17 de abril de 2015
17/04 - Santa Bernardete Soubirous
Virgem cordígera da Terceira Ordem (1844-1879). Canonizada por Pio XI no dia 8 de dezembro de 1933.
Nasceu em 7 de janeiro de 1844 em Lourdes, França. A mais velha de seis filhos de uma família muito pobre chefiada por Francois e Louise Casterot. Ela serviu como empregada de 12 aos 14 anos. Depois foi pastora de ovelhas. Em 11 de fevereiro de 1858, mais ou menos na época de sua primeira comunhão ela recebeu uma visão da Virgem. Ela recebeu 18 novas visões nos próximos cinco meses e foi levada a uma fonte de água que curava.
Ela mais tarde mudou-se para uma casa do Convento das Irmãs de Nevers, em Lourdes, onde ela vivia, trabalhava, aprendeu a ler e a escrever. As irmãs cuidavam dos doentes e indigentes e quando Bernadete fez 22 anos foi admitida na Ordem. Foi no dia 22 de setembro de 1878 professou os votos perpétuos e no dia 8 de dezembro, festa da Imaculada, foi recebida como “cordígera de São Francisco de Assis”, na grande família franciscana.
Sem forças, oprimida pela asma, respirava com dificuldade. Para ela, os sofrimentos eram necessários, pois era preciso que sofresse para seguir sendo digna de ter visto a Virgem Imaculada.
Faleceu em 16 de abril de 1879 em Nevers, França. O corpo de Maria Bernadete permanece incorruptível. Foi canonizada pelo Papa Pio XI em 1933.
Desde que apareceu a Santa Bernadete em 1858 mais de 200 milhões de pessoas visitaram o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes.
A Aparição em Lourdes
“Eu tinha ido com duas outras meninas na margem do rio Gave quando eu ouvi um som de sussurro. Olhei para as árvores e elas estavam paradas e o ruído não eram delas. Então, olhei e vi uma caverna e uma senhora vestindo um lindo vestido branco com um cinto brilhante. No topo de cada pé havia uma rosa pálida da mesma cor das contas do rosário que ela segurava. Eu queria fazer o sinal da cruz, mas eu não conseguia e minha mão ficava para baixo. Aí a senhora fez o sinal da cruz ela mesma e, na segunda tentativa, consegui fazer o sinal da cruz, embora minhas mãos tremessem. Então, comecei a dizer o rosário enquanto ela movia as contas com os dedos sem mover os lábios. Quando eu terminei a Ave Maria, ela desapareceu.
Eu perguntei às minhas duas companheiras se elas haviam notado algo e elas responderam que não haviam visto nada. Naturalmente, elas queriam saber o que eu estava fazendo e eu disse a elas que tinha visto uma senhora com um lindo vestido branco, embora eu não soubesse quem era. Disse a eles para não dizer nada sobre o assunto porque iriam dizer que era coisa de criança. Voltei no domingo ao mesmo lugar sentindo que era chamada ali.
Na terceira vez que fui à senhora reapareceu e falou comigo e me pediu para retornar todos os próximos 15 dias. Eu disse que viria e então ela disse para dizer aos padres para fazerem uma capela ali. Ela me disse também para tomar a água da fonte. Eu fui ao rio que era a única água que podia ver. Ela me fez realizar que não falava do rio Gave e sim de um pequeno fio d’água perto da caverna. Eu coloquei minhas mãos em concha e tentei pegar um pouco do líquido sem sucesso. Aí comecei a cavar com as mãos o chão para encontrar mais água e na quarta tentativa encontrei água suficiente para beber. A senhora desapareceu e fui para casa.
Voltei todos os dias durante 15 dias e cada vez, exceto em uma Segunda e uma Sexta a Senhora apareceu e disse-me para olhar para a fonte e lavar-me nela e ver se os padres poderiam fazer uma capela ali. Disse ainda que eu deveria orar pela conversão dos pecadores. Perguntei a ela, várias vezes, o que queria dizer com isto, mas ela somente sorria. Uma vez finalmente, com os braços para frente, ela olhou para o céu e disse-me que era a Imaculada Conceição. Durante 15 dias, ela me disse três segredos que não era para revelar a ninguém e até hoje não os revelei.” (Trecho de uma carta de Santa Bernadete).
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