23 de maio de 2015
23/05 - Bem-aventurado João do Prado
Sacerdote e mártir da Primeira Ordem (1560-1631). Beatificado por Bento XIII no dia 24 de maio de 1728.
Bem-aventurado João do Prado passou à história dos Frades Menores como o restaurador das Missões Franciscanas no Marrocos.
João nasceu em Mogrovejo, Espanha, em 1560, de pais nobres. Ele interrompeu seus estudos na Universidade de Salamanca para vestir o hábito religioso entre os Frades Menores de Rocamador em 16 novembro de 1584 e, no ano seguinte, em 18 de novembro, fez sua profissão.
Pregador fervoroso e um bom teólogo, ele participou das polêmicas sobre a Imaculada Conceição. Desempenhou os ofícios de guardião em vários conventos, mestre dos noviços e duas vezes foi Definidor (conselheiro). Por suas virtudes e dons foi escolhido para governar a Província Franciscana de São Diego, erigida em 1620.
Sob o seu governo tentou a restauração da missão franciscana em Marrocos. De fato, em 1630 foi destinado a Marrakesh, capital de Marrocos, para atender espiritualmente aos escravos cristãos. Obtido o salvo-conduto do sultão e a nomeação de Urbano VIII com poderes do Prefeito Apostólico da missão, com dois outros frades partiu de Cádiz em 27 de novembro de 1630.
Depois de exercer o ministério em Mazagan por três meses, tentou chegar a Marrakesh, mas, em Azamor, foi preso pelas autoridades muçulmanas e levado para Marrakesh no dia 2 de abril de 1631. Apresentado ao novo sultão Mulay, corajosamente confessou a fé cristã.
Foi preso e açoitado várias vezes durante a sua última polêmica religiosa com o Sultão. Foi esfaqueado, ferido por flechas e condenado à fogueira na praça do palácio. Ainda sobre o fogo, quando ousadamente pregava a sua fé, foi apedrejado e veio a falecer no dia 24 de maio de 1631. Ele tinha 71 anos.
A terra de Marrocos, banhada pelo sangue dos franciscanos Protomártires e os mártires de Ceuta, São Daniel e companheiros, recolheu também o sangue deste ilustre confrade, que por longos anos havia exercido o apostolado nas terras da Espanha. Sua gloriosa morte foi acompanhada de muitos milagres e numerosas conversões.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, de Frei Giulliano Ferrini e Frei José Guilhermo Ramirez, OFM, edição Porziuncola
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