Sacerdote. Discípulo de S. Francisco, da Primeira Ordem (+1237). Bento XIV a 24 de abril de 1751 aprovou o seu culto.
A primeira Clarissa a ser honrada com culto público não foi Santa Clara, mas a Beata Felipa Mareri, morta em 1236, quando Santa Clara todavia, vivia em São Damião de Assis. Ao nome e à vida da Beata Felipa, está ligada a vida e a figura do Beato Rogério, de Todi, na Úmbria. Ele conheceu pessoalmente S. Francisco e foi um de seus primeiríssimos seguidores, junto com Bernardo de Quintavale, Gil, Leão, Silvestre.
São Francisco costumava dizer: “verdadeiro irmão menor é aquele que possui a fé de Frei Bernardo, a simplicidade e pureza de Frei Leão, a benignidade de Frei Ângelo, a presença agradável de Frei Masseo, a paciência de Frei Junípero, a solicitude de Frei Lúcido e a caridade de Frei Rogério”.
Por seu equilíbrio, associado ao mais fervoroso zelo missionário, foi enviado por Francisco à Espanha para implantar ali a Ordem Franciscana. Erigiu conventos, acolheu religiosos, que soube formar no espírito seráfico e os organizou como Província religiosa. Terminando a sua missão, regressou à Itália. S. Francisco, então, lhe confiou a direção espiritual do mosteiro das clarissas fundado pela Beata Felipa Mareri, depois que esta mulher de vida excepcional e quase desconcertante, contemplou na solidão de um eremitério rural a sua vocação de penitente e de guia de outras mulheres penitentes.
Com os sábios conselhos do franciscano Rogério, a comunidade de Felipa Mareri, que a princípio havia tido caráter um pouco irregular, ou melhor, não bem definido, se firmou exemplarmente na Regra da Segunda Ordem – a mesma que S. Francisco havia ditado para Santa Clara e suas irmãs, e que já possuía copiosos frutos espirituais. Felipa Mareri se ligou com afetuosa devoção com o franciscano de Todi, sob cuja direção a comunidade por ela querida, progredia tão claramente na perfeição. Quando a Beata de Rieti esteve próxima da morte, pedia a presença do Beato de Todi. Nos odes fúnebres a invocou como se faz aos santos.
Rogério sobreviveu pouco a sua filha espiritual. Viveu em Todi, onde fulgurou em novos exemplos de santidade. Meditava amiúdo no nascimento de Jesus, o qual muitas vezes lhe apareceu sob a forma de menino e teve a alegria de apertá-lo carinhosamente em seus braços. Uma mulher paralítica voltou a caminhar, depois de ter recebido sua bênção. Outra mulher afetada de loucura, que se descontrolava com gritos e ações descompostas, ao contato de sua mão, ficou completamente sã.
A 05 de janeiro de 1237 foi chamado por Deus ao prêmio eterno o servo fiel e bom. Gregório IX, que o conheceu pessoalmente, lhe outorgou o título de Beato.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Edição Porziuncola
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