19 de agosto de 2012

Pai, decidi voltar e lançar-me em teus braços!


Nossa janela se abre, de alguma forma, para a cena da parábola encantadora do Pai das Misericórdias ou do Filho Pródigo. Esta é nossa história e a história da humanidade. Na realidade, nossa vida espiritual é a vida de pessoas de coração contrito que estão sempre em processo de retorno à casa do Pai, esse Pai que tem saudade de nosso abraço. O autor desta bela prece é o franciscano Michel Hubaut que foi publicada na Revista Prier, n. 55, p. 17.



Filho pródigo, filho ingrato,
rompi o relacionamento contigo, meu Pai!
Quis fazer minha vida sozinho!
Inventar minha felicidade longe de Ti!
Não havia compreendido a gratuidade de Teu amor
que era minha casa, minha riqueza, minha vida.
Reclamei a minha parte na herança,
imediatamente e unicamente para mim.
Apossei-me de teus dons, como se eu tivesse direito,
cego e inconsciente que estava.

Não me impediste de partir.
Nada disseste.
Deixaste que eu me dirigisse para o distante país de minhas fantasias.
lá onde gastei todos os teus bens.
Esta parcela de vida, esta parcela de amor, dilapidei-as egoisticamente, sofregamente, tolamente.
E quando tudo havia gasto
houve terrível fome em meu coração.
O pecado é o país da fome e do enfado,
do desgosto e da privação.
Decepcionado, insatisfeito estive diante do vazio.
Entrei em mim mesmo,
tive sede de outras coisas,
lembrei-me de tua Casa,
resolvi me levantar e voltar…

Tu me percebes de longe:
há muito tempo me espreitas nas encruzilhadas de meus caminhos.
Corres na minha direção.
Tu me apertas entre teus grande ombros.
Estás mais emocionado do que eu.
Não fazes perguntas a respeito de meu passado.
Tu conheces o que se passa.
Sabes que teu filho está sofrendo,
conheces bem a amarga experiência que fiz.
Mandas que me tragam veste nova e sandálias novas
Colocas um talher a mais na mesa da família.
Dizes: Comamos, façamos a festa, meu filho voltou.
Obrigado Pai, minha Casa, meu Amor, minha Vida,
nunca haverei de me esquecer:
não queres a humilhação de teu filho, mas que viva!

Extraído de : http://www.franciscanos.org.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário