5 de setembro de 2014

05/09 - Bem-aventurado Gentil de Matelica



Sacerdote e mártir da Primeira Ordem (+1340). Pio VI concedeu em sua honra ofício e Missa.

Gentil nasceu em Matelica, nas Marcas, filho da nobre família Finiguerra. Ele logo decidiu dedicar-se a Deus ingressando entre os Frades Menores no convento de Matelica. Desejoso de maior solidão, ele foi até o Santuário de La Verna. Ali permaneceu muitos anos santificando aquele lugar com a oração, a penitência e íntima união com Deus. Inclusive foi nomeado guardião.

Após esta intensa preparação espiritual se dirigiu a terras de missão. Chegou ao Egito e permaneceu no Cairo para aprender a difícil língua árabe. Apesar de sua intensa dedicação, as dificuldades pareciam insuperáveis, até que o Senhor o ajudou de forma surpreendente, pois logo começou a falar árabe e as línguas dos países vizinhos. Além de evangelizar no Egito, excursionou até a Ásia Menor, Armênia e Pérsia.

No espaço de poucos anos chegou aos mais importantes centros de Pérsia. Frei Gentil trabalhou intensamente em meio a dificuldades de viagem e adaptação às diversas populações. Deixando os confins da Pérsia, chegou a Erzerum, cidade completamente muçulmana. A hostilidade tradicional dos seguidores de Maomé se manifestou repentinamente. Mas conseguiu algumas conversões. De Erzerum, pelo caminho das caravanas, se dirigiu a Trebisonda, um importante porto. Os testemunhos que ficaram de seu apostolado são significativos.

De fato, durante séculos os fiéis de Trebisonda chamavam-se os “cristãos de Frei Gentil”. O Espírito Santo havia atuado naquele país através de Frei Gentil. De Trebisonda passou à Crimeia, onde trabalharam missionários franciscanos e dominicanos. A sua presença e sua pregação despertaram naqueles povos novo entusiasmo. Da Crimeia voltou para a Pérsia, onde permaneceu em Salmestre perto Tabriz. Os prolongados trabalhos apostólicos foram minando suas forças e preparando para o encontro com Cristo. Enquanto estava catequizando um grupo de novos convertidos foi violentamente aprisionado por alguns sectários que, em nome da autoridade muçulmana, o levaram ao governador, que o condenou à morte. Amarrado a um poste, com um violento golpe de cimitarra foi decapitado. Isso aconteceu em Tabriz em 05 de setembro de 1340. Seu corpo jaz na igreja dos franciscanos em Veneza.

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