Sabemos que essa Ordem surgiu no século XIII, pelo desejo manifestado por Francisco de incluir os leigos entre os seus seguidores (I Fiorette 1,16); em Thomaz de Seleno 1, 15, vemos como o povo gostava de estar junto de Francisco e servi-lo, pela adesão o Luquésio de Poggibonzi e sua esposa Buona Donna, as quais Francisco Prometeu uma Regra para que o pudessem segui-lo sem sair de casa; também na Legenda dos Três Companheiros (14,60), lê-se que os leigos “dedicavam-se a uma penitência muito generosa em suas casas”.
Muitos autores ao falarem do século XIII, relataram que a partir de 1207 Francisco foi um penitente, até 1209, quando fundou a Ordem Primeira, sendo que ele com seus confrades se tornaram “pregadores itinerantes”.
“Se já na metade Século XII se tinha constatado no movimento penitencial um acréscimo, agora, sob o influxo dos frades menores, numerosos guias e orientadores, milhares de pessoas se reuniram, a vidas por viver este ideal”.
O imã atrativo era Francisco mesmo, com sua vivencia autentica aquilo que aspiravam.
A maior parte dos penitentes passou a seguir sua espiritualidade, difundida por seus confrades, e se tornaram então “ Penitentes de São Francisco”, embora nos documentos oficiais continuassem chamados “irmãos e irmã da penitencia”.
Somente no fim do século XIII, decênio depois da morte de Francisco se fala “da Ordem Terceira de São Francisco”.
Francisco é considerado o fundador da Ordem Terceira porque muitos jovens, homens e mulheres casados seguiram fielmente a espiritualidade franciscana e deram a origem à “ Ordem dos irmãos e irmãs da penitencia de São Francisco”, contudo, não existia um documento canônico assinado a respeito.
De 1221 a 1228, viveram o que dispunha “Memoriali Propositi”, regra aprovada pelo papa Gregório IX para todos os penitentes da época, por tanto sem nenhuma influencia franciscana.
Na regra não bulada dos frades menores – “Cap. XXIII, 16 a 22”, consta o ardente desejo de Francisco pelo salvação de toda humanidade.
A inspiração original de Francisco consta da “carta aos fieis”, que é hoje o prólogo da regra de 1978.
O papa Nicolau IV ( que era frade menor) em 18 de agosto de 1289 aprovou a Regra “ supra Montem”, obrigando a Ordem da penitencia do mundo inteiro a aceitar os frades menores como visitadores e procuradores de suas fraternidades. Em 30 de maio de 1883 o papa Leão XIII (franciscano e membro da OFS), aprovou uma regra especifica para os franciscanos seculares, por meio da Encíclica “Misericors dei Filius”. Nota-se menos rigor nesta Regra, pois o papa entendeu que a situação do século XIII era bem diferente do século XIX. Em 25 de agosto de 1957 foram aprovadas as constituições gerais da regra de Leão XIII. Não foram feitas a partir da Própria OFS, mas impostas. Por isso n~]ao atenderam completamente às aspirações de muitos franciscanos seculares.Pelo breve apostólico “Serapticus partriarcha”, em 24 de junho de 1978 foi aprovada a Regra de Paulo VI assinada poucas semans antes de sua morte. Em 27 de setembro de 1982, o papa João Paulo II recebeu peregrinos franciscanos seculares na sala máxima e lhes disse: “Amai e estudai e vivei a Regra e a Ordem Franciscana Secular,... Ela é um autentico tesouro em vossas mãos, sintonizado no espírito do Concilio Vaticano II e correspondente ao que a igreja espera de vós.Amai, estudai e vivei esta regra, porque os valores nela contidos são eminentemente evangélicos. Vivei esses valores em fraternidade e vivei-os no mundo, no qual, pela vossa vocação secular estais, envolvidos e radicados. Vivei estes valores evangélicos nas vossas famílias, transmitindo a fé com a oração, o exemplo com a educação, e vivei as exigências evangélicas do amor recíproco, da fidelidade e do respeito à vida . Cristo, o pobre e crucificado, seja para vós como foi para Francisco de Assis, o inspirador e o centro da vida com Deus e com os homens. Esta regra tem apenas 26 artigos, profundos, belíssimos pelo que contem. Muitos livros já foram escritos sobre ela, mas o capitulo II, relativo a forma de vida é considerado o mais importante. Por isso o Concilio Nacional da OFS do Brasil preparou o Livro: “ a Vida em Fraternidade”, destinado a uso de todos os franciscanos seculares e jufristas, e especialmente dos membros dos conselhos dos diversos níveis. Em 08 de setembro de 1990, foram a provadas em caráter experimental as constituições gerais com três grandes linhas mestras: a secularidade, a unidade e a autonomia. Foram atualizadas e suas emendas aprovadas em 08 de dezembro de 2000, promulgadas em 06 de fevereiro de 2001 e entraram em vigor a partir de 06 de março de 2001. No texto foram observados os seguintes critérios: adesão ao direito comum e ao direito próprio da OFS; respeito pelo texto já aprovado em 1990 pela Santa Sé; flexibilidade organizativa,;adaptação cultural e lingüística. COMO É A PEDAGOGIA FRANCISCANA NA OFS São Francisco deixou que Deus o transforma-se em seu processo de conversão “ O Senhor me concedeu a mim, Frei Francisco, viver uma vida de penitencia, o que antes era amargo, transformou-se em doçura da alma e do corpo” ( RNB 21,23). Quem não converte-se não pode salvar-se. Toda a pedagogia de Francisco é a própria pedagogia do amor. O estilo formativo de Francisco é o “amor cavalheiresco”, amor cortes.Diz-se que a cortesia é uma qualidade de Deus. Tudo ele fazia “por amor do amor”; procurava manter com fundamental a exclusividade de cada pessoa. O antídoto contra o mal é o bem. Com essa pedagogia Francisco tinha uma meta: conduzir todos os seus irmãos e seguidores a uma única fraternidade, onde ninguém tenha procedência sobre o outro. Para Francisco, a fraternidade é o lugar do encontro, da salvação, da pratica do amor. Esta pedagogia nos mostra o valor de cada pessoa humana e de toda criação. O franciscano secular vive sua vocação em seu estado de vida: como chefe de família, como celibatário, ou como viúvo. No seu convívio em casa, no trabalho, no lazer, na fraternidade, seu ser deve revestir-se das seguintes característica: a) seguimento do Cristo na forma de vida evangélica;b) pratica do fraternismo, manifestando ternura e compaixão com os mais fracos e pequenos e com todas as criaturas; c) humildade e pobreza, na coragem de ser menor e simples; viver atitude de serviços. d) alegria e otimismo, vivendo o sentido lúdico da vida; saber brincar para vencer as tentações do pessimismo, ou de tristeza;
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