25 de fevereiro de 2015

25/02 - Bem-aventurado Sebastião de Aparício



Religioso da Primeira Ordem (1502-1600). Beatificado por Pio VI no dia 17 de maio de 1789.


Nasceu no ano de 1502, em Gudena (Espanha), de pais pobres mas piedosos. Desde a adolescência levava para pastar um pequeno rebanho e aproveitava os momentos livres para orar e visitar igrejas ou capelas. Aos 15 anos foi contratado como serviçal por uma senhora rica de Salamanca, mas, não podendo suportar o ambiente frívolo da casa, apesar de bem remunerado, desistiu desse trabalho. 


Apreciava mais a vida campestre, em contato direto com a natureza que lhe permitia subir até Deus. Durante 8 anos trabalhou a serviço de dois agricultores e, com o ordenado, ajudava os pais na sua pobreza e amealhou modestos fundos para dotes das irmãs.

Com 31 anos de idade, falecidos os pais e casadas as irmãs, zarpou para a América. Chegado a Puebla, no México, retomou os trabalhos agrícolas.

 Para incrementar o comércio empreendeu viagens de transporte de mercadorias entre várias cidades. Rasgou vias de comunicação através de bosques impenetráveis, promoveu a construção duma importante estrada entre Zacatecas e a Cidade do México. Tudo quanto ganhava nestas suas empresas era patrimônio dos pobres. Socorria com generosidade os necessitados, transportava-os gratuitamente e às suas mercadorias, emprestava-lhes dinheiro a fundo perdido, ocupava-se em libertar prisioneiros e escravos. Os índios o respeitavam e admiravam.

Absorvido numa vida tão movimentada, encontrava sempre tempo para a oração e participação na Eucaristia. Com frequência o demônio o atormentava com tentações, mas sem nunca conseguir vencê-lo. Em 1552 passou a empresa a outros proprietários e, nos arrebaldes da Cidade do México, adquiriu uma quinta, voltando a dedicar-se à agricultura e criação de gado. Casou, mas, de comum acordo com a esposa, fez voto de castidade. Enviuvando após um ano, decidiu contrair segundas núpcias com uma virtuosa senhora, com a qual viveu igualmente em perfeita continência. Pouco depois, veio a falecer também esta segunda mulher.

A 2 de julho de 1573, com 71 anos de idade, decidiu realizar um velho sonho. Pediu e recebeu o hábito de frade menor no convento da Cidade do México. Aí viveu ainda nada menos que 27 anos, sendo para todos exemplo de religioso humilde, obediente, dedicado à oração e à penitência. Deus glorificou sua vida exemplar. A 25 de fevereiro de 1600, aos 98 anos de idade, descansou serenamente no Senhor. Passou a ser venerado como santo e o seu sepulcro tornou-se glorioso.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

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