWneYJs6Fx_myCeKdOM3eDeMS_TkAXOOVZZE6N_4Ba-6GYLB2Zx1KiPlVwC1xB9LfPZw6zGzYSTrzuDNvLuGXe2KxJ2ZBwCcNR5Sk3TaNBAFPYHvIHULZ_IUCfCtp166CemCyuuhI/s320/gorcum2.jpg" width="320" /></span></a></div>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sacerdote e mártir em Gorcum, da Primeira Ordem (1482-1572). Canonizado por Pio IX no dia 29 de junho de 1867.</span></b><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Willehad da Dinamarca nasceu em 1482, tinha 90 anos quando sofreu o martírio, depois de ter fugido uma vez da perseguição dos luteranos na Dinamarca. Muito jovem se consagrou ao serviço do Senhor tomando o hábito e seguindo a Regra de São Francisco de Assis da Ordem dos Frades Menores.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No século XVI os Frades Menores da Dinamarca tinham 15 conventos e numerosos religiosos. O protestantismo se abateu como um raio sobre os católicos e em parte sobre o clero. Os franciscanos defenderam valentemente a fé católica, alguns deles sofreram perseguições e prisões, outros enfrentaram o martírio, outros foram expulsos brutalmente de seus conventos e tomaram o caminho do desterro, fixando-se na Noruega, Suécia, Finlândia, Lapônia e outras regiões nórdicas, onde exerceram um difícil ministério apostólico.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Willehad se refugiou na Holanda, onde Deus o preparava para um novo campo de batalha e reservava a palma do martírio. Foi acolhido no Convento de Gorcum, onde viveu uma vida de penitência e oração. Vivia a “pão e água” e só tinha como bem o breviário para rezar o ofício divino.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">São Willehad era o mais antigo dos mártires de Gorcum.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os Mártires Gorcumienses (ou mártires de Gorcum) foram um grupo de dezenove religiosos católicos mortos em 1572 na cidade holandesa de Gorcum.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b><i></i></b>Em 1572, durante a guerra dos oitenta anos que os rebeldes holandeses mantinham contra a Espanha para realizar sua independência, a iconoclasia se estendia pelas dezessete Províncias dos Países Baixos; a luta entre luteranos e calvinistas mantinha o país em um estado de intransigência com a liberdade de culto religioso. Em abril de 1572, os mendigos do mar, corsários holandeses de confissão calvinista, tomaram Brielle, Flandres e outras cidades da zona, até então em poder da coroa espanhola. Em junho, Dordrecht e Gorcum caíram também em suas mãos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nesta última cidade prenderam vários religiosos: Nicolás Pieck, franciscano; Jerónimo de Weert, vigário; Teodoro de Eem, de Amersfoort; Nicasio Janssen, de Heeze; Willehald da Dinamarca; Godofredo de Melveren; Antônio de Weer; Antônio de Hoornaert; Francisco van Rooy; Padre Guillermo; Pedro de Assche; Cornelio de Wyk de Duurnstende; Fray Enrique; João de Oisterwljk, agustinho; Pontus van Huyter, administrador da comunidade.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A estes quinze se aderiram mais tarde outros quatro: João de Hoornaer, chamado João de Colônia, dominicano; Jacobo Lacops de Oudenaar, norbertino; Adriano Janssen de Hilvarenbeek e Andreas Wouters de Heynoord.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Após serem torturados na prisão de Gorcum entre 26 de junho e 6 de julho foram trasladados a Brielle. No dia seguinte, Guilherme II de la Marck, líder dos mendigos do mar, ordenou o interrogatório do grupo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foram instigados a abandonar a fé católica e a retirar sua obediência ao Papa, ao que eles se recusaram; só Pontus van Huyter e Andreas Wouters aceitaram, liberando-se assim da morte; Guilherme de Orange enviou uma carta em que pedia às autoridades competentes liberar os religiosos, mas a mesma chegou depois que tinham sido torturados e executados no dia 9 de julho de 1572.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foram beatificados pelo papa Clemente X em 1673 e canonizados por Pio IX em 29 de junho de 1865. Sua festividade se celebra em 9 de julho, data da morte do grupo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sua história foi reconhecida por Guillermo Hessels van Esten em sua “Historia Martyrum Gorcomiensium”, publicada en Douai en 1603.</span></i><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Do livro “Santos Franciscanos para cada dia”, edição Porziuncola</b>.</span></i>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-82384121482589860562015-06-19T07:12:00.000-03:002015-06-19T09:12:13.984-03:0019/06 - Bem-aventurada Miquelina de Pesaro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTxgbvuOvje-gVzhy_Ke6iVpMkDmOvRYH6WYS42lV3EOoMS2GtmLxB6FktlnY30fooirCkj3SVm7oVXunShMrgH5jvl6-9MXyDI3Orf-QmfnMreRDUFGYErGgc4T3N_PONMFOY1SzhrXBn/s1600/santofran.jpg"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5755426748960392002" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTxgbvuOvje-gVzhy_Ke6iVpMkDmOvRYH6WYS42lV3EOoMS2GtmLxB6FktlnY30fooirCkj3SVm7oVXunShMrgH5jvl6-9MXyDI3Orf-QmfnMreRDUFGYErGgc4T3N_PONMFOY1SzhrXBn/s320/santofran.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 314px; margin: 0 10px 10px 0; width: 217px;" /></span></a><br />
<b><i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Viúva da Terceira Ordem (1300-1356). Aprovou seu culto Clemente XII no dia 24 de abril de 1737.</span></i></b><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b><i> </i></b> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A cidade de Pesaro, na costa oriental da Itália, consagra uma devoção especial a esta viúva santa que foi um de seus membros. Nascida de pais ricos e ilustres, Miquelina Metellí se casou aos doze anos de idade com um membro da família Malatesta de Rimini. A união foi feliz, mas quando a morte de seu marido a deixou viúva aos vinte anos, com um único filho pequeno, parece que ela de modo nenhum ficou desolada. Sempre gostara dos prazeres da vida, e durante algum tempo continuou a levar a mesma vida de antes, dando pouca ou nenhuma atenção às práticas religiosas.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Vivia em Pesara por essa época uma terceira franciscana de origem e antecedentes desconhecidos, que atendia pelo nome de Siríaca. Vivia de esmolas, passava a maior parte de seu tempo em oração, e, para se abrigar de noite, dependia da hospitalidade casual das pessoas caridosas. Miquelina, que era uma daquelas que abriam suas portas à estranha, pouco a pouco foi sendo influenciada por ela.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Surgiu entre as duas uma familiaridade que resultou na conversão completa de Miquelina. Somente seu filho a prendia agora ao mundo, e quando ele foi vítima de certas queixas infantis, resolveu renunciar a tudo. Aconselhada por Siríaca, tomou o hábito de terceira franciscana, distribuiu seus bens aos pobres e passou a mendigar seu pão de porta em porta. Não era fácil para uma pessoa que sempre vivera no bem-estar e no conforto acostumar-se com restos de comida que ninguém mais queria. Certa vez, no início de sua nova vida, revelou a uma antiga colega que desejava muito saborear um pedaço de carne de porco assada de fresco. Ansiosa por lhe proporcionar este pequeno prazer, sua amiga convidou-a imediatamente para o jantar. Mas quando o prato com a carne foi trazido à mesa e o cheiro saboroso da iguaria lhe invadiu as narinas, Miquelina caiu repentinamente em si.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Recusando-se a sentar-se à mesa, retirou-se da companhia da amiga e açoitou-se com uma corrente de ferro até o sangue escorrer.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A cada golpe, ela se apostrofava irada, exclamando para si mesma: “Ainda queres carne de porco, Miquelina? Ainda queres mais?” Teve de suportar muitas outras provações interiores e exteriores. Seus parentes criticavam severamente sua conduta, e durante certo tempo chegaram até mesmo a metê-la numa prisão como lunática. Sua paciência e brandura, porém, desarmaram-nos: concluíram que, embora iludida, ela não representava nenhum perigo, e a puseram em liberdade. O resto de sua vida ela o passou na renúncia de si mesma e na prática das boas obras.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Cuidava dos leprosos e de outros portadores de doenças repugnantes, exercendo os ofícios mais humildes em favor deles; e conta-se que curou vários deles, beíjando-lhes as chagas. No final de sua vida, Miquelina fez uma peregrinação a Roma, onde, em certa ocasião, lhe foi dada a graça de participar misticamente nos sofrimentos do Senhor. Morreu no Domingo da Santíssima Trindade de 1356, talvez aos cinquenta e seis anos de idade.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Desde o instante de sua morte foi venerada pelos seus concidadãos, que mantinham uma lâmpada acesa dia e noite diante de seu túmulo na igreja franciscana. Em 1580, a casa em que ela vivera, em Pesaro, foi convertida em igreja, e seu culto foi aprovado em 1737.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Encontra-se um breve relato de sua vida em “Acta sanctorum”, junho, voL IV, e em Wadding, “Annales Ordinis Minorum”, vol VIII, p. 140·143; diversas vidas foram publicadas no século XVIII por Bonuccí, Matthaei, Ermanno, Bagnocavallo e outros. Veja-se também Léon, “Auréole Séraphique” (traduzida para o inglês), voL II, p. 422·426. </span></i><br />
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Do livro “Santos Franciscanos para cada dia”, edição Porziuncola.</span></i>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-27947102713341490432015-06-18T08:04:00.000-03:002015-06-18T08:23:34.203-03:0018/06 - São Godofredo de Merville<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXeXP7tzv-8_zcQTAAHlYEjRWO4e18Xa31idipDUw-4aL0ee2KFDMQEU0zUHRqF19obp6NRlvaB0ei1rxMPHaiF2SBfoPNjSLwjbjXauO7GdPE0dyogP-ruFqbAvJr-HdBz7aJvIi0iNo/s1600/gorcum2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXeXP7tzv-8_zcQTAAHlYEjRWO4e18Xa31idipDUw-4aL0ee2KFDMQEU0zUHRqF19obp6NRlvaB0ei1rxMPHaiF2SBfoPNjSLwjbjXauO7GdPE0dyogP-ruFqbAvJr-HdBz7aJvIi0iNo/s320/gorcum2.jpg" width="320" /></span></a></div>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sacerdote e mártir em Gorcum, da Primeira Ordem (1512-1572). Canonizado por Pio IX no dia 29 de junho de 1867.</span></b><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Godofredo nasceu em 1512 em Merville, cidade da França setentrional na margem esquerda do rio Lys. Quando ainda jovem abraçou a vida franciscana na Ordem dos Frades Menores. Fez o noviciado e cumpriu o processo formativo requerido, foi ordenado sacerdote. Exerceu o ministério sacerdotal com zelo e fervor. Foi logo enviado ao convento de Gorcum, onde dedicou sua vida ao ministério da penitência.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foi também sacristão e cuidou do culto divino e da devoção, sobretudo, à Eucaristia e à Virgem Maria. Outra coisa digna de observar na vida de São Godofredo era seu amor pela pintura. De seu pincel saíram numerosas imagens sacras que ele presenteava as famílias pobres.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sofreu o martírio em Gorcum no dia 9 de julho de 1572 quando tinha 60 anos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os Mártires Gorcumienses (ou mártires de Gorcum) foram um grupo de dezenove religiosos católicos mortos em 1572 na cidade holandesa de Gorcum.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em 1572, durante a guerra dos oitenta anos que os rebeldes holandeses mantinham contra a Espanha para realizar sua independência, a iconoclasia se estendia pelas dezessete Províncias dos Países Baixos; a luta entre luteranos e calvinistas mantinha o país em um estado de intransigência com a liberdade de culto religioso. Em abril de 1572, os mendigos do mar, corsários holandeses de confissão calvinista, tomaram Brielle, Flandres e outras cidades da zona, até então em poder da coroa espanhola. Em junho, Dordrecht e Gorcum caíram também em suas mãos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nesta última cidade prenderam vários religiosos: Nicolás Pieck, franciscano; Jerónimo de Weert, vigário; Teodoro de Eem, de Amersfoort; Nicasio Janssen, de Heeze; Willehald da Dinamarca; Godofredo de Melveren; Antônio de Weer; Antônio de Hoornaert; Francisco van Rooy; Padre Guillermo; Pedro de Assche; Cornelio de Wyk de Duurnstende; Fray Enrique; João de Oisterwljk, agustinho; Pontus van Huyter, administrador da comunidade.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A estes quinze se aderiram mais tarde outros quatro: João de Hoornaer, chamado João de Colônia, dominicano; Jacobo Lacops de Oudenaar, norbertino; Adriano Janssen de Hilvarenbeek e Andreas Wouters de Heynoord.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Após serem torturados na prisão de Gorcum entre 26 de junho e 6 de julho foram trasladados a Brielle. No dia seguinte, Guilherme II de la Marck, líder dos mendigos do mar, ordenou o interrogatório do grupo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foram instigados a abandonar a fé católica e a retirar sua obediência ao Papa, ao que eles se recusaram; só Pontus van Huyter e Andreas Wouters aceitaram, liberando-se assim da morte; Guilherme de Orange enviou uma carta em que pedia às autoridades competentes liberar os religiosos, mas a mesma chegou depois que tinham sido torturados e executados no dia 9 de julho de 1572.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foram beatificados pelo papa Clemente X em 1673 e canonizados por Pio IX em 29 de junho de 1865. Sua festividade se celebra em 9 de julho, data da morte do grupo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sua história foi reconhecida por Guillermo Hessels van Esten em sua “Historia Martyrum Gorcomiensium”, publicada en Douai en 1603.</span><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-41033209658483967792015-06-17T07:37:00.000-03:002015-06-17T08:27:22.816-03:0017/06 - Bem-aventurado Pedro de Gambacorta<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg85MMuHdS9e4WYqhowYYF7Rcrru2h3UvUa7o1zCOJDrw37VUNcwHZ_vyOkPQbpTYsKEvx7Q6oSVy1Pw3GBdUjcJX0oXTJVDUYfUSEZF76GMvG3M3IzOFTrJRNDKMzs229tc9f4XC_YzCU/s1600/Pedro+de+Gambacorta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg85MMuHdS9e4WYqhowYYF7Rcrru2h3UvUa7o1zCOJDrw37VUNcwHZ_vyOkPQbpTYsKEvx7Q6oSVy1Pw3GBdUjcJX0oXTJVDUYfUSEZF76GMvG3M3IzOFTrJRNDKMzs229tc9f4XC_YzCU/s320/Pedro+de+Gambacorta.jpg" width="320" /></span></a></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em>Ermitão da Terceira Ordem Regular (1355-1435). Fundador da Ordem dos Girolaminis. Aprovou seu culto Inocêncio XII no dia 9 de dezembro de 1693.</em></strong> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
O fundador dos Eremitas ou Irmãos Pobres de São Jerônimo nasceu em Pisa, no ano de 1355, na época em que seu pai, cujo nome também lhe foi dado, governava aquela república. Aos vinte e cinco anos de idade deixou secretamente a corte, disfarçado de penitente, e se retirou para a solidão úmbria de Monte Bello, onde vestiu o hábito da Terceira Ordem de São Francisco e passou a viver de esmolas que recolhia nas aldeias mais próximas.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em 1380 conseguiu meios para fundar um oratório e celas para uma dezena de companheiros que se haviam juntado a ele (segundo uma tradição popular eram salteadores de estrada que ele havia convertido). Estabeleceu para a sua comunidade uma regra acrescentada de certas constituições extraídas das obras de São Jerônimo, que ele escolhera como padroeiro da nova congregação.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Seus monges observavam quatro Quaresmas durante o ano, jejuavam às segundas, quartas e sextas-feiras, e todas as noites ficavam em oração durante duas horas depois das Matinas. Por sua parte, ele passava todo o seu tempo em oração ou em exercícios de penitência. Foram-lhe atribuídos muitos milagres.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando seu pai e seus irmãos foram assassinados, em 1393, por Giacomo Appiano, ele se sentiu gravemente tentado a deixar seu retiro, para punir os autores do crime, mas venceu a tentação e, seguindo o exemplo de sua irmã, a Beata Clara Gambacorta (17 de abril), perdoou espontaneamente o assassino.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sua congregação, aprovada pelo papa Martinho V em 1421, logo se estabeleceu em diversas partes da Itália. O Beato Pedro sobreviveu até 1435, morrendo em Veneza aos otienta anos de idade, e foi beatificado em 1693. Durante certo tempo houve quarenta e seis casas dos Irmãos Pobres nas províncias de Ancona e Treviso.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pequenos grupos de eremitas e terceiros se filiaram a eles, e em 1668 o papa Clemente IX uniu à comunidade de São Jerônimo de Fiésole, que fora fundada por Carlos Montegranelli, à Ordem do Beato Pedro. Mas em 1933 seu número tinha se tornado tão pequeno, que ela foi supressa pela Santa Sé.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pedro morreu em Veneza no dia 17 de junho de 1435 com a idade de 80 anos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<em><b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Do livro “Santos Franciscanos para cada dia”, edição Porziuncola.</span></b></em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-3074035113991106082015-06-16T13:11:00.000-03:002015-06-16T13:11:22.334-03:00“Mudar”, continuação da reflexão sobre o Capítulo da OFS <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbE8_Sq94l__vX4PhUcDtTX0PeJpo7-9Yu8HeT0Dej-l1qEEW_gUeUHIlfRsdMaVt6905m1bPDabGFDjDQ36Vt72dSM_4P727syROQ2PP-0WSWZ8gqZItMp6CAG3-2uDSpeQFTIf3uCwU/s1600/francisco-820.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbE8_Sq94l__vX4PhUcDtTX0PeJpo7-9Yu8HeT0Dej-l1qEEW_gUeUHIlfRsdMaVt6905m1bPDabGFDjDQ36Vt72dSM_4P727syROQ2PP-0WSWZ8gqZItMp6CAG3-2uDSpeQFTIf3uCwU/s320/francisco-820.jpg" width="320" /></a></div>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b>Frei Almir Guimarães, OFM.</b><br />
<br />
<i>Estamos para celebrar, em agosto de 2015, mais um Capítulo eletivo da OFS do Brasil. Foram fixados como tema e lema para este encontro que vai acontecer em Castanhal, PA: “Nosso ser hoje: mudar segundo o Evangelho para mudar o mundo”. Do Evangelho à vida e da vida ao Evangelho. </i><br />
<i><br /></i>
<i> </i><b>Aqui vão pingos e respingos em torno do tema.</b><br />
<br />
<b>1 – Mudar é uma palavra com muitos e variados significados:</b> mudar de casa, mudar de opinião depois de ter melhor compreensão a respeito de uma questão ou de uma problemática; mudar de visual; mudar para melhor ou para pior; mudar uma maneira de se viver o casamento, mudar um jeito de evangelizar… e assim por diante. Quando se escolhe tal tema para nortear um Capítulo, pensa-se na urgência de uma transformação dos irmãos e das fraternidades da OFS. Tudo isso em vista transformar a realidade em que vivemos. Nossa vida de franciscanos só tem sentido no coração da Igreja. A mudança do coração tem tudo a ver com a conversão evangélica.<br />
<br />
<b>2 – Antes de tudo pensamos na mudança interior, pessoal de cada um.</b> Mudança que seja interior, trabalho sério de transformar o amargo em doce e o doce, em amargo. Jesus nos convida à conversão e a crer na Boa Nova. Converter-se é acreditar que Jesus é o Reino, a força do amor de Deus que se aproximou de nós. Converter-se é acolher na fé a iniciativa gratuita de Deus que decidiu, em Jesus, nos visitar em pessoa para nos salvar, quer dizer, nos fazer entrar numa felicidade sem fim. É mudar a direção da vida, ter bastante fé para renunciar a se considerar com centro absoluto e autossuficiente e assim colocar diante de nossos olhos o seguimento de Jesus, como nossa vida e nosso futuro. É aceitar não fazer a vida sozinho mas com outros e para os outros. No começo de tudo não estou eu, mas o Amor de Deus (cf. Michel Hubaut, Chemins d’intériorité avec saint François).<br />
<br />
<b>3 – Como cristãos estamos sempre em processo de conversão:</b> importância do exame de consciência mais ou menos frequente, tentativa de fazer silêncio interior para que ressoe a voz do Amado que não quer nosso coração endurecido, nem envolto pela mesmice da rotina. Temos tido momentos de revisão de vida pessoal? Temos procurado regularmente a confissão sacramental? Valorizamos os atos penitenciais? Nossos capítulos avaliativos detectam os caminhos para que nossa fraternidade dê passos adiante?<br />
<br />
<b>4 – Essa mudança interior e na fraternidade se opera em corações desarmados que acolhem, de modo especial, as orientações do Sermão da Montanha de Mateus.</b> Não seria o caso estudarmos mais de perto essas diretrizes do Sermão que nos faz não pessoas da lei certinha, mas da generosidade sem limites? Não seria isso mudar? Não seria mudar tentar nos impregnar do espírito das admoestações/exortações do Pai Francisco estudando-as em particular ou em grupo? Será que nosso estudo das Fontes não é seco, árido e sem repercussão na vida?<br />
<br />
<b>5 – Mudar significa fazer um sério empenho de se viver as dimensões mais densas e profundas da vida em fraternidade. </b> Reuniões formais, longas, cansativas, não são sacramento da fraternidade. Mudaremos o jeito de nossos encontros Nada de formalismos, nada de rigidez legal. Claro que haveremos de nos ater ao básico. Os irmãos chegarão a tempo, haverão de trazer no bojo de seu coração o desejo de encontrar, a sede de conviver. Cada Fraternidade criará seu jeito de fazer reunião. Os que vivem como irmãos vão pelo mundo tentando criar espaços de fraternidade onde ninguém é superior a ninguém e todos sintam que o coração do outro é abrigo certo. Os que vivem em fraternidade vão pelo mundo criando grupos fraternos.<br />
<br />
<b>6 – Parece fundamental mudar o modo de receber os que chegam</b>. Dar tempo ao tempo. Deixar que sejam simpatizantes por um bom tempo, sem pressa de encaixá-los em nossos esquemas. Sentir qual o ritmo das batidas de seus corações, o que querem, por onde andaram, porque chegaram até nós, como fazer com que venha à tona a verdade de cada um. Criaremos espaços de escuta, de desejo que eles se exprimam, espaços de alegria verdadeira.<br />
<br />
<b>7 – Mudar significa colocar o ideal da santidade de vida pessoal e comunitária em primeiro lugar.</b> Não queremos ser um grupo superficial e medíocre. A vida de oração pessoal, o esquentar a sopa para um doente e um miserável, o desejo de enxugar a lágrima dos que choram fazem parte da santidade. Duas sugestões práticas: mudar a maneira como fazemos retiros e sempre ter um trabalho na linha do enxugar o suor da fronte dos que sofrem.<br />
<br />
<b>8 – Nossas comunidades paroquiais em seu agir pastoral deverão poder contar com os franciscanos seculares,</b> sem que estes venham a perder sua identidade. Há crianças que precisam de catequistas que vão da vida para o Evangelho e do Evangelho para a vida. Há casais que necessitam ser levados a viver a graça do matrimônio por meio de franciscanos seculares competentes e peritos na arte conjugal franciscanamente, quer dizer, que não vivem a idolatria do consumismo. Há situações de injustiça aqui e ali que serão denunciadas pela voz dos seculares e por seu jeito de posicionar-se diante das coisas e dos bens.<br />
<br />
<b>9 – Os temas a serem abordados, estudados, dissecados, na reunião geral e em outros momentos:</b> mundo da comunicação digital (ou da incomunicação); educação dos jovens; construção do casamento; homoafetividade; cultura do provisório. Estes temas precisam ser novidade de nossos grupos. A fraternidade é espaço de reflexão para que os irmãos se posicionem diante das “novidades”.<br />
<br />
10 – Segundo Frei José Antonio Merino, frade menor espanhol, para que a renovação se efetue será preciso um retorno ao Evangelho mais puro, sem amenizações, quer dizer viver a mensagem de Jesus com coragem e alegria; estabelecer um diálogo franciscano com outras religiões; relançar uma cultura e mística ecológicas; viver uma cultura do encontro e do encantamento; promover valores humanos que levem à ética da frugalidade.<br />
<br />
Extraído de: <a href="http://www.franciscanos.org.br/">http://www.franciscanos.org.br/</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-43127485746579420352015-06-16T07:36:00.000-03:002015-06-16T08:20:37.402-03:0016/06 - Santo Antônio de Werten<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFluK-D3vuNuecM9C94j-Z9L_Hgpqsed9ntYnAkSj2R7annBtbwY6cAd9SOCVLK34AzO6V9cOOOHk5zRgb-lK2n7cJikpDduU1Hg17CuUS1qU9W258emLkD9pJLek18wrWIKnJMNamd3g/s1600/Gorcum.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFluK-D3vuNuecM9C94j-Z9L_Hgpqsed9ntYnAkSj2R7annBtbwY6cAd9SOCVLK34AzO6V9cOOOHk5zRgb-lK2n7cJikpDduU1Hg17CuUS1qU9W258emLkD9pJLek18wrWIKnJMNamd3g/s320/Gorcum.jpg" width="227" /></span></a></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em>Sacerdote e mártir em Gorcum, da Primeira Ordem (1522-1572). Canonizado por Pio IX no dia 29 de junho de 1867.</em></strong> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
Antônio nasceu em 1522 na pequena cidade de Werten, na região de Horn, na Holanda setentrional, de família católica. Dotado de um coração generoso, de caráter extrovertido, de espírito franco e magnânimo, pediu e obteve admissão à Ordem dos Frades Menores. Depois do noviciado, fez a profissão solene e os estudos filosóficos e teológicos, foi ordenado sacerdote. Foi um grande pregador e em um de seus últimos discursos pronunciou estas solenes palavras: “Irmãos meus, perseverem na oração junto com Maria, a Mãe de Jesus. Amem a Igreja una, santa, católica, apostólica, romana, que nunca teve tanta necessidade de orações de seus filhos como hoje. Vigiem e permaneçam firmes na fé. A perseguição se avizinha e arruinará e desolará nossos campos”. Foi um verdadeira profeta.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Antônio sofreu o martírio com seus confrades no dia 9 de julho de 1572 quando tinha 50 anos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os Mártires Gorcumienses (ou mártires de Gorcum) foram um grupo de dezenove religiosos católicos mortos em 1572 na cidade holandesa de Gorcum.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em 1572, durante a guerra dos oitenta anos que os rebeldes holandeses mantinham contra a Espanha para realizar sua independência, a iconoclasia se estendia pelas dezessete Províncias dos Países Baixos; a luta entre luteranos e calvinistas mantinha o país em um estado de intransigência com a liberdade de culto religioso. Em abril de 1572, os mendigos do mar, corsários holandeses de confissão calvinista, tomaram Brielle, Flandres e outras cidades da zona, até então em poder da coroa espanhola. Em junho, Dordrecht e Gorcum caíram também em suas mãos.</span><br />
<div class="wp-caption alignright" style="width: 410px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><a class="highslide img_2" href="http://www.franciscanos.org.br/n/wp-content/uploads/2012/06/2466_040612.jpg"></a><br /></span>
<br />
<div class="wp-caption-text">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
</div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nesta última cidade prenderam vários religiosos: Nicolás Pieck, franciscano; Jerónimo de Weert, vigário; Teodoro de Eem, de Amersfoort; Nicasio Janssen, de Heeze; Willehald da Dinamarca; Godofredo de Melveren; Antônio de Weer; Antônio de Hoornaert; Francisco van Rooy; Padre Guillermo; Pedro de Assche; Cornelio de Wyk de Duurnstende; Fray Enrique; João de Oisterwljk, agustinho; Pontus van Huyter, administrador da comunidade.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A estes quinze se aderiram mais tarde outros quatro: João de Hoornaer, chamado João de Colônia, dominicano; Jacobo Lacops de Oudenaar, norbertino; Adriano Janssen de Hilvarenbeek e Andreas Wouters de Heynoord.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Após serem torturados na prisão de Gorcum entre 26 de junho e 6 de julho foram trasladados a Brielle. No dia seguinte, Guilherme II de la Marck, líder dos mendigos do mar, ordenou o interrogatório do grupo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foram instigados a abandonar a fé católica e a retirar sua obediencia ao Papa, ao que eles se recusaram; só Pontus van Huyter e Andreas Wouters aceitaram, liberando-se assim da morte; Guilherme de Orange enviou uma carta em que pedia às autoridades competentes liberar os religiosos, mas a mesma chegou depois que tinham sido torturados e executados no dia 9 de julho de 1572.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foram beatificados pelo papa Clemente X em 1673 e canonizados por Pio IX em 29 de junho de 1865. Sua festividade se celebra em 9 de julho, data da morte do grupo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sua história foi reconhecida por Guillermo Hessels van Esten em sua “Historia Martyrum Gorcomiensium”, publicada en Douai en 1603.</span></em><br />
<em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></em>
<em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Do livro “Santos Franciscanos para cada dia”, edição Porziuncola.</span></em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-77909809578499511372015-06-15T13:10:00.000-03:002015-06-15T13:10:41.528-03:00Mudar segundo o Evangelho para mudar o mundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIysv6VWZa5mlWbkshDT4b2rivPjW0bLr3-w6YAT8GCu85exY3rPKusgwnxgnD17vU7-o3mwrB5bzRmgoviY3WAiOWyqeoxYnyJ8LPNmPsShZheaarriqX7vVHVZlHGmOlmInntq4DNNg/s1600/francisco-820.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIysv6VWZa5mlWbkshDT4b2rivPjW0bLr3-w6YAT8GCu85exY3rPKusgwnxgnD17vU7-o3mwrB5bzRmgoviY3WAiOWyqeoxYnyJ8LPNmPsShZheaarriqX7vVHVZlHGmOlmInntq4DNNg/s320/francisco-820.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<b>NOSSO SER HOJE:</b><br />
<b><br /></b>
<b>Do Evangelho à vida e da vida ao Evangelho</b><br />
<b>Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM</b><br />
<b><br /></b>
Faço aqui uma reflexão particular. Não se trata de um texto pedido, de um texto oficial. Senti-me instigado pelo assunto e resolvi colocar por escrito, sem erudição, o que me veio à mente. Estou convencido que será precisar mudar, mudar com toda urgência.<br />
O autor<br />
<b><br /></b>
<i><b>Em fraternidades, “os irmãos e as irmãs, impulsionados pelo Espírito a atingir a perfeição da caridade no próprio estado secular, são empenhados pela profissão a viver o Evangelho à maneira de São Francisco e mediante esta Regra confirmada pela Igreja” (Regra, 2).</b></i><br />
<br />
<b>1. “A vida nunca é plenitude nem êxito total</b>. Precisamos aceitar o “inacabado”, o que nos humilha, o que não conseguimos corrigir. O importante é manter o desejo, não ceder ao desalento. Converter-se não é viver sem pecado, mas aprender a viver no perdão, sem orgulho nem tristeza, sem alimentar a insatisfação pelo que devíamos ser e não somos. Assim diz o Senhor no livro de Isaías: “Na conversão e na calma sereis salvos, na tranquilidade e na confiança está a vossa força” (Is 30,15)(José Antonio Pagola). Estamos sempre em estado de mudança e de transformação na busca do ideal. Não se pode parar de mudar.<br />
<br />
<b>2. Mudar, transformar, sair da repetição monótona </b>e de caminhos batidos exige coragem e uma coragem que crie o novo. “Se a coragem moral é correção do que está errado, a coragem criativa é a descoberta de novas formas, novos símbolos, novos padrões, segundo os quais uma nova sociedade pode ser construída. Toda profissão pode exigir e exige coragem criativa. Nos nossos dias, a tecnologia e a engenharia, a diplomacia, o comércio, e sem dúvida o magistério, todas esses profissões e dezenas de outras, passam por mudanças radicais e precisam de indivíduos corajosos que valorizem e dirijam essas mudanças. A necessidade de coragem criativa é proporcional ao grau de mudança” (Rollo May).<br />
<br />
<b>3. A Ordem Franciscana Secular vai fazendo sua caminhada em todas as partes.</b> Percorre caminhos luminosos e atravessa estradas de sombra. O Conselho Nacional do Brasil, ao longo dos anos, vem desenvolvendo um constante empenho de renovação e de mudanças: uma série de iniciativas no sentido de que os irmãos e as irmãs tenham uma profunda identidade franciscana, que se sintam efetivamente membros desse movimento de espiritualidade evangélica, que tenham, pois, um aguçado senso de pertença, que se façam presentes no mundo de maneira significativa, que revigorem suas fraternidades locais, que sempre voltem ao espírito da Regra. Recentemente andamos nos dedicando ao cumprimento de prioridades que giraram em torno da família, da juventude e da comunicação, sempre em comunhão com a Igreja e o grande mundo. Mais recentemente fomos sendo envolvidos com o tema da “novidade”, de alguma forma influenciados com a figura do Papa Francisco que veio como que retomar o sopro primaveril que vivemos no Concilio do Vaticano II. Em nível nacional e local andamos refletindo sobre Francisco, o homem novo, a novidade do Evangelho, criatividade lá onde hoje há traços de velhice. Continuamos a caminhada com o tema da mudança, consequência e desdobramento naturais do tema do novo.<br />
<br />
<b>4. Temos o costume de nos reunir muitas vezes para tomar o pulso da caminhada,</b> de modo particular, por ocasião dos Capítulos eletivos e avaliativos realizados nos diferente níveis. Ali revemos os irmãos, ganhamos novo entusiasmo e realizamos um balanço dos passos dados e pensamos naqueles que ainda estamos ensaiando. Para o Capítulo eletivo de Castanhal, Pará, foi escolhido, pois, o tema da mudança. Queremos refletir sobre o mudar em nós para podermos colaborar na mudança à nossa volta. Sentimos claramente que a luz que esclarecerá nossas reflexões é a que vem do Evangelho. Mas, atenção. Não se trata apenas de referências a passagens do Novo Testamento. O Evangelho não é um texto impresso, mas uma pessoa vida, Jesus Cristo, vivo e ressuscitado, presente no mundo e na Igreja. O Evangelho que norteia a mudança é ele, o Senhor Ressuscitado que faz novas todas as coisas e não nos deixa, com seu Espírito, ficar percorrendo caminhos batidos. Novo e mudança caminham juntos. Somos convidados a fazer esse jogo que pede a Regra: do Evangelho para a vida e da vida para o Evangelho.<br />
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<b>5. Falar em carisma franciscano é pensar no Evangelho, na força do Evangelho</b>, tão profundamente redescoberta por Francisco. A convivência com os textos do Novo Testamento certamente é de grande importância, no entanto, é preciso que essa força passe para a vida. Fundamental seria que os discípulos de Jesus pudessem reescrever o evangelho em sua história. Frei Antonin Alis, OFMCap, foi muito feliz em apresentar uma síntese da “mudança” que se operou em Francisco, mudança, conversão, transformação, de amargo para doce. Mudança do homem velho para o homem novo. O frade capuchinho comenta a famosa afirmação de Francisco: É isso que eu quero, isso que busco de todo o coração: “Por seu grito e por seu gesto, Francisco nos convida a levar a sério o Evangelho. Trata-se, antes de tudo, de uma postura de verdade com relação a si mesmo, e levando em consideração o que ele tem na conta de ser a vontade de Deus a seu respeito. O que ele deve fazer é uma evidência que brota do mais profundo de seu ser. Deixando tudo de lado, começa a percorrer um caminho de conversão. Despoja-se exteriormente dos bens, guardando nada mais que o essencial e, aos poucos, vai se despojando de seu orgulho, de sua suficiência e de seu narcisismo. Paulatinamente, e diga-se que isso durou toda a sua vida, entrará no caminho do serviço, do minorismo e da fraternidade, o que fará com que ele abandone todo desejo de poder, de dominação sobre quem quer que seja, imitando assim o Cristo servidor. Progressivamente vai se abrindo à ação do Espírito Santo e sua santa operação, deixando-se transformar a partir do interior. Tal despojamento, resultado da escuta da Palavra, vai acompanhá-lo purificando-o até sua morte, nu sobre a terra nua. Lentamente, a Palavra germina nele e torna-se tão fecunda a ponto de identificá-lo com seu Senhor e Mestre; a mesma Palavra vai se tornando fecunda para os outros, ou seja, para os que escutam Francisco e constatam o trabalho do Espírito nele. Francisco se deixa transformar por inteiro. Passa ser testemunha viva do Evangelho. Tudo leva à alegria, à verdadeira alegria, a alegria perfeita que enche seu ser e faz com que ele transborde em ação de graças” (Évangile Aujourd’hui 205, p. 38). Ora, Francisco reescreve em sua carne o Evangelho. O tema do Capítulo de Castanhal está sintetizado nestas linhas que acabamos de transcrever. Tudo o que segue nesta reflexão é aplicação destas reflexões à prática de todos os dias.<br />
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<b>6. Nosso ser hoje... – Aí estão nossas fraternidades franciscanas seculares.</b> Uns nelas ingressaram há muitos anos e outros estão ainda num momento de “namoro”. Uns tiveram boa ou razoável formação. Outros perderam o elã devido a circunstâncias da vida e à formação claudicante. Num determinado momento de sua caminhada seu propósito-promessa-compromisso de seguimento do Evangelho à maneira de Francisco foi acolhido por um Ministro. De onde vêm todos esses nossos irmãos? Eles precisarão se defrontar com o teor do texto-programa que acima transcrevemos, precisarão “encarnar” o carisma. Cada pessoa é um mistério. A história que vamos construindo está colada à nossa pele. Demos passos firmes aqui e ali, outros, cambaleantes. Os que chegam às nossas fraternidades trazem de seu passado, a família que tiveram, dos sucessos e vacilações de suas empreitadas. Há os que chegam depois de “terremotos”: uma doença séria superada, ou não superada; um casamento desfeito que deixou marcas de amargura; um filho morto na guerra do tráfico; desânimos e cálices amargos sorvidos. Chegam para encontrar força e pessoas que as ajudem a viver, a buscar a perfeição da caridade, a serem santas, a saírem de situações existenciais desesperantes. Querem trilhar o caminho do coração que se chama conversão. Desejam que as feridas do passado possam ser cicatrizadas.<br />
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<b>7. Há aqueles e aquelas que começaram a experimentar em seus corações uma misteriosa sede</b>, uma insatisfação com os magros e medíocres resultados de suas vidas, uma vida de fé formal, rotineira, sem brilho, caracterizada por uma mesmice sufocante. Querem um espaço de aprofundamento de suas convicções, desejam que suas vidas sejam iluminadas por uma claridade mais densa. Desejam encontrar outras pessoas que fizeram uma boa caminhada no seguimento do Evangelho à maneira de Francisco. Querem viver em Fraternidades franciscanas seculares. Será que estas conseguem responder a seus anelos?<br />
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<b>8. Nosso ser hoje...nesse mundo cheio de mudanças e transformações</b> que nos preocupam.<br />
Vivemos num tempo em que tudo tem que ser feito e alcançado rapidamente. Amanhã é tarde demais. O que queremos é para aqui e para agora. Essa rapidez louca não deixa as coisas se assentarem. Não há tempo para o amadurecimento humano e cristão. Nem sempre se vê o alcance de um compromisso a longo termo. Esse querer para já se assemelha às birras das crianças com caprichos e pirraças. Quero, porque quero agora.<br />
<br />
A realidade é como um líquido que escorre por entre nossos dedos. Nada parece sólido. Tudo é líquido. Mesmo certas realidades que pareciam sólidas se tornaram líquidas: casamento, amigos, compromisso.<br />
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Vivemos num mundo descosturado. Nem sempre ligamos as coisas que fazemos umas às outras. Há muitas ocupações, tempo cheio, estudo à noite, muitas atividades extra-escola e extra-casa. Muitas solicitações. Não há tempo para se confabular em família. Aos domingos será preciso arrumar a casa, preparar-se para os trabalhos escolares ou universitários, distrair-se (afinal de contas ninguém é de ferro). As famílias não vivem as alegrias e a tipicidade do domingo. Os meninos varam a noite de sábado para domingo nas baladas. A vida vai sendo feita de “pedaços”, de “fragmentos” que não se costuram. Será que nossas Fraternidades poderiam ser espaços de reunir fragmentos dispersos e costurar o que anda descosido?<br />
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Vivemos um tempo do imanente e da cultura da intranscendência que fixa as pessoas, no aqui e agora. Não há necessidade da Transcendência.<br />
<br />
Constituímo-nos pessoas através do relacionamento dos os outros. O jovem de hoje vive possibilidades de comunicação quase que ilimitadas. Vive “antenado”, “plugado”. Mas quase tudo não tem profundidade. Será que conseguimos relacionamentos em profundidade? Há amizades que surgem e que nem sempre são cultivadas. Há os que chegam aos 30 anos sem terem ideias claras de que poderia ser seu parceiro conjugal? Que vinculações profundas o Evangelho nos permite viver?<br />
Fala-se de uma cultura da evasão que afoga a reflexão, que leva a pessoa a ausentar-se de si mesma, relativizando o imperativo da consciência, não avaliando a densidade do compromisso divino ou humano.<br />
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Temos ainda a ‘cultura do ter’ que desenvolve o espírito de posse das coisas e as pessoas tornando a própria pessoa incapaz de outra coisa senão seja o desfrutar imediato de tudo e usar coisas e pessoas.<br />
Vivemos um tempo marcado pela curiosidade: saber o que se passa estar informado, mesmo que seja um conhecimento muito pequeno e de pequeno alcance, extremamente superficial. Amanha ocorrerão fatos novos que levarão para o esquecimento o que agora nos ocupa nossa mente com tanto interesse. Tudo passa. O que fica?<br />
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Apesar de todos os avanços em todos os campos sentimo-nos vulneráveis: o ataque às Torres Gêmeas, todas as manifestações de terrorismos, aviões não pilotados, um clima de medo generalizado.<br />
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<b>No campo interno da Igreja, dois aspectos chamam nossa atenção</b>:<br />
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<b>>> </b>Normalmente as famílias católicas continuam batizando seus filhos, orientando-os em vista da comunhão eucarística, da prática da missa dominical. Há muitos católicos que se casam no “religioso”. Os ritos são colocados, mas o coração não acompanha. As pessoas, no dizer do “Documento de Aparecida”, precisam se tornar discípulos missionários. Há um certo ar de indiferentismo que a tudo perpassa.<br />
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<b>>></b> Em muitas paróquias não são buscados caminhos novos. Há uma repetição das mesmas coisas. As coisas são ditas num linguajar desencarnado ou, quem sabe, emocionalmente afetado. Há um retorno a costumes revolutos. Não há espaços para um sólido aprofundamento da fé.<br />
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<b>9. Mudar a si mesmo - Tudo começa com a renovação de cada pessoa</b>, de cada irmão, de cada discípulo de Cristo. Mudar a pessoa segundo o Evangelho, examinar sua realidade interior. Ver onde está seu tesouro. Cada pessoa precisa ser responsável por sua formação. As pessoas tomam a decisão de ingressar numa Fraternidade Franciscana Secular porque foram informadas que ali se busca, efetivamente, a santidade. Desejam mudar o coração. Querem aceitar e acolher a graça da vida, tanto o positivo como o negativo, sem murmurações. Constantes exames serão feitos para ver se se está na rota. Firmeza de decisão. Querem seguir bem de perto o Sermão da Montanha (Mateus 5-7). Estão dispostos a sair do centro, não desfilar pelas passarelas que chamam muita atenção, discretamente colocar-se perto dos leprosos da vida, ter um gosto de privar da vida dos mais simples e abandonados. Não se cansam que formular e reformular a questão: “Senhor, o que queres de mim?” Escutando Paulo, unem-se aos sofrimentos de Cristo para que, sendo com ele crucificado, vivam uma vida. Procuram viver no seio de uma Igreja leve, simples, verdadeira. Tudo começa com a mudança de cada pessoa. Os que ingressam na Ordem <i>“conformem o seu modo de pensar e de agir ao de Cristo, mediante uma radical transformação que o próprio Evangelho designa com o nome de conversão” </i> (Regra 7). As reuniões gerais, os dias de recolhimento, as leituras não visam, de modo particular, renovar os irmãos, leva-los a esta transformação radical?<br />
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<b>10. Mudar é visitar o seu interior</b> - Este será um empenho pessoal e da fraternidade. Não deixar que os cantos do coração de cada um e da Fraternidade sejam marcados pelo vazio. Dar hospitalidade ao Espírito e tender à maturação espiritual e cristã. Não confiar nas aparências. O ser novo brota da fonte do coração.<br />
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11. Mudar a maneira de fazer oração – Tema vasto e amplo. Não se trata apenas de se fazer preces, realizar liturgias, pronunciar fórmulas. Temos que mudar o modo de nos colocar diante do Senhor, pessoal e comunitariamente. Lembrar-se sempre das palavras do Senhor: não basta honrar com os lábios. A oração será sempre boa quando tivermos o Senhor não tanto nos lábios quanto no coração. Quantas e tantas manifestações de oração! Ela será pessoal. Cada um tem que se organizar para estar pessoalmente com o Senhor em alguns densos momentos durante o dia. Procurar fazer com que uma vez por semana se possa fazer um deserto pessoal. As manifestações comunitárias de oração serão bem cuidadas: tempo de silêncio, de recolhimento, de clamar pela presença do Senhor, oração que seja resposta a uma Palavra, salmos pronunciados com unção. As orações públicas e pessoais serão resposta a um Deus que se busca com empenho e nos fala misteriosamente. Será importante, de alguma forma, aprender a santificar algumas horas do dia com a oração. Até que ponto nossos irmãos e irmãs vivem o espírito da Liturgia das Horas? Não esqueçamos uma célebre e tantas vezes repetida admoestação de Karl Rahner: Os cristãos do futuro ou serão místicos, ou não serão nada”.<br />
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<b>12. Mudar a maneira de ser viver com os irmãos </b>- Estamos aqui no universo dos relacionamentos. Um dos mais belos e ternos mandamentos do Senhor foi o do amor fraterno. Por vezes nos perguntamos se era necessário uma ordem para amar. Não seria natural que tivéssemos atenções e cuidados com estes e estas com os quais somos filhos do mesmo Pai? A experiência de todos os dias, retratada também nas páginas das Escrituras, nos diz que o homem é lobo do homem. No relato do paraíso, o Senhor pergunta a Caim: Onde está o teu irmão. Num mundo de chacinas, de terrorismo, de lutas, de esquecimento de uns pelos que tudo querem, quando noticiário da manhã nos fala de mortes e mortes entramos em estado de choque. Ora, os franciscanos não se reúnem formalmente com outras pessoas. Parte fundamental de seu carisma é o fraternismo. Nossas fraternidades não se constituem em ninhos quentes, em refúgio dos fracos, mas são um sacramento da fraternidade querida por Cristo. Seus membros se tratam uns aos outros na qualidade de irmãos: são corteses, dão o lugar ao outro, evitam todo comportamento de competição, adivinham as necessidades dos outros, são sinceros de verdade. Procuram exercer-se na paciência quando os relacionamentos se tornam difíceis. Manifestam uns aos outros suas necessidades. Em hipótese alguma comentam defeitos dos irmãos e sempre acreditam que o ser humano é maior do que seu pecado. Rezam juntos, traçam estratégias juntos, juntos cuidam dos doentes. Sua oração comum é marcada pela união de pessoas pobres, despojadas, em caminho de conversão. Estão sempre dispostos em serem mensageiros da fraternidade no mundo, na vizinhança, na paróquia. O grande ( diria quase único) testemunho que os irmãos podem e devem dar é o do amor fraterno. Todos deveriam poder dizer dos franciscanos seculares: “Vede como eles se amam”. É sempre necessário mudar nosso modo de ver o irmão, sem nos esquecer que o perdão ao outro é prova de que queremos parecer com aquele que disse: “Pai, perdoai porque não sabem que fazem”. Um dos momentos de manifestação do amor fraterno mais significativo é aquele que os irmãos aceitam funções e cargos no seio dos conselhos para que a fraternidade seja assistida, fortalecida e robustecida. O amanhã de nossas fraternidades passa pela caridade dos irmãos, pelo amor, pelos irmãos individualmente e em grupo Mudar o modo de ver a fraternidade significa também um empenho dos irmãos em criarem, onde puderem espaços de manifestação do bem-querer, grupos de reflexão e de oração marcados pelo amor, empenho de que os irmãos sejam embaixadores da reconciliação nas querelas familiares, nas divergências paroquiais no engajamento em todas as inciativas em prol dos seres humanos mais abandonados. Já dissemos e repetimos: nossas fraternidades não se constituem em ninhos quentes, protegidos. No campo da vida fraterna e em nosso modo de olhar o irmão será preciso mudar e mudar. Será que nossos conselhos vivem um fraternismo ou são apenas instâncias?<br />
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<b>13. Mudar a maneira de realizar nossos encontros </b>– Temos como ponto de honra de nossa vida franciscana participar com o corpo e coração da reunião geral, espaço de escuta da Palavra, de revisão de vida, lugar de interesse carinhoso de uns pelos outros. Há anos estamos insistindo na necessidade de mudar nossas reuniões. A reunião geral será sempre um acontecimento humano e espiritual cheio de densidade. Se não for assim a vocação fenece. Não basta apenas a reunião formal. O bom sendo, o discernimento haverão de detectar a necessidade de uma formação extra, de um encontro de todos com os enfermos que ainda se locomovem, a participação da fraternidade em outros encontros. Nossos encontros não podem ser pesados e cansativos. Ninguém pode ficar alheio. Não se haverá de escolher o momento mais pesado do dia para a reunião, mas aquelas horas do dia em que todos estão realmente despertos Mudar nosso ser para mudar o mundo. Cada fraternidade tem o dever e o direito de criar modalidades de encontro, sempre respeitando o essencial, que sejam densos, suculentos e proveitosos para todos os irmãos. A rotina anda matando fraternidades. A comemoração dos aniversariantes e outros eventos não podem ser resumir ao canto do “parabéns” e uma mensagem colocada num envelope. Isso é muito pouco. “Os pagãos também fazem assim”.<br />
<br />
<b>14. Mudar a mentalidade com a qual participamos dos Conselhos </b>– Os irmãos escolhidos para cuidar da fraternidade haverão de fazê-lo com competência, responsabilidade e disponibilidades como ensinam nossos documentos. Importante que saibam e tenham consciência de que não são meros funcionários e administradores, mas irmãos colocados em estado de vigília pelo bem da fraternidade e das pessoas. O ministro saberá dinamizar e valorizar a reunião do Conselho. Notável quando os membros do Conselho, de quando em vez, passam uns momentos diante do Santíssimo ou quando participam juntos de uma Eucaristia suplicando as luzes do alto. Mudar a mentalidade daqueles que fazem parte do Conselho começa sempre com a conversão pessoal.<br />
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<b>15. Mudar nosso modo de ver a natureza e os bens da criação </b>– Partimos sempre dessa intuição privilegiada da criação vivida por Francisco. Olhar com carinho e preservar com pertinácia tudo o que o Senhor colocou no jardim do mundo e entregou aos nossos cuidados. O mundo é de todos e seus recursos são finitos. Olharmos para os bens da natureza não com desejo de possuí-los e, para tanto, desfigurando a criação : respeito pela criação, preservar os recursos naturais que nos permitem viver, não destruir a natureza pela vontade de construir, de ganhar dinheiro. Unimo-nos a todos os homens e mulheres de boa vontade para preservar o dom da natureza.<br />
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<b>Conclusão:</b><br />
Muitas “mudanças” deveriam ainda ser elencadas, entre outras, mudar a maneira de se fazer pastoral e evangelização. Nada de darmos uma colaboração de mera conservação. O conservadorismo em matéria de pastoral é pecado contra o Espírito que quer o novo. Os franciscanos que vão pelo mundo criam uma maneira nova de se fazer de catequese, de encontrar os que não nos frequentam, de animar círculos bíblicos.<br />
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Ao termo destas reflexões temos a certeza de que muito foi dito e muito deixou de ser dito. Nossas fraternidades concretas haverão de completar o tema. Criar o novo é dar vida. Não se cria o novo como um capricho. Via de regra as mudanças sólidas são aquelas propostas por pessoas que se comprometem. Francisco foi essa pessoa da mudança traduzida em fatos.<br />
<br />
Frei José Antonio Merino, frade menor espanhol, num texto publicado na revista Vida Nueva 2663 (12 de junho de 2009), escrevia: “Com um olhar realista e a sensibilidade de Francisco, as situações mais urgentes que os franciscanos e franciscanas precisam enfrentar em nosso tempo são as seguintes:<br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>Retorno a um evangelho mais puro e sem amenizações, quer dizer, vivenciar a mensagem de Jesus Cristo com audácia e alegria.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>Estabelecer um diálogo entre ateísmo e religião na perspectiva franciscana.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>Oferecer pressupostos culturais para a justiça e paz sociais.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>Relançar uma cultura e uma mística ecológicas.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>Promover valores humanos que leve à ética da frugalidade.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>(…)</b></i></div>
<br />
O franciscanismo é sempre inaugural, porque está aberto à força do Espírito que se manifesta de modo inacabado no aqui e no agora, porque o hoje é o ainda não”.<br />
<br />
<b>Questões:</b><br />
<b>1. O que se quer dizer, quando na formulação do tema, se diz “nosso ser hoje”?</b><br />
<b><br /></b>
<b>2. Quais os campos sobre os quais deve incidir a conversão? Mas o que é conversão?</b><br />
<b><br /></b>
<b>3. Quais as principais mudanças a serem operadas na vida concreta da OFS?</b><br />
<b><br /></b>
<b>4. O que gostariam ainda de chamar atenção no tema acima desenvolvido?</b><br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-53944436188384423552015-06-15T07:35:00.000-03:002015-06-15T09:02:35.919-03:0015/06 - Santo Antônio de Hoornaert<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivjga9LGy1ut9Gle6WzRWj5UzJ-5w70yMTnSEI0KI3Vg3eJ0qIRWeVAyctDufSVUclsIrIjgtr4A_INK0qm8-_0fUWNooeYU31svhjNmqqIPjh9TIE-heqdGQ_T_eCEL1FOWeANImnBJ0/s1600/gorc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivjga9LGy1ut9Gle6WzRWj5UzJ-5w70yMTnSEI0KI3Vg3eJ0qIRWeVAyctDufSVUclsIrIjgtr4A_INK0qm8-_0fUWNooeYU31svhjNmqqIPjh9TIE-heqdGQ_T_eCEL1FOWeANImnBJ0/s320/gorc.jpg" width="320" /></span></a></div>
<h1>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: small;">Sacerdote e mártir de Gorcum, da Primeira Ordem (+ 1572). Canonizado por Pio IX no dia 29 de junho de 1867.</span></h1>
<h1>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: small; font-weight: normal;">Hoornaert, região do território de Gorcum, na Holanda, foi a pátria-mãe do glorioso mártir Santo Antônio. Seus pais eram muito pobres, mas ricos em virtudes, honestos e muitos apegados à fé católica.</span></h1>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Recebido entre os Irmãos Menores do Convento de Gorcum, terminado o noviciado, fez a profissão, depois os estudos filosóficos e teológicos, foi ordenado sacerdote e de imediato se dedicou à evangelização da gente no campo, percorrendo paróquias e pequenos povoados com a pregação, educação, confissão e atenção aos enfermos. Sua palavra ardente e o exemplo de uma vida autenticamente franciscana contribuíram para preservar muitas famílias dos erros calvinistas.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sofreu o martírio no dia 9 de julho de 1572.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os Mártires Gorcumienses (ou mártires de Gorcum) foram um grupo de dezenove religiosos católicos mortos em 1572 na cidade holandesa de Gorcum.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em 1572, durante a guerra dos oitenta anos que os rebeldes holandeses mantinham contra a Espanha para realizar sua independência, a iconoclasia se estendia pelas dezessete Províncias dos Países Baixos; a luta entre luteranos e calvinistas mantinha o país em um estado de intransigência com a liberdade de culto religioso. Em abril de 1572, os mendigos do mar, corsários holandeses de confissão calvinista, tomaram Brielle, Flandres e outras cidades da zona, até então em poder da coroa espanhola. Em junho, Dordrecht e Gorcum caíram também em suas mãos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nesta última cidade prenderam vários religiosos: Nicolás Pieck, franciscano; Jerónimo de Weert, vigário; Teodoro de Eem, de Amersfoort; Nicasio Janssen, de Heeze; Willehald da Dinamarca; Godofredo de Melveren; Antônio de Weer; Antônio de Hoornaert; Francisco van Rooy; Padre Guillermo; Pedro de Assche; Cornelio de Wyk de Duurnstende; Fray Enrique; João de Oisterwljk, agustinho; Pontus van Huyter, administrador da comunidade.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em></em></strong>A estes quinze se aderiram mais tarde outros quatro: João de Hoornaer, chamado João de Colônia, dominicano; Jacobo Lacops de Oudenaar, norbertino; Adriano Janssen de Hilvarenbeek e Andreas Wouters de Heynoord.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Após serem torturados na prisão de Gorcum entre 26 de junho e 6 de julho foram trasladados a Brielle. No dia seguinte, Guilherme II de la Marck, líder dos mendigos do mar, ordenou o interrogatório do grupo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foram instigados a abandonar a fé católica e a retirar sua obediência ao Papa, ao que eles se recusaram; só Pontus van Huyter e Andreas Wouters aceitaram, liberando-se assim da morte; Guilherme de Orange enviou uma carta em que pedia às autoridades competentes liberar os religiosos, mas a mesma chegou depois que tinham sido torturados e executados no dia 9 de julho de 1572.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foram beatificados pelo papa Clemente X em 1673 e canonizados por Pio IX em 29 de junho de 1865. Sua festividade se celebra em 9 de julho, data da morte do grupo.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sua história foi reconhecida por Guillermo Hessels van Esten em sua “Historia Martyrum Gorcomiensium”, publicada en Douai en 1603.</span></em><br />
<em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Do livro “Santos Franciscanos para cada dia”, edição Porziuncola.</span></em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-30152539684935561752015-06-14T07:30:00.000-03:002015-06-14T08:20:30.536-03:0014/06 - São Francisco de Bruxelas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikOW7wCUQnSxyLcVUv2vdcCVeaa8_jt0GR_6ieN9yuTReiSlOZAo-Adr1rugBqaivXWvcxDRAJfrQuKTBC9n0OnYw1AEfntJPC1GWkqvzN_DX-kQKuqsCQ5Yj8xrrUGgJ49kM2i-Tg8Es/s1600/Gorcum.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikOW7wCUQnSxyLcVUv2vdcCVeaa8_jt0GR_6ieN9yuTReiSlOZAo-Adr1rugBqaivXWvcxDRAJfrQuKTBC9n0OnYw1AEfntJPC1GWkqvzN_DX-kQKuqsCQ5Yj8xrrUGgJ49kM2i-Tg8Es/s320/Gorcum.jpg" width="227" /></a></div>
<h1>
<span style="font-size: small;"><strong><em>Sacerdote e mártir de Gorcum, da Primeira Ordem (1548-1572). </em></strong><strong><em><strong><em></em></strong></em></strong><strong><em>Canonizado por Pio IX no dia 29 de junho de 1867.</em></strong></span></h1>
Francisco Rhodes nasceu em 1548 em Bruxelas, capital da Bélgica. Muito jovem entrou para a Ordem dos Frades Menores. Depois do noviciado, e da profissão realizou seus estudos filosóficos, literários e teológicos e foi ordenado sacerdote depois de uma intensa preparação espiritual. Apenas ordenado Ministro do Senhor, associou-se ao seu confrade Santo Antônio Hoornaert para evangelizar a população rural. Havia muita esperança no futuro desses jovens, quando começou a perseguição calvinista em Gorcum.<br />
São Francisco Rhodes tinha apenas 24 anos quando sofreu o martírio junto com os seus confrades.<br />
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Os Mártires Gorcumienses (ou mártires de Gorcum) foram um grupo de dezenove religiosos católicos mortos em 1572 na cidade holandesa de Gorcum.<br />
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Em 1572, durante a guerra dos oitenta anos que os rebeldes holandeses mantinham contra a Espanha para realizar sua independência, a iconoclasia se estendia pelas dezessete Províncias dos Países Baixos; a luta entre luteranos e calvinistas mantinha o país em um estado de intransigência com a liberdade de culto religioso. Em abril de 1572, os mendigos do mar, corsários holandeses de confissão calvinista, tomaram Brielle, Flandres e outras cidades da zona, até então em poder da coroa espanhola. Em junho, Dordrecht e Gorcum caíram também em suas mãos.<br />
<br />
Nesta última cidade prenderam vários religiosos: Nicolás Pieck, franciscano; Jerónimo de Weert, vigário; Teodoro de Eem, de Amersfoort; Nicasio Janssen, de Heeze; Willehald da Dinamarca; Godofredo de Melveren; Antônio de Weer; Antônio de Hoornaert; Francisco van Rooy; Padre Guillermo; Pedro de Assche; Cornelio de Wyk de Duurnstende; Fray Enrique; João de Oisterwljk, agustinho; Pontus van Huyter, administrador da comunidade.<br />
<div class="wp-caption alignleft" style="width: 410px;">
<a class="highslide img_2" href="http://www.franciscanos.org.br/n/wp-content/uploads/2012/06/2466_040612.jpg"></a><br />
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A estes quinze se aderiram mais tarde outros quatro: João de Hoornaer, chamado João de Colônia, dominicano; Jacobo Lacops de Oudenaar, norbertino; Adriano Janssen de Hilvarenbeek e Andreas Wouters de Heynoord.<br />
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Após serem torturados na prisão de Gorcum entre 26 de junho e 6 de julho foram trasladados a Brielle. No dia seguinte, Guilherme II de la Marck, líder dos mendigos do mar, ordenou o interrogatório do grupo.<br />
<br />
Foram instigados a abandonar a fé católica e a retirar sua obediência ao Papa, ao que eles se recusaram; só Pontus van Huyter e Andreas Wouters aceitaram, liberando-se assim da morte; Guilherme de Orange enviou uma carta em que pedia às autoridades competentes liberar os religiosos, mas a mesma chegou depois que tinham sido torturados e executados no dia 9 de julho de 1572.<br />
<br />
Foram beatificados pelo papa Clemente X em 1673 e canonizados por Pio IX em 29 de junho de 1865. Sua festividade se celebra em 9 de julho, data da morte do grupo.<br />
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<em><b>Sua história foi reconhecida por Guillermo Hessels van Esten em sua “Historia Martyrum Gorcomiensium”, publicada en Douai en 1603.</b></em><br />
<em><b>Do livro “Santos Franciscanos</b></em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-33766200738973312072015-06-13T13:07:00.000-03:002015-06-13T13:42:41.579-03:00Especial - Santo Antônio, de Lisboa, de Pádua e do mundo inteiro<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5752765417025285746" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivn4enbD2hyphenhyphenZz7vq26Nl74UZuTm196iIb9zXiXnhB-sizkdRjIumt8gk_fSvKDKV-JO9RYLSNaDdFY-Vq1-5BuaimvGHmby959bmp6347WC3TFQxh7hyyRzDrE5AqRoZQ-0b5ZhTSE7gh2/s320/Santo+Ant%25C3%25B4nio+de+P%25C3%25A1dua.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 159px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 393px;" /></span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Santo Antônio de Pádua; Entre milagres e lendas</span></h3>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A vida de Santo Antônio está envolta numa constelação de milagres e fatos prodigiosos: são curas, profecias, bilocações, exorcismos e até ressurreições. Muitos teriam acontecido durante sua vida e outros, numa cadeia incontável, depois da morte. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Esta tradição já está consagrada no antiquíssimo responsório “Si quaeris miracula”:</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Se milagres desejais<br />Contra os males e o demónio,<br />Recorrei a Santo António<br />E não falhareis jamais.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pela sua intercessão<br />Foge a peste, o erro e a morte,<br />Quem é fraco fica forte,<br />Mesmo o enfermo fíca são.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Rompem-se as mais vis prisões,<br />Recupera-se o perdido,<br />Cede o mar embravecido<br />No maior dos furacões.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Penas mil e humanos ais<br />Se moderam, se retiram:<br />Isto digam os que viram,<br />Os paduanos e outros mais.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Grande número desses milagres foram imortalizados por artistas, famosos ou populares, entre os quais, a pregação aos peixes em Rimini; o coração do avarento encontrado no cofre; a mula em adoração diante do Santíssimo; o recém-nascido que fala em favor da mãe inocente; o pé decepado que o santo une à perna, etc.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E difícil dizer com certeza por onde passa a linha divisória entre a verdade histórica e a fantasia religiosa; tanto mais que boa parte desses milagres só vêm relatados em legendas tardias, certamente eivadas de elementos lendários. Mas nem tudo é tardio.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Poucos meses depois da morte de Antônio, um documento, assinado pelo Bispo diocesano e os professores da Universidade de Pádua, é apresentado ao papa Gregório IX pedindo sua canonização.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No extenso relatório são elencados os inacreditáveis milagres que vinham ocorrendo desde a morte de Antônio, ocorrida meses antes: são inúmeras curas, entre elas, cinco paralíticos, sete cegos, três surdos, três mudos, dois epilépticos, etc. “São poucos entre os muitos, e os mais seguros entre os conhecidos”, destaca a legenda Assídua, acrescentando que, no dia dos funerais do Santo, muitos enfermos deixados fora da Igreja, na praça, foram curados aos olhos de todos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A fama de tantos milagres constitui um dos incentivos mais fortes ao culto de Santo Antônio. Um antigo sermonista tentou interpretar esses prodígios no prisma da simbolização. Cada milagre teria um conteúdo simbólico.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Assim, no caso da criança afogada que o santo recupera, se afirma o poder de sua intercessão para devolver a vida do espírito a quem a perdeu; no caso da barca naufragada que ele socorre, se afirma o poder que tem para fazer emergir do pecado os que nele naufragaram. E assim por diante.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Aliás, a própria lenda tem seu jeito de dizer a verdade, simbolicamente, um pouco à maneira do provérbio que diz: “Onde tem fumaça tem fogo”. Mas não se deve exagerar o sentido milagreiro da devoção antoniana.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O povo que vai ao Santo não vai, sem mais, em busca de milagres. Sobretudo não vai para pedir milagres impossíveis ou coisas absurdas. O que pede são geralmente as coisas normais da vida: o alimento, a saúde, a casa e o casamento, um emprego bom com salário digno, a paz e harmonia na família, a ajuda para encontrar coisas perdidas ou superar situações difíceis; enfim, o milagre de uma vida normal, do jeito que Deus pensou e quer, mas que hoje está cada vez mais difícil. É este o maior milagre do santo e também o mais desejado de todos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong>Devoções, tradições e crenças</strong>As primeiras manifestações de culto deram-se logo após a morte do santo, desdobrando-se depois, passo a passo, numa constelação de práticas, devoções e crenças, algumas das quais, mais conhecidas, são elencadas a seguir.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong>Santo casamenteiro</strong><br />Assim é invocado pelas moças que desejam casar e assim é lembrado pelo nosso folclore. Não se sabe qual a origem da devoção. Talvez se ligue a algum milagre feito pelo santo em favor das mulheres, por exemplo, quando fez um recém-nascido falar para defender a mãe acusada injustamente de infidelidade pelo pai.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas há outro episódio com explicação mais direta. Certa senhora, no desespero da miséria a que fora reduzida, decidiu valer-se da filha, prostituindo-a, para sair do atoleiro. Mas a jovem, bonita e decidida, não aceitou de forma alguma. Como a mãe não parasse de insistir, ela resolveu recorrer à ajuda de Santo Antônio. Rezava ela com grande confiança e muitas lágrimas diante da sua imagem quando das mãos do Santo caiu um bilhete que foi parar nas mãos da moça. Estava endereçado a um comerciante da cidade e dizia: “Senhor N…, queira obsequiar esta jovem que lhe entrega este bilhete com tantas moedas de prata quanto o peso do mesmo papel. Deus o guarde! Assinado: Antônio”.</span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A jovem não duvidou e correu com o bilhete na mão à loja do comerciante. Este achou graça. Mas vendo a atitude modesta e digna da moça colocou o bilhete num dos pratos da balança e no outro deixou cair uma moedinha de prata. Mas qual! O bilhete pesava mais! Intrigado e sem entender o que se passava, o comerciante foi colocando mais uma moeda e outras mais, só conseguindo equilibrar os pratos da balança quando as moedas chegaram a somar 400 escudos. O episódio tornou-se logo conhecido e a moça começou a ser procurada por bons rapazes propondo-lhe casamento, o que não tardou a acontecer, e o casamento foi muito feliz. Daí por diante, as moças começaram a recorrer a Santo António sempre que se tratava de casamento.</span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong>Santo das coisas perdidas</strong><br />Esta tradição é antiquíssima, encontrando-se menção dela no famoso responsório “Si quaeris miracula”, extraído do ofício rimado de Juliano de Espira. Popularmente o “Siquaeris” é mencionado como uma oração taumaturga para encontrar objetos perdidos. A crença pode estar ligada a episódios como este, da vida de Santo António. Quando ensinava teologia aos frades em Montpeilier, na França, um noviço fugiu da Ordem levando consigo o Saltério de Frei António, com preciosas anotações pessoais que utilizava nas suas lições. Rezou o santo pedindo a Deus para dar jeito de reaver o livro e foi atendido deste modo: Enquanto o fugitivo ia passando por uma ponte, foi subitamente tomado pelo pavor, parecendo-lhe ver o demônio na sua frente que o intimava: “Ou você devolve o Saltério ao Frei António ou vou jogá-lo da ponte para o rio!” Assustado e arrependido, o jovem voltou ao convento com o saltério e confessou ao Santo sua culpa.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong>O “pão dos pobres”</strong><br />É ao mesmo tempo uma piedosa devoção e uma instituição assistencial benemérita. Consiste em doações para prover de pão os pobres, honrando assim o “protetor dos pobres” que é Santo António. Uma tradição liga esta obra ao episódio de uma mãe cujo filho se afogou dentro de um tanque mas recuperou a vida graças a Santo António. Ela prometera que, se o filho recuperasse a vida, daria uma porção de trigo igual ao peso do menino. Por isso, no começo, esta obra foi conhecida como a obra do pondus pueri (peso do menino). Outra tradição relaciona a obra do pão dos pobres com uma senhora de Tbulon, chamada Luísa Bouffier. A porta do seu armazém tinha enguiçado de tal modo que não havia outro remédio senão arrombar a porta. Fez então uma promessa ao Santo: se conseguisse abrir a porta sem arrombá-la, doaria aos pobres uma quantia de pães. E deu certo. Daí por diante, as petições ao Santo foram se multiplicando em diferentes necessidades.Tbda vez que alguém era atendido, oferecia certa quantia de dinheiro para o pão dos pobres. A pequena mercearia de Luísa Bouffier tornou-se uma espécie de oratório ou centro sócial. A benéfica obra do “pão dos pobres” teve extraordinário desenvolvimento, com diferentes modalidades, e hoje é conhecida em toda parte.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong>Trezena</strong><br />E uma “novena” de 13 dias lembrando a data da morte de Santo António. Também se lembra o dia 13 de cada mês, porque “Dia 13 não é dia de azar, é dia de Santo António”. Outros lembram Santo António nas quartas-feiras, dia em que foi sepultado.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<strong><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Breve de S. Antônio</span></strong><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b><br /></b>Consiste numa medalha ou imagem do Santo que se leva consigo, com esta sentença escrita no verso: “Ecce Crucem Domini, fugite partes adversão! Vicit Leo de Tribu Juda, radix David. Alleluia, alleluia!” (Eís a Cruz do Senhor, afastai-vos forças adversas! Venceu o Leão da tribo de Judá, da raiz de Davi. Aleluia, aleluia). Esta sentença teria sido revelada pelo Santo a uma senhora que estava possessa, a fim de ser por ela libertada. É uma devoção que remonta ao século XIII.</span><br />
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<em><strong><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Extraído dos Cadernos Franciscanos, “Santo Antônio e a devoção Popular”, de Frei Adelino Pilonetto, ofmcap</span></strong></em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1297684275717250764.post-61555715777089653242015-06-13T07:44:00.000-03:002015-06-13T08:41:47.921-03:0013/06 - Santo Antônio de Pádua <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLC2uYIWU67ucc9ybWWvrZckrDIH45yqtK3zlyu3SDuA1WyksrVn64WKSpUv_il2mu0j7QaYgbkeDuxhtXi2RKCGjYUg_KOmorStzD8AiX_JD1EfHYnpHcPU26E_iCVha3vdVjO5GXUWHA/s1600/Santo+Ant%25C3%25B4nio+de+P%25C3%25A1dua+e+Lisboa.jpg"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5750239062328104002" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLC2uYIWU67ucc9ybWWvrZckrDIH45yqtK3zlyu3SDuA1WyksrVn64WKSpUv_il2mu0j7QaYgbkeDuxhtXi2RKCGjYUg_KOmorStzD8AiX_JD1EfHYnpHcPU26E_iCVha3vdVjO5GXUWHA/s320/Santo+Ant%25C3%25B4nio+de+P%25C3%25A1dua+e+Lisboa.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 320px; margin: 0 10px 10px 0; width: 242px;" /></span></a><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em>Sacerdote, doutor Evangélico da Primeira Ordem (1191-1231). Canonizado por Gregório IX no dia 30 de maio de 1232</em></strong> </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><strong><em><br /></em></strong>
Antônio de Pádua ou – como também é conhecido – de Lisboa, referindo-se à sua cidade natal. Trata-se de um dos santos mais populares de toda a Igreja Católica, venerado não somente em Pádua, onde se erigiu uma esplêndida basílica que recolhe seus restos mortais, mas no mundo inteiro. São queridas dos fiéis as imagens e estátuas que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus nos braços, lembrando uma aparição milagrosa mencionada por algumas fontes literárias.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Antônio contribuiu de maneira significativa para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com seus fortes traços de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, fervor místico.</span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ele nasceu em Lisboa de uma família nobre, por volta de 1195, e foi batizado com o nome de Fernando. Começou a fazer parte dos cônegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, primeiro no mosteiro de São Vicente, em Lisboa, e depois no da Santa Cruz, em Coimbra, renomado centro cultural de Portugal. Dedicou-se com interesse e solicitude ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja, adquirindo aquela ciência teológica que o fez frutificar nas atividades de ensino e na pregação.</span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em Coimbra, aconteceu um fato que marcou uma mudança decisiva em sua vida: em 1220, foram expostas as relíquias dos primeiros cinco missionários franciscanos que haviam se dirigido a Marrocos, onde encontraram o martírio. Este acontecimento fez nascer no jovem Fernando o desejo de imitá-los e de avançar no caminho da perfeição cristã: então ele pediu para deixar os cônegos agostinianos e converter-se em frade menor. Sua petição foi acolhida e, tomando o nome de Antônio, também ele partiu para Marrocos, mas a Providência divina dispôs outra coisa.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Por causa de uma doença, ele se viu obrigado a voltar à Itália e, em 1221, participou do famoso “Capítulo das Esteiras” em Assis, onde também encontrou São Francisco. Depois disso, viveu por algum tempo escondido totalmente em um convento perto de Forlì, no norte da Itália, onde o Senhor o chamou para outra missão. Convidado, por circunstâncias totalmente casuais, a pregar por ocasião da uma ordenação sacerdotal, Antônio mostrou estar dotado de tal ciência e eloquência, que os superiores o destinaram à pregação. Ele começou assim, na Itália e na França, uma atividade apostólica tão intensa e eficaz, que levou muitas pessoas que haviam se separado da Igreja a voltar atrás. Esteve também entre os primeiros professores de teologia dos Frades menores, talvez inclusive o primeiro. Começou a lecionar em Bolonha, com a bênção de Francisco, o qual, reconhecendo as virtudes de Antônio, enviou-lhe uma breve carta com estas palavras: “Eu gostaria que você lecionasse teologia aos frades”. Antônio colocou as bases da teologia franciscana que, cultivada por outras insignes figuras de pensadores, teria conhecido seu zênite com São Boaventura de Bagnoregio e o beato Duns Scotus.</span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nomeado como superior provincial dos Frades Menores da Itália Setentrional, continuou com o ministério da pregação, alternando-o com as tarefas de governo. Concluído o mandato de provincial, retirou-se perto de Pádua, onde já havia estado outras vezes. Depois de apenas um ano, morreu nas portas da Cidade, no dia 13 de junho de 1231. Pádua, que o havia acolhido com afeto e veneração em vida, prestou-lhe sempre honra e devoção. O próprio Papa Gregório IX – que, depois de tê-lo escutado pregar, definiu-o como “Arca do Testamento” – canonizou-o em 1232, também a partir dos milagres ocorridos por sua intercessão.</span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No último período da sua vida, Antônio escreveu dois ciclos de “Sermões”, intitulados, respectivamente, “Sermões dominicais” e “Sermões sobre os santos”, destinados aos pregadores e professores de estudos teológicos da ordem franciscana. Neles, comentou os textos da Sagrada Escritura apresentados pela liturgia, utilizando a interpretação patrístico-medieval dos quatro sentidos: o literal ou histórico, o alegórico ou cristológico, o tropológico ou moral e o analógico, que orienta à vida eterna. Trata-se de textos teológicos-homiléticos, que recolhem a pregação viva, na qual Antônio propõe um verdadeiro e próprio itinerário de vida cristã. É tanta a riqueza de ensinamentos espirituais contida nos “Sermões”, que o venerável Papa Pio XII, em 1946, proclamou Antônio como Doutor da Igreja, atribuindo-lhe o título de “Doutor Evangélico”, porque destes escritos surge a frescura e beleza do Evangelho; ainda hoje podemos lê-los com grande proveito espiritual.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nos “Sermões”, ele fala da oração como uma relação de amor, que conduz o homem a conversar docemente com o Senhor, criando uma alegria inefável, que envolve suavemente a alma em oração. Antônio nos recorda que a oração precisa de uma atmosfera de silêncio, que não coincide com o afastamento do barulho externo, mas é experiência interior, que procura evitar as distrações provocadas pelas preocupações da alma. Segundo o ensinamento deste insigne Doutor franciscano, a oração se compõe de quatro atitudes indispensáveis que, no latim de Antônio, definem-se como: <em>obsecratio, oratio, postulatio, gratiarum actio</em>. Poderíamos traduzi-las assim: abrir com confiança o próprio coração a Deus, conversar afetuosamente com Ele, apresentar-lhe as próprias necessidades, louvá-lo e agradecer-lhe.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Neste ensinamento de Santo Antônio sobre a oração, conhecemos um dos traços específicos da teologia franciscana, da qual ele foi o iniciador, isto é, o papel designado ao amor divino, que entra na esfera dos afetos, da vontade, do coração, e que é também a fonte de onde brota um conhecimento espiritual que ultrapassa todo conhecimento. Antônio escreve: “A caridade é a alma da fé, é o que a torna viva; sem o amor, a fé morre” (Sermões Dominicais e Festivos II).</span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Só uma alma que reza pode realizar progressos na vida espiritual: este foi o objeto privilegiado da pregação de Santo Antônio. Ele conhecia bem os defeitos da natureza humana, a tendência a cair no pecado; por isso, exortava continuamente a combater a inclinação à cobiça, ao orgulho, à impureza e a praticar as virtudes da pobreza e da generosidade, da humildade e da obediência, da castidade e da pureza.</span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No começo do século XIII, no contexto do renascimento das cidades e do florescimento do comércio, crescia o número de pessoas insensíveis às necessidades dos pobres. Por este motivo, Antônio convidou os fiéis muitas vezes a pensar na verdadeira riqueza, a do coração, que, tornando-os bons e misericordiosos, leva-os a acumular tesouros para o céu. “Ó ricos – exorta – tornai-vos amigos (…); os pobres, acolhei-os em vossas casas: serão depois eles que os acolherão nos eternos tabernáculos, onde está a beleza da paz, a confiança da segurança e a opulenta quietude da saciedade eterna” (Ibid.).</span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Antônio, na escola de Francisco, sempre coloca Cristo no centro da vida e do pensamento, da ação e da pregação. Este é outro traço típico da teologia franciscana: o cristocentrismo. Alegremente, ela contempla e convida a contemplar os mistérios da humanidade do Senhor, particularmente o do Natal, que suscitam sentimentos de amor e gratidão pela bondade divina.</span><br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Também a visão do Crucificado lhe inspira pensamentos de reconhecimento a Deus e de estima pela dignidade da pessoa humana, de forma que todos, crentes e não crentes, possam encontrar um significado que enriquece a vida. Antônio escreve: “Cristo, que é a tua vida, está pregado diante de ti, porque tu vês a cruz como em um espelho. Nela poderás conhecer quão mortais foram tuas feridas, que nenhum remédio teria podido curar, a não ser o sangue do Filho de Deus. Se olhas bem, poderás perceber quão grandes são tua dignidade e teu valor (…). Em nenhum outro lugar o homem pode perceber melhor o quanto vale, a não ser no espelho da cruz” (Sermões Dominicais e Festivos III).</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Que Antônio de Pádua, tão venerado pelos fiéis, interceda pela Igreja inteira, sobretudo por aqueles que se dedicam à pregação. Que estes, inspirando-se em seu exemplo, procurem unir a doutrina sã e sólida, a piedade sincera e fervorosa e a incisividade da comunicação.</span><br />
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<strong><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Papa Bento XVI</span></strong>Unknownnoreply@blogger.com0