Por Frei Vitório Mazzuco, OFM
Deus é absolutamente incognoscível e se manifesta na criação, assim toda a realidade das coisas podem aproximar a união com a Origem escondida. Nesta afirmação aparece a dimensão universal da experiência mística, a pedra angular do desenvolvimento da mística nas épocas sucessivas.
A obra do Pseudo-Dionísio não conseguiu emplacar na Igreja Latina a ideia de experiência mística. O Ocidente preferiu a palavra Contemplação. Somente com a Idade Média que a palavra mística torna-se de uso corrente.
Contemplação era uma palavra mais usada para designar um estudo de vida mística dos eremitas e monges.
Foi a partir do século XVI que a mística passa a significar uma passagem do sagrado ao segredo, das coisas e sua dimensão essencial, da via ordinária ao extraordinário, o mundo espiritual visto como afeto, visões, êxtase, o puro amor de Deus, a alma que se deixa conduzir pelos espíritos e vive num estado místico.
A alma deve aprofundar-se em Deus e conduzir-se a fonte do amor puro. Quanto mais a alma se eleva, quanto mais a ação de Deus se faz sentir. A mística vai criar os caminhos da oração simplificada, a contemplação ativa e passiva, enfim o Estado Místico.
Continua...
Texto extraído de: http://carismafranciscano.blogspot.com.br/
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