A Ordem Franciscana Secular do Brasil realizou de24 a26 de agosto de 2012 – em Brasília (DF), o seu 34º Capítulo Nacional Ordinário e o 12º Eletivo. Durante a realização do Capítulo estiveram presentes, a delegada da Ministra Geral, Conselheira da Presidência do CIOFS para os países de Língua Espanhola, Maria Consuelo Queremel de Nuñes (Chelito); Assistente Internacional para os CIOFS, Fr. Amando Trujillo Cano, TOR; Presidente da Conferência Nacional dos Assistentes Espirituais, Frei Manuel José Farias Lopes, TOR; Secretário Fraterno Nacional da JUFRA, Alex Sandro Bastos Ferreira; Representantes da FFB (Família Franciscana do Brasil), Ir. Renata Lopes de Farias, da Congregação das Irmãs Franciscanas de Dillingen; Ministro do Regional Centro, anfitrião, Nivaldo Moreira da Silva e a Assistente Espiritual do Regional Centro, Ir. Sandra Regina Ferreira, da Congregação franciscana da Divina Misericórdia.
Na abertura do Capítulo, o Ministro Nacional da OFS, Antônio Benedito Bitencourt, saudou os presentes, em especial o Regional Centro pela acolhida e empenho para receber todos os capitulares. No decorrer das atividades, foram escolhidos os secretários, escrutinadores e membros da Comissão de Redação do Capítulo.
A representante da Presidência do CIOFS saudou os capitulares e leu a mensagem especialmente enviada pela Ministra Geral, Encarnación del Pozo, que trata sobre o serviço aos irmãos, tendo como palavra-chave a conversão. A Moderadora Joana D’Arc leu outra mensagem enviada pela Conselheira da Presidência do CIOFS para os países de Língua Portuguesa, Maria Aparecida Crepaldi.
O ministro anfitrião do Regional Centro, Nivaldo Moreira da Silva, desejou boas vindas a todos e ressaltou que tudo foi preparado com muito carinho e com o apoio das fraternidades locais. O ministro nacional apresentou o relatório do triênio e os representantes dos regionais se reuniram para avaliar as prioridades definidas no último Capítulo para que novas propostas fossem apresentadas para definir as prioridades do próximo triênio.
A novidade do Capítulo ficou por conta da utilização do sistema de votação eletrônica que, inclusive, foi utilizado em Congressos da Juventude Franciscana (JUFRA). Os primeiros capitulares que votaram dessa nova forma foram, pela lista em ordem alfabética, Alex Sandro Ferreira (SP), Anderson Moura (RJ), Antônio Benedito Bitencourt (PA) e Arion Silva (RJ).
A eleição foi presidida pela Conselheira da Presidência do CIOFS, Maria Consuelo (Chelito) Nuñez, da Venezuela, delegada da Ministra Geral da OFS, acompanhada do Assistente Geral, Frei Amando Trujillo Cano, TOR, do México. Conforme estabelecido, os cargos para o novo triênio foram votados um a um pelos quarenta e quatro capitulares que elegeram o novo Conselho Nacional que passa a ter a seguinte composição:
- Antônio Benedito Bitencourt (PA) foi reeleito Ministro Nacional.
- Vanderlei Suélio (GO) foi reeleito vice-ministro.
- Maria Bernadette Mesquita (SP) foi eleita Coordenadora de Formação
- Wigna de Lira (RN) foi eleita Secretária.
- Aluisio Victal (SP) foi eleito Tesoureiro.
- Marúcia Conceição Conte (PA) foi eleita Conselheira Nacional para a Área Norte.
- Zilmar Uchôa (MA) foi reeleita Conselheira Nacional para a Área Nordeste A.
- Edmilson Brito (SE) foi eleito Conselheiro Nacional para a Área Nordeste B.
- Edvaldo Dias (MS) foi reeleito Conselheiro Nacional para a Área Centro-Oeste.
- Helio Gouvêa (RJ) foi eleito Conselheiro Nacional para a Área Sudeste.
- Izabel Teixeira (RS) foi eleita Conselheira Nacional para a Área Sul.
- Paulo Machado (RJ) foi eleito Assessor Jurídico.
Também foram eleitos como conselheiros fiscais efetivos os irmãos Edivaldo Rogério de Oliveira (RJ), Maria José Coelho (MS) e Nivaldo Moreira (GO); e como suplentes do Conselho Fiscal os irmãos Paulo Gomes (CE), Ubiraci Nascimento (PE) e Cláudio Luiz Lima (RJ).
Que o Senhor sempre ilumine esses irmãos e irmãs que no triênio que se inaugura assumiram com disponibilidade e responsabilidade esse nobre serviço em favor de toda a fraternidade nacional e do carisma franciscano secular.
Reflexões como preparação ao Capítulo da Fraternidade
Mensagem da delegada da Ministra Geral lida na abertura do Capítulo
Chelito Núñez, ofs
Ao preparar-nos para celebrar seriamente um Capítulo Eletivo, devemos refletir sobre o que significa um Capítulo, e como cada um de nós é responsável para levá-lo a feliz término.
Antes de tudo devemos recordar que para Francisco de Assis o Capítulo como Assembléia era a ocasião onde todos os irmãos tinham direito de participar, opinar e deliberar, constituindo-o assim como uma experiência de democracia muito adiantada para sua época. Desta maneira, tendo como seu maior guia o Espírito Santo, punha nas mãos de todos os seus frades o futuro da Ordem.
É assim que nossas Constituições nos referem (Art.49) no Capítulo que trata dos assuntos que interessam à vida e à organização da fraternidade. Palavra chave INTERESSAM, que poderíamos dizer que estes assuntos que se tratam no Capítulo, os tratam irmãos que AMAM a sua fraternidade e, portanto buscam o MELHOR para sua vida e organização. Portanto, não é uma assembléia qualquer.
Poderíamos começar dizendo o que todos sabemos, que confiamos ao Espírito Santo as decisões, as eleições e os resultados de nosso Capítulo. Mas, será que por acaso a ação do Espírito se faz evidente e eficaz APESAR de nossa disposição? Poderíamos dizer que sim, que o Senhor nos manifestou sua grandeza e sua gloria, e nos concede sua graça que se faz tangívelem nosso Batismo, nos sacramentos e com renovado compromisso de nossa parte na Profissão que fazemos na OFS, mais além de nossos méritos.
MAS, sucede que nem sempre temos a disposição pessoal que necessitamos para que esta ação do Espírito se faça vida em cada um de nós, porque pomos barreiras e obstáculos ao Espírito Santo; como são os interesses pessoais, os interesses ocultos, os egoísmos, a inveja, “os cargos” que se assumem na fraternidade, vistos mais como símbolo de poder em lugar de um modo de serviço aos irmãos”.
Ou seja, a partir do ponto de vista de Deus, Ele está disposto e temos a garantia de sua graça, o que está por se ver é “nossa disposição pessoal”.
Assim entramos no terreno individual do compromisso assumido, pelo que devemos deter-nos a pensar, como estamos assumindo em nossa vida o compromisso de nossa profissão na OFS, se é que estamos verdadeiramente abertos à ação do Espírito? Ou se é que de nossa parte estamos paralisados, ainda examinando o que é que o Senhor quer de nós. E perguntar-nos que estamos fazendo cada um de nós com os dons que recebemos. O Senhor SIM fará seu trabalho, SIM nos dará sua graça. Nosso trabalho, nossa postura, é ser os melhores instrumentos de sua vontade.
Neste caminho de conversão pessoal, não estamos sós, porque esta profissão na Ordem nos insere numa Fraternidade, a qual devemos amar como a nossa própria família, com todas as consequências que isto implica.
Assim que sentindo-nos comprometidos com nossa Fraternidade, nossa disposição pessoal influi diretamente em nossa fraternidade, de forma positiva ou de forma negativa. Alcançamos logo que cada um de nós vive um autêntico compromisso. Para isto, é fundamental a pureza de intenção que tenhamos em nossos corações, (“Amem e vivam a pureza de coração, fonte da verdadeira fraternidade”, Regra Art.15,4).
E não somente devemos ter a melhor disposição pessoal senão saber-nos unidos a nossa fraternidade e como tal obrigados a realizar um “discernimento comunitario” que nos obriga todos juntos a encontrar-nos espiritualmente abertos à ação do Espírito.
É por isto que um local privilegiado é o que encontramos ao reunir-nos em Capítulo, porque ali todos discernimos juntos e podemos sair ao encontro de Deus, com respostas corajosas, criativas, em atitude de conversão e abertura. Isto também forma parte do processo de conversão que deve invadir o âmbito de nossa fraternidade. Porque é óbvio que quando estamos num processo de “discernimento comunitário”, mas não há consciência de fraternidade, senão de nossa parte pessoas com interesses particulares, com uma paralisia em sua própria conversão, com um egoísmo exagerado, com uma grande falta de sinceridade, sem o devido INTERESSE pela fraternidade, e por isto sem um verdadeiro AMOR pela mesma, assim é impossível que se tenha a disposição devida para que a ação do Espírito atue.
É importante que ao encontrar-nos estejamos dispostos a realizar um discernimento como fraternidade, para avaliar nossas realidades, com a devida liberdade interior e abertura, com uma clara consciência do conceito de irmãos.
Nossa fraternidade é onde celebramos o Mistério da Salvação e onde nos encontramos unidos espiritualmente com todo o povo de Deus, segundo o confirma o nosso Ritual. É vital para isto o “sentido de pertença” que é a base fundamental de nosso itinerário como franciscanos seculares.
Senhor, ilumina as trevas de nosso coração,
Dá-nos fé reta
Caridade perfeita
Sentido e conhecimento Senhor
Para cumprir teu santo e veraz mandamento.
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