Por Frei Almir Ribeiro Guimarães, Ofm
• Abraçava a Mãe de Jesus com indizível amor pelo fato de que ela tornou irmão nosso o Senhor da majestade. Cantava-lhe louvores especiais, derramava preces, oferecia afetos tantos e tais que a língua humana não poderia exprimir. Mas o que mais nos alegra é que ele a constituiu Advogada da Ordem e confiou à sua proteção os filhos que haveria de deixar para serem aquecidos e protegidos até o fim. Ó advogada dos pobres! Cumpri para conosco o ofício de tutora até o tempo predestinado pelo Pai (2Celano 198).
• Da Regra de Santa Clara: “Pouco antes de morrer, o Pai Francisco escreveu-nos mais uma vez sua última vontade: ‘Eu, o pequeno irmão Francisco, quero seguir a vida e a pobreza de nosso Altíssimo Senhor Jesus Cristo e de sua Santíssima Mãe, e quero perseverar neste caminho até à morte’” (Regra de Clara, VI).
• E quando for necessário que vão pedir esmola… “pois pobre e peregrino viveu de esmolas. Ele, e a bem-aventurada Virgem Maria e seus discípulos” (Regra não bulada 9,5).
• Todo carinho manifestou para com a capela de Nossa Senhora dos Anjos. Terminada a reconstrução da capelinha de São Pedro, dirigiu-se Francisco “para um lugar que se chama Porciúncula, no qual existira uma igreja da Beatíssima Virgem Mãe de Deus, construída antigamente mas agora abandonada sem que ninguém dela cuidasse. Quando o homem de Deus a contemplou abandonada, pela fervorosa devoção que tinha para com a Senhora do mundo, começou a morar ali assiduamente para restauração da mesma. E, sentindo aí frequência das visitações angelicais, de acordo com nome desta igreja que desde a antiguidade era chamada Santa Maria dos Anjos, estabeleceu-se aí por causa da reverência aos anjos e por causa do amor especial à Mãe de Cristo. O santo homem amou este lugar mais do que outros lugares do mundo; pois aqui ele começou humildemente, aqui ele progrediu virtuosamente, aqui ele terminou de maneira feliz, e na morte recomendou este lugar aos irmãos como o mais caro à Virgem” ( São Boaventura, Legenda Maior II, 8).
• Se não puderes atender de outro modo as necessidades dos irmãos, despoja o altar da Virgem e tira-lhe os enfeites. Crê-me ela ficará muito mais contente em ver o Evangelho de seu Filho observado e seu altar despojado, do que seu altar enfeitado e seu Filho desprezado. O Senhor enviará quem restitua à Mãe o que ela nos emprestou” (2Celano 67).
Por Frei Almir Ribeiro Guimarães
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