Clara, minha irmã Clara,
mostra-me o tesouro de teu campo:
é tão encantador o sol em teu jardim
que não tenho outro desejo se não de me deixar
conduzir por tua mão.
Clara, minha irmã Clara,
coloca meus pés no ritmo de teus passos.
Tão bem-aventurada é a tua alma no jardim,
tua alma que dança
que não tenho outra desejo senão de desposar
a cadência de teus passos em dança.
Clara, minha irmã,
leva-me na correnteza de tua vida:
em seu deslizar aí a água é tão pura
que não tenho outro desejo senão
de buscar a fonte.
Clara, minha irmã Clara,
Guarda-me no secreto de teu rosto:
tão simples é o teu olhar em tua oração
que só tenho o desejo
de sentar-me à tua luz.
Clara, minha irmã Clara,
faze com que eu arda como o incenso de teu amor
tão doce é o teu canto junto de Frei Francisco
que não tenho outro desejo senão
eternizar tua voz.
Clara, minha irmã Clara
leva-me ao Todo de tua pobreza.
Tão alegre é teu coração junto do Evangelho
que quero somente desejar o que desejas.
Assim seja!
Irmã Micheline Dubé
Revista Prier abril de 1994, p. 15
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