O perdão não é um processo mágico, mas psicológico. Não é apagar a lembrança, mas reeditar a memória. O que a grande maioria de nós procura fazer é tentar esquecer os inimigos, desviar a atenção de quem nos frustrou, tentar apagar nossos arquivos. Essa é a melhor maneira de preservar nossos conflitos, porém não é o caminho da cura interior.
A com-paixão nos ensina a entrar no sofrimento do outro, perceber sua fragilidade disfarçada de agressividade. Ganhamos a pessoa quando a fazemos perceber e sentir que ela pode ser melhor, que existe outro caminho que não seja do mal ou da agressão. Porém, não devemos esquecer que precisamos demonstrar com-paixão por nós mesmos. Precisamos também de auto-perdão. Nossa consciência muitas vezes sofre muito, necessitada de escutar um sincero perdão que vem de nossa própria alma.
Frei Paulo Sérgio de Souza, OFM
Nenhum comentário:
Postar um comentário