O olho chega a sua oferenda sacrifical, de onde nascera uma segunda visão, a sobrenatural, que sublima, substituindo a simples visão corporal. É o olho interior, o olho do coração, o olhar dos místicos que percebem a luz divina.
Os valores mais propriamente religiosos e místicos do olho são numerosos e variados. A palavra ‘ayin’, olho, ocorrem 675 vezes no Antigo Testamento e 137 vezes no Novo Testamento o que marca a riqueza de suas significações simbólicas. Ele designa primeiro o órgão da visão modelado pelo Criador para o bem do homem e da mulher, pois “é uma alegria para o olho ver o sol”. Mas o olho é também um órgão do conhecimento que a Escritura
Em numerosas tradições filosóficas religiosas esse interior permite acesso a sabedoria. O olho da alma ofuscado pela luz da inteligência, se fixa na pura claridade; a alma vê então a luz que se encontra no interior de seu próprio olhar.
O olho interior só é órgão de sabedoria porque é capaz da própria experiência de Deus. Toda revelação se apresenta como um véu que se retira diante dos olhos para se ver a visão beatifica e a contemplação. Olho do coração é um tema freqüente na literatura espiritual e na arte. Não pode nem ver nem discernir seu objeto sem a luz, assim também a alma não pode contemplar a Deus sem a luz da fé, a única que pode abrir os olhos do coração. Para os padres do deserto o “homem inteiro, deve se tornar olho”.
No século X, Filóteo o Sinaíta, escrevia: “nos encontraremos a pérola do Reino dos Céus dentro do coração, se primeiro purificarmos os olhos de nosso espírito”.
EXTRAÍDO DE: http://carismafranciscano.blogspot.com.br/
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