| No dia 08 de Dezembro de 1854, o Papa Pio IX através da Bula "Ineffabilis" promulgou o Dogma da Imaculada Conceição de Maria: "A Santíssima Virgem Maria foi, no primeiro instante da sua concepção, por um único dom da graça e privilégio do Deus Altíssimo, em vistas dos méritos de Jesus Cristo, o Redentor do gênero humano, preservada isenta de toda a mancha do pecado original". D 1641 |
O fundador da mariologia franciscana é o próprio São Francisco de Assis. Ele transmitiu aos seguidores de suas três ordens "o DNA mariológico que constituiu a fonte, a vertente da qual beberam os teólogos e escritores para alimentar e robustecer a grande árvore mariana que glorificou a Igreja, através de sua Mãe e Rainha" (Gino Concetti). Ele tinha um amor indizível à Mãe de Jesus, porque fez nosso irmão o Senhor da majestade. Consagrava-lhe louvores especiais, orações, afetos, tantos e tais que uma língua humana nem pode contar. Mas o que mais nos alegra é que a constituiu Advogada da Ordem, e à sua proteção e guia confiou até o fim os filhos que ia deixar. Francisco foi o mestre da piedade mariana e do culto à Virgem Maria por isso, nós franciscanos temos que ser os grandes propagadores de seu culto. A partir da teologia franciscana sobre Maria, pode-se ilustrar a dignidade, as prerrogativas e a presença de Maria na história da salvação: sua divina maternidade, sua virgindade, sua imaculada concepção, sua assunção ao céu em alma e corpo, sua colaboração na redenção do gênero humano, sua função de mediadora e distribuidora de graças, sua condição de rainha do universo, dos anjos e dos homens. Segundo São Boaventura, outro grande teólogo franciscano, os cristãos têm três advogados no céu: "Cristo, o Espírito Santo e a Virgem Maria. O primeiro combate por nós, o segundo fala por nós e a terceira intercede por nós". E São Bernardino de Sena afirma que também é tríplice a forma de comunicação das graças. "Elas vêm de Deus, passam por Jesus Cristo, seu Filho, e por fim são distribuídas por Maria, sua Mãe". A visão da escola franciscana explica porque é grande o culto a Maria, promovido pelos filhos de São Francisco ao longo dos séculos. "As igrejas, conventos e mosteiros fundados por eles constituem um 'céu estrelado' no qual brilha intensamente a imagem de Maria", salienta Concetti. |
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