Virgem, Terceira Ordem (1811-1880)
Fundadora das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia. Canonizada por Pio XII em 12 de junho de 1949
A 17 de maio de 1809 Napoleão decretou que os Estados Pontifícios
fossem anexados ao Império Francês. À noite, o papa Pio VII excomungou
Napoleão, e disse que não cederia. Ele foi preso em Savona, a 40
quilômetros de Gênova. A pressão continuou sobre os bispos que, aos
poucos, foram aderindo ao decreto que permitia a Napoleão também
designar novos bispos. A partir de 1814 as coisas começaram a voltar ao
normal. A igreja foi vencendo os problemas criados pelos franceses,
mantendo a independência de seu pequeno estado. Preocupa-se com os
pobres e cria instituições assistenciais, que foi novidade na época.
Nesse ambiente em que a Igreja se volta para acolhimento dos pobres
nasceu e cresceu Benedita, que recebeu o nome na glória dos santos de
Maria Josefa Rossello.
Benedita nasceu em Albisola Marina, em Savona, Itália, em 27 de maio
de 1811, de uma familia humilde, que trabalhava com argila, fabricando
vasilhas.
Inscreveu-se muito jovem na Ordem Terceira de São Francisco. Aos
dezenove anos foi para a casa dos Monleoni, para cuidar do Patriarca, já
idoso e adoentado. Fez isso com tamanha dedicação e carinho que, após
sete anos, ao morrer Monleoni, sua viúva quis adotá-la, inclusive com a
possibilidade de que ela se tornasse herdeira deles, pois não tiveram
filhos. Ela recusou, porque seu desejo era viver em uma casa de
caridade.
Quando o bispo de Mari quis voluntárias para a implantação de um
instituto de educação para meninas pobres, Benedita e mais duas
companheiros aceitaram o convite. E foram viver em uma casa alugada para
essa finalidade, em 10 de agosto de 1837. Logo depois, no dia 22 de
outubro, tornou-se religiosa, recebendo o nome de irmã Maria Josefa.
Três anos depois era a superiora da congregação, que já contava com sete
irmãs e algumas noviças.
“Coração para Deus, mãos para o trabalho”, era a exortação que Maria
Josefa Rossello repetia com frequência às Filhas de Nossa Senhora da
Misericórdia. Esse lema foi também o seu programa de vida, tanto que
atuou com generosa dedicação a Deus e ao próximo, desde os primeiros
anos da sua juventude.
Sempre confiante na Providência Divina, construiu várias casas para
cuidar de meninas pobres. Em 1869, abriu o Pequeno Seminário para
meninos, filhos de operários pobres, encaminhando-os gratuitamente à
carreira eclesiástica.
Morreu aos 69 anos, a 7 de dezembro de 1880, na casa-mãe, em Savona. Em 12 de junho de 1949 foi canonizada por Pio XII.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola
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