No dia 18 de Março de 1212, Clara de Assis sai de sua casa e vai para a igreja de Santa Maria dos Anjos, a Porciúncula, encontrar-se com Francisco de Assis.
De modo que estamos numa caminhada jubilar, para celebrar em 2012 este encontro que marca para sempre a história da Ordem. É um momento privilegiado para, mais uma vez, redescobrir Santa Clara, a mãe, esposa e irmã de toda família franciscana. É muito comovente o reencontro com a mãe! A partir de então, a Ordem tem uma faceta feminina. Clara traz o brilho da personalidade e a força de seu carisma pessoal. Tem a mesma escolha de Francisco: o Evangelho. O que a move é o Amor a Jesus, Pobre e Crucificado. O Deus humilde, simples, despojado. A grandeza de um Deus que se fez servo. Ela também quer ser assim, de grande dama da sociedade assisiense, ser serva e irmã de inumeráveis irmãs. Quando o Amor é grande demais não dá para ser sozinha: arrasta consigo uma família de Irmãs que, assim como Clara, ganha juventude através dos séculos.
Com certeza, podemos dizer que, sem Clara, a experiência de Francisco não seria completa. Ela é uma testemunha excepcional da busca radical da vivência do Evangelho que abalou Assis a partir destes seus dois jovens cidadãos. Entre Francisco e Clara está um protótipo de um ideal, um modelo pleno de humano, uma conversão que mistura radicalidade e ternura, espírito e afeto. Escreve Caetano Esser, um dos grandes estudiosos do Franciscanismo: “Clara seguiu de perto São Francisco na sua nova vida e nas vivências do início da Ordem. Dele assimilou profundamente o Espírito, conservando em si o estado mais puro deste Espírito. O seu testemunho é digno da mais alta consideração” (Origem e Valores Autênticos da Ordem, Milão,1972).
Imagem do Painel no Colégio Nossa Senhora Aparecida - Consa - das Irmãs de Ingolstadt, em São Paulo.
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