A família franciscana hoje comemora a festa da dedicação da Basílica de Nossa Senhora dos Anjos em Assis. A pequena capela que existia na planura de Assis faz parte do álbum da vida dos franciscanos e franciscanas de todos os tempos. Francisco, num determinado momento de sua vida, tinha a convicção de que estava sendo chamado a ser pedreiro de Deus. Compreendera que precisava restaurar as capelas de sua cidade que estavam caindo aos pedaços. Depois de ter feito o trabalho de arrumar São Damião e São Pedro chegou até Nossa Senhora dos Anjos. Ele gostava daquela capelinha dedicada à Mãe de Deus e resolveu “morar “ por ali com seus frades. Alguns acontecimentos marcariam aquele lugar. Lá, participando de uma missa, ouvira ele o evangelho da missão. Jesus pedia que seus discípulos fossem pelo mundo afora, com pouca bagagem, sem ouro, sem dinheiro, nem sapatos, que fossem de casa em casa, que cuidassem dos doentes, anunciassem a paz. Era isso que ele desejava. Teve a nítida certeza que seu caminho estava traçado. “É isso que eu quero, isso que busco de todo o coração”. Esse foi o dia em que Francisco abraçou o Evangelho. E depois ele e seus frades não queriam outra coisa senão dizer por palavras e gestos que o Amor que tanto nos amou precisava ser amado. Seus frades constituiriam uma fraternidade missionária. Tinha certeza que esse esclarecimento ele devia a Mae de Deus, Maria, que segundo uma tradição costumava descer à terra com anjos naquele lugar. Esse lugar seria o único lugar fixo de seus frades... Ali Deus morava e moraria sempre. Naquele lugar os frades deveriam viver exemplarmente: simples, despojados, atentos uns aos outros, irmãos de verdade. | Tudo seria feito sempre com a sinceridade e a generosidade do Evangelho. Numa noite de Domingo de Ramos (1212), ali Francisco e os seus receberam uma moça bonita e chamada Clara... Os irmãos, tendo tochas acesas, a acolheram naquela noite... Francisco cortou-lhe os cabelos e a revestiu das alegres vestes da pobreza numa cerimônia luminosa e clara que foi a Consagração da virgem Clara ao serviço do evangelho. Numa noite da capelinha, da “porçãozinha” da Porciúncula, Clara começou sua discreta e belíssima vida. Ali, naquele mesmo lugar, se realizavam os capítulos gerais, essas reuniões dos frades de todos os cantos por ocasião da festa de Pentecostes. Ali, os irmãos experimentavam a alegria do encontro, falavam das maravilhas que Deus operava através de seus trabalhos, faziam os planos para o futuro. Ali o Espírito Santo, verdadeiro ministro geral da Ordem, se manifestava a esses homens vestidos de toda humildade e pobreza. Quando Francisco se deu conta que seu fim se avizinhava pediu que levassem seu corpo em ruinas até a Porciúncula. Deitado nu, na terra nua, ao lado da capelinha, pediu que seus irmãos realizassem a liturgia do Adeus e entregou sua vida ao Altíssimo no belo gesto de entrega de si ao Deus que se aproxima escondido naquela que o mesmo Francisco costumava chamar de Irmã Morte. Tudo isso e muito, muito mais aconteceu na Porciúncula de Assis. |
2 de agosto de 2011
Festa franciscana da Dedicação da Basílica de Nossa dos Anjos QUANDO O CÉU RESOLVE DESCER À TERRA
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