ALGUMAS ANOTAÇÕES EM TORNO DE CARACTERÍSTICAS DA TEOLOGIA MEDIEVAL E SEU PANO DE FUNDO PARA A COMPREENSÃO DE UMA TEOLOGIA FRANCISCANA
O Medieval, em sua produção teológica, usa o espaço da Universidade, da Catolicidade, e sua efetuação universal da estética teológica é a construção de Catedrais. A Fé como caminho de busca do Sagrado, e a Intuição como leitura de uma Inspiração (para o medieval a intuição não é ciência) e a Teologia como compreensão da existência.
Fazendo um paralelo, o Moderno usa a Universalidade, a Cristandade, e a sua efetuação universal é construir empresas. A Intuição passa a ser a força de uma espiritualidade e transformou a intuição em ciência; a Causalidade (relação que une causa e efeito), e Ciência como compreensão e funcionalidade da existência.
Tanto para o Medieval como para o Moderno, a Teologia é vista como o “experimentum” da fé, mas não é a fé. Nos dois, a Teologia é a tensão entre o ser doutrina e o ser caminho.
O ser medieval, no que se refere à construção de uma identidade teológica, parte da “natura creata” (a contingência e a dependência do ser criatura), do “creatio” (o mundo, a criação, a cosmovisão) e da “fides” (acreditar na existência de Deus). E seu confronto entre doutrina e o Ser que se faz caminho, está na grandiosidade do momento que produz e sofre forte influência das Sumas Teológicas, dos Silogismos, do Voto de Suzerania, do Código da Cavalaria, das Cruzadas e Peregrinações.
O pensar teológico traz a experiência da “filiatio”, a consanguinidade criaturas. A natura é o espaço da salvação, contém por si só todas as promessas da Terra Prometida. A Antiguidade inspira-se na “aletheia”, o Medieval na “natura”, um forte caminho de lembranças. Deus é o “a priori” de todas estas lembranças e experiências.
Extraído de: http://carismafranciscano.blogspot.com.br/
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