6 de janeiro de 2015
06/01 - São Carlos de Sasso Romano
Religioso da Primeira Ordem (1613-1670). Canonizado por São João XXIII, em 12 de abril de 1959.
Chamava-se João Carlos Melchiori, nascido em Sezze, a 19 de outubro de 1613. Passou sua juventude num povoado de Lácio. Aos 22 anos se fez irmão menor, em Nazzano e emitiu os votos solenes em 19 de maio de 1636. Viveu em vários conventos de Lácio e preferiu permanecer como irmão converso desenvolvendo sua atividade como esmoler, hortelão, cozinheiro, sacristão.
Desejou partir como missionário para Índia, mas não chegou a satisfazer o seu desejo. Permaneceu em Roma, último entre os irmãos de São Francisco, mas o primeiro na obediência, na castidade e na pobreza. Um verdadeiro franciscano, com a alma inundada de profunda alegria.
Para comunicar também aos demais esta seráfica alegria, desenvolveu o dom de poeta, escrevendo versos singelos e emocionantes, num estilo popular, com acentuado sabor de Lácio. Pelas suas poesias, São Carlos de Sezza o considerou herdeiro de Jacopone de Todi, pois sua poesia era fruto da plenitude de amor divino.
Este “escritor sem letras”, como ele mesmo se chamava, escreveu muitas obras nem todas publicadas. Entre as publicadas estão: “As três vias”, “O Sagrado Septenário”, “Os Discursos sobre a vida de Jesus”, sua “Autobiografia”, escrita com seráfica candura por ordem de seu confessor.
Em outubro de 1648, enquanto rezava na Igreja de São José o seu coração foi transpassado por um dardo de luz, que partiu da Hóstia consagrada, fazendo-o chagado por toda sua vida. A chama do amor de Deus e dos irmãos o levou a uma alta sabedoria.
O objetivo de sua vida foi oferecer-se a Deus em holocausto: puro e perfeito, na humildade, na penitência, na devoção ardente à Paixão de Cristo, à Eucaristia, à Virgem Imaculada. Deus lhe reservou grandes dons: visões e revelações, conhecimento das verdades teológicas e ascéticas, chaga de amor no coração. O segredo da sua santidade estava na oração, na austera penitência, no esforço contínuo para viver com Jesus sua paixão e morte redentora. Por muitos anos, na qualidade de esmoleiro de porta em porta em Roma, buscou as almas, levou a mensagem evangélica para trazer todos para Deus. Morreu em 6 de janeiro de 1670.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Edição Porziuncola
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