Por Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM
Assistente Nacional da OFS pela OFM
Um antigo diretório de vida fraterna dos seculares, na França, tem bela página sobre o tema franciscano da conversão.
Para viver segundo o Evangelho, somos convidados a nos converter a cada instante. Assim, vamos sendo arrancados do egoísmo e acolhemos progressivamente uma vida nova. É precisamente no contexto concreto de nossa existência que o Senhor se aproxima de nós e nos chama.
Cada homem vive num determinado estado de vida: casamento, vida de solteiro, viuvez. Homens e mulheres exercem uma profissão, divertem-se, pertencem a diferentes grupos. Cada humano está inserido num tecido de relacionamentos familiares, amicais, sociais, profissionais, culturais, religiosos, em instituições econômicas, políticas, nacionais, internacionais. É chamado a assumir responsabilidades nos mais diversos campos. É precisamente esta condição terrestre, ou seja, a realidade cotidiana a que é chamado a viver e que é convidado a transformar com sua vocação evangélica.
Num longo esforço de conversão fazemos, no dia a dia, a experiência de nossa fragilidade. O perdão do Senhor faz com que conservemos a coragem nesta obra que é, antes de tudo, dele, coragem para recomeçar sempre tudo de novo. Um sinal privilegiado desse constante recomeço é o sacramento da penitência.
Lembrando-nos que Francisco começou o caminho de sua conversão abraçando um leproso, haveremos de prestar atenção aos nossos relacionamentos humanos, de modo particular com os mais pobres. Sabemos que amando o pobre ou aquele que nos desagrada, é Cristo que encontramos e opera nossa conversão. Como a conversão de Francisco, nossa também se opera tendo como pano de fundo a vivência fraterna.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
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