Francisco se tornou o líder espiritual de Clara; quando se aproximava o Domingo de Ramos, essa quis saber o como e quando sempre podia estar unida a Cristo. Concorda-se que o esponsalício ocorrerá em duas fases. No Domingo de Ramos, Clara irá vestir suas melhores roupas para misturar-se entre as pessoas. Na noite seguinte vai deixar a cidade para trocar a alegria do mundo pela sua compaixão para com os sofrimentos de Nosso Senhor.
No Domingo de Ramos, com a consagração das palmas e a procissão sempre teve o caráter de um esponsalício. Na liturgia era celebrada a entrada festiva de Jesus em Jerusalém e na linguagem mística, isso significava a celebração amorosa de Jesus com sua noiva, a Igreja. Portanto a escolha deste dia por Francisco e Clara foi muito apropriado.
No dia do Domingo de Ramos, Clara foi à igreja usando seu melhor vestido, de modo que brilhou na frente de todas as pessoas. Enquanto todos os outros passaram a ter os ramos nas mãos, manteve-se modesta em seu lugar.
O próprio Bispo desceu os degraus do altar para entregar o ramo abençoado. Na noite seguinte Clara deixou para sempre sua casa e sua cidade e foi para a capela de São Maria dos Anjos ou Porciúncula, onde foi recebida pelos frades. Ali houve o esponsalício de Clara com Cristo, seu amado Senhor e amado esposo. Os frades cortaram seus longos cabelos e depuseram o seu belo vestido e suas jóias. Ajoelhando-se diante do altar da Mãe de Deus, Clara recebeu o hábito religioso e o véu. Dessa maneira começou a Ordem das Virgens na igrejinha de Maria, a única que pode ser chamada de Virgem e Mãe. T
FREI CLEITON ROBSON,OFMCONV
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