9 de novembro de 2009

OS MUROS DE NOSSO TEMPO

Em um dia como o de hoje, nas terras do velho continente, os olhares de todo planeta se voltavam para a festa de um povo que agora poderia se chamar de uma nação. Há vinte anos, alemães orientais e alemães ocidentais passavam a se denominar unicamente, “Alemães”. Era a queda do Muro de Berlim. O marco de concreto ruiu, mas nos dias de hoje outras barreiras continuam de pé, se erguendo, e muitas vezes não notamos (ou fingimos não notar).
O objeto da reflexão que faço, na verdade são os muros invisíveis que ainda existem. Ao longo da história, os homens vêm construindo, através de suas atitudes, vários muros e barreiras. O primeiro muro manteve Adão e Eva fora do paraíso. Um muro erguido com as pedras pecado. E o pecado é até hoje matéria prima para a construção de novos muros que se apresentam com vários nomes, como o muro do medo, da indiferença, do preconceito, da inveja, da ganância, dos interesses pessoais e outros.
Mas o pior dos muros do nosso tempo é o muro da intolerância. Seja ela racial, social, sexual, cultural, ambiental, política ou religiosa. Em um mundo onde a palavra da moda é “globalização”, é inadmissível crer que tantos muros ainda sejam levantados. Não podemos aceitar que homens sejam “cercados e isolados”, por causa da cor de pele, da opção sexual, da classe econômica, da religião ou de qualquer outro meio de preconceito.
Há também uma intolerância que os líderes das grandes nações capitalistas querem manter veladas, como a que está causando a lenta morte do nosso planeta, destruindo o meio ambiente, provocando o aumento do aquecimento global e já começando a trazer consequências, algumas catastróficas, para nosso mundo.
Existem muros que nos mesmos criamos entre nós, nas relações de trabalho, em casa, na sociedade como um todo, quando nos isolamos para pensar nas coisas e nos esquecemos de pensar nas pessoas. Esses muros que agora erguemos, tem nos afastado da presença de Deus. Se as barreiras físicas como o Muro de Berlim estão desabando, ainda temos muito que fazer para derrubar os muros invisíveis de nosso tempo.
É hora de destruirmos barreiras , e a exemplo de São Francisco que foi em busca dos sarracenos, devemos construir pontes que possam unir todos os povos, transformando a Terra em um mundo verdadeiramente cristão.
Comecemos agora mesmo a construir nossas pontes, com as pedras da caridade, do perdão, da tolerância, da fé, da solidariedade, da paz, da misericórdia, e, sobretudo, “do Amor”.

Abraço Fraterno

PAZ E BEM!

Clay Regazzoni

2 comentários:

  1. Como sua sensibilidade foi grande aqui, meu irmão. Creio que o Pobrezinho de Assis, cantou forte em seu interior e fez ressoar até nós a mpusica suave da (frater/soror)nidade. Abraços.... Derrubamos sim todos dos muros que possam separar os homens e mulheres e construamos em seus lugares lindos jardins!!!!

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  2. Muinto bom o texto. De fato criamos muintos muros e São Francisco, imitandor do Cristo, saiu dos muros de Assis para, com seu exemplo, derrubar os vários muros do seu tempo, principalmente os muros que segregavam o pobre desvalido e os leprosos, rotulados de menores naquela sociedade medieval dos grandes senhores feudais. Muintos daqueles muros ainda persistem em nosso tempo sem querer cair. Vamos sair primeiro dos nossos muros e, em seguida, trabalhar para que esses outros muros também possam cair. Paz e Bem!

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