9 de fevereiro de 2015

09/02 - Bem-aventurado Antônio de Stroncone



Religioso da Primeira Ordem (1381-1461). Aprovou seu culto Inocêncio XI no dia 28 de junho de 1687



A sua terra natal, Stroncone, fica em Térni, na Úmbria. Aí nasceu Antônio, filho de dois terceiros franciscanos, Luís e Isabel, descendentes da antiga e prestigiada família Vici. Sendo sobrinho de um franciscano, P. João Vici, desde criança frequentava o convento onde o tio vivia. Pode dizer-se que depois do leite materno seu alimento foi o espírito franciscano. Por isso, não é de surpreender encontrá-lo desde os doze anos vivendo no convento dos frades Menores, mas não foi de imediato que os irmãos decidiram vestir-lhes o hábito franciscano. Só quando mais amadurecido foi admitido ao noviciado e, posteriormente, à profissão.


Daí em diante teve por preceptor o próprio tio, João Vici, que era mestre dos jovens franciscanos no convento de S. Francisco de Fiésole, um dos mais sugestivos ambientes espirituais da Toscana, que domina um vasto e maravilhoso panorama abrangendo a cidade de Florença e o vale do Arno. Aí, em Fiésole, Antônio Vici foi orientado por outro mestre excepcional, o Bem-aventurado Tomás de Florença, verdadeiro artista em moldar almas e acérrimo defensor do genuíno espírito de S. Francisco.

Antônio de Stroncone e Tomás de Florença trabalharam juntos em formarem os jovens franciscanos no apostolado missionário e na polêmica contra certas tendências que distorciam a genuína mensagem franciscana, como acontecia com os “Fratricelli”, que, sob a capa de humildade e pobreza, escondiam sementes de soberba e rebelião contra as diretrizes da Igreja.

Enviado a Córsega, fundou e animou nessa ilha numerosos conventos franciscanos. Mas o sítio da sua predileção era os Cárceres, acima de Assis, onde durante 30 anos desempenhou o ofício de esmoleiro. Aí levou uma vida de contemplação e de penitência, desempenhando os mais humildes e pesados ofícios do convento.

Os bosques e as penedias do Subásio e as pobres celas do eremitério, escavadas na rocha, foram testemunhas das suas ásperas mortificações, que lhe transformaram o corpo. O último ano de vida passou-o no convento de S. Damião, santificado pelas recordações de São Francisco e de Santa Clara. A 8 de fevereiro de 1461, com 80 anos, passou para a vida eterna.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

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