24 de agosto de 2013
24/08 - Bem-aventurado Pedro da Assunção
Sacerdote e mártir no Japão, da Primeira Ordem (+1617). Beatificado por Pio IX no dia 7 de julho de 1867.
Pedro da Assunção, mártir no Japão, nasceu na pequena cidade de Cuerba, Arquidiocese de Toledo. Tendo entrado na Ordem dos Frades Menores, depois da ordenação foi Mestre de Noviços por um longo tempo. Encorajado pela animação missionária de João, o Pobre, decidiu partir para o Extremo Oriente, na companhia de muitos confrades. Após uma breve estadia nas Filipinas, desembarcou no Japão em 1601, desenvolvendo um intenso apostolado na região de Nagasaki, onde mais tarde dirigiu o convento franciscano.
Por sua santidade de vida era muito estimado e procurado. Em seu confessionário recorreram muitos fiéis, prendendo-o neste ministério por horas e horas todos os dias. Em 1611, a situação religiosa no Japão tornou-se crítica: por ordem das autoridades, missionários estrangeiros tiveram que deixar o território japonês. Frei Pedro preferiu permanecer com roupas comuns para ajudar e encorajar os cristãos em um momento difícil. Mas por prudência se mudou para o lugar vizinho a Nagasaki; Chichitzu, um apóstata, o traiu, por que ele foi capturado e levado às prisões de Omura e depois para Cori.
Ali teve como companheiro João Batista Machado; juntos estiveram na prisão por mais de um mês, de 20 abril a 22 maio, em penitência, oração e conversa espiritual. O anúncio da sentença de morte foi recebida com alegria: “Esta é a graça que eu pedi a Deus nestes últimos nove dias, celebrando a Santa Missa”.
Em 21 de maio, festa da Santíssima Trindade, o Senhor revelou ao bem-aventurado Pedro, enquanto celebrava a Missa, que aquela seria a última Missa a ser presidida. Os dois mártires, Pedro e João Batista cantaram o “Te Deum” para agradecer a Deus por uma graça tão grande, se confessaram um ao outro entre em lágrimas, e passaram a noite em oração.
Ao entardecer, eles foram obrigados a caminhar para o local da execução. Padre Pedro estava segurando um crucifixo e a Regra de São Francisco. Durante a viagem, eles cantaram a Ladainha da Virgem; então, ao encontrarem com os cristãos, exortaram-os à perseverança.
Ao chegar ao local da execução, o bem-aventurado Pedro pediu para ser autorizado a falar com pessoas que assistiam a sua morte. Então, os dois se abraçaram e se ajoelharam, com as mãos postas e os olhos voltados para o céu esperando o momento supremo em que o carrasco cortou a cabeça dele. Era 22 de maio de 1617.
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