8 de setembro de 2014
08/09 - Bem-aventurada Serafina Sforza
Viúva e religiosa da Segunda Ordem (1434-1478). Bento XIV aprovou seu culto no dia 17 de julho de 1754.
Era descendente da nobre família dos condes de Urbino. Ficando órfã ainda muito jovem, foi criada por um tio materno, o príncipe Collona, que a educou com carinho de pai. Durante sua estada em Roma, desabrochou em sua alma o amor a Deus e à virtude, que chegaram a fasciná-la por completo. As vaidades do mundo nada valiam a seus olhos.
Ainda não tinha atingido a maturidade, quando foi dada em casamento ao príncipe Alessandro Sforza, senhor de Pésaro. O príncipe tinha dois filhos do primeiro casamento, que ela amou como se fossem seus, a eles dedicando-se com amor de mãe, e sendo por eles plenamente correspondida. Por esse motivo granjeou a afeição de seu esposo. Pouco anos depois de casada, seu esposo teve que entregar-se ao uso das armas, para combater em favor de seu irmão que era duque de Milão.
Portanto, entregou o governo à sua esposa, que tinha todas as qualidades para exercê-lo com rara habilidade e sabedoria. Durante seis anos, substituiu o esposo em todos os negócios com raro tino administrativo. Além desses dotes, possuía ainda uma ampla visão do futuro. Foi amada por todos por sua grande generosidade. Pedia a bênção a Deus para seus empreendimentos, através das inumeráveis esmolas que distribuía aos pobres. Todos pensavam que ao voltar o marido, ela receberia fabulosa recompensa, mas foi o contrário. Ele voltou complemente mudado, envolvido em vida dissoluta acompanhado de uma amante, que colocou dentro do castelo, para ser servida em tudo por Serafina. Ele próprio a tratou como uma serva. Depois encerrá-la no Mosteiro de Clarissas em Pésaro. Assim poderia viver livremente com a outra mulher.
A amante chegou até a vestir as ricas roupas de Serafina e usar suas joias e assim visitar Serafina juntamente com o Conde. Porém Serafina, que sobressaia pela nobreza de sangue e de virtudes, tudo suportou com a máxima paciência e doçura. Sua admirável paciência nessa adversidade provocou a estima das irmãs e de todas as pessoas que a conheciam. Depois de alguns anos, o marido morreu e lhe disseram que poderia voltar ao Principado, saindo do Mosteiro aonde fora introduzida por ordem do marido.
Mas Serafina respondeu: “Se até hoje fiquei aqui forçada pelas ordens de meu marido, de hoje em diante pedirei para permanecer por amor neste mosteiro”. Vestiu o hábito e professou a Regra de Santa Clara, vivendo santamente. Chegou a ser abadessa. Morreu a no dia 9 de setembro de 1478 no Mosteiro de Pésaro. Foi beatificada pelo Papa Bento XIV, em meados do século XVIII. Sua festa é celebrada no dia 09 de setembro.
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