Mártir japonês, terceiro Franciscano (1586-1597). Canonizado por Pio IX no dia 8 de junho de 1862.
Luís de Ibaraki, menino de 11 anos, é como a obra mestra pedagógica da escola de São Pedro Batista e de seus coirmãos. Órfão de pai e mãe, tinha vivido com seus tios, que o acolheram em casa como filho. Logo foi recomendado aos santos Leão Karasuma e Paulo Ibaraki, que foram seus preceptores.
Desejando fazer-se franciscano e sacerdote, foi recebido no seminário. Foram seus grandes amigos e colegas de martírio S. Antônio de Nagasaki, de treze anos e Santo Tomás de Kosaki, quinze anos. Sereno, cordial, afável passou como um meteoro de luz. Viveu como um anjo.
Sempre o primeiro na oração, era acólito, cantor, servia com fervor na Santa Missa e ensinava catecismo aos meninos menores que ele, São Pedro Batista, deu-se conta rapidamente de sua boa índole e o mantinha sempre consigo nas celebrações litúrgicas e nas obras de assistência e de evangelização.
Seu fervor suscitava admiração até mesmo nos pagãos. A um nobre que tentou persuadi-lo a afastar-se da fé, respondeu: “Jamais me afastarás de minha fé, que me está muito arraigada. Antes, por que não te fazes cristão? Encontrarás o segredo da felicidade!”
A 3 de janeiro de 1597 começou a difícil viagem até Nagasaki. Em várias cidades foi exposto com os demais à burla do povo. No entanto, muita gente mostrava simpatia pelos mártires, especialmente pelo menino. Em Corazu, no caminho de Nagasaki, o governador Fazamburo tratou de convencer Luís a abandonar a fé e lhe ofereceu riquezas e honras para fazê-lo apostatar.
Ele respondeu que estava feliz por renunciar à sua vida e morrer por Jesus. Nos últimos dias os padres Francisco Pasio e João Rodrigues o assistiram. Recusou uma nova tentativa do governador que o incitava a renegar a Cristo em troca da vida e de riquezas. Ele respondeu: “De maneira alguma abandonarei a este Cristo que me está abrindo as portas do céu e me envia seus anjos para colocar em minha cabeça uma coroa de fúlgida glória. Fica tu com tuas riquezas que não quero. Contento-me somente com as do céu”.
Chegando à santa Colina de Nagasaki, beijou a cruz na qual deveria ser atado e martirizado. Recitou com Antônio e Tomás o salmo: “Louvai, meninos ao Senhor – Laudate pueri Dominum…”. Antes de ser atravessado pelas lanças dos soldados, gritou: “Paraíso! Paraíso!”
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
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