15 de março de 2015

15/03 - Bem-aventurado Andrés Carlos Ferrari


Cardeal Arcebispo de Milão, da Terceira Ordem (1850-1921). Beatificado por São João Paulo II no dia 10 de maio de 1987.


Andrés Ferrari nasceu em Lalatta, diocese de Parma, no dia 13 de agosto de 1850. De pais humildades, frequentou o seminário, ordenou-se padre a 19 de dezembro de 1873.


Como pároco, teve especial cuidado com a juventude. Pouco tempo esteve à frente do trabalho paroquial, pois foi nomeado professor e reitor do seminário de Parma. Distinguindo-se por sua piedade, doutrina e direção de almas, Leão XIII nomeou-o Bispo de Gustalla, no dia 23 de Junho de 1890, não contando ainda 40 anos de idade. Foi tal o seu proceder à frente da pequena diocese que o mesmo Sumo Pontífice resolveu transferi-lo para outra maior e mais importante, a de Como.

Nos anos em que permaneceu nessa diocese, percorreu-a de lés a lés, visitando todas as freguesias, por menores e remotas que fossem. Empenhou-se sobremaneira na formação do clero e desenvolvimento da Ação católica. No consistório de 18 de maio de 1894, Leão XIII, que estimava o Bispo de Como, inclui-o no número de Cardeais, e três anos depois confiou-lhe o governo da Arquidiocese de Milão.

No dia em que foi nomeado Arcebispo dessa cidade, o Servo de Deus acrescentou o nome de Carlos ao de André, que recebera no batismo, para honrar S. Carlos Borromeu, Pastor imortal e glória da igreja milanesa. O que ele fez neste novo campo de apostolado, é-nos referido por João Paulo II na homilia que proferiu no dia da beatificação do Cardeal, a 10 de maio de 1987; «Cristo foi a “porta” da santidade para o cardeal André Carlos Ferrari que, depois de ter sido Bispo de Guastalla e de Como, dirigiu por cerca de 27 anos a Arquidiocese de Milão, seguindo com fervor apaixonado as pegadas dos grandes predecessores, Ambrósio e Carlos.

Sustentado por fé robusta e zelo iluminado, ele soube indicar com tino seguro o caminho a percorrer entre novas e difíceis realidades emergentes no contexto religioso e social do seu tempo. Soube ver os problemas pastorais, que as circunstâncias históricas apresentavam, com o olhar do Bom Pastor, indicando os modos para os enfrentar e resolver.
Visitou quatro vezes a vasta arquidiocese ambrosiana, indo às localidades mais distantes e inacessíveis, mesmo a cavalo e a pé, onde deste tempo imemoriável não se tinha visto um Bispo. Por esta razão, ante a sua pastoral incansável, alguns diziam: “S. Carlos voltou”. A solicitude do Pastor foi expressa também na promoção de formas novas de assistência, adequadas às mudanças dos tempos e aos jovens abandonados, os trabalhadores e os pobres”.

O bem-aventurado André Carlos Ferrari faleceu em Milão, no dia 2 de Fevereiro de 1921. Amou a São Francisco e o franciscanismo, apreciou a carismática figura de P. Lino Maupas, e animou o Padre Agustín Gemelli na fundação da Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão. Tornou-se terceiro franciscano no dia 30 de junho de 1876 e um ano depois fez a sua profissão. Em 1965 foram exumados seus restos e se encontravam ainda intactos.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

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