1 de outubro de 2014

01/10 - Venerável Luís Amigó e Ferrer

Bispo da Primeira Ordem, Fundador das Terciárias Capuchinhas da Sagrada Família e dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores (1854-1934).
 
Frei Luis de Massamagrell é o nome de religião do capuchinho José Maria Amigó e Ferrer, fundador das Irmãs Terciárias Capuchinhas de Nossa Mãe das Dores, que nasceu em Massamagrell – Valencia (Espanha) dia 17 de outubro de 1854.

Sua infância e juventude passam em Valência onde começa seus estudos até o sacerdócio no Seminário Conciliar da cidade. Era membro de distintas associações católicas que promoviam um serviço de voluntariado para os mais marginalizados. Em 1874, sentindo o chamado do Senhor à vida consagrada na família religiosa dos Capuchinhos e como na Espanha foram expulsas todas as ordens religiosas, José Maria procurou o convento capuchinho de Bayona (França) e ali vestiu o hábito franciscano dia 12 de abril daquele mesmo ano.

Três anos mais tarde, Frei Luís de Massamagrell (este era o nome que ficou conhecido na Ordem), pode regressar à Espanha. No dia 29 de março de 1879 recebeu a ordenação sacerdotal e iniciou o seu ministério, sobretudo na penitenciária de Dueso, onde recebeu um forte impacto pelo grande número de jovens presos numa cela e às péssimas condições que estavam.

Talvez foi esta impressão, a que orientou parte do seu apostolado levando-o a ser, com o tempo e também pelo trabalho das duas congregações que fundou, um verdadeiro apóstolo da juventude em situação de risco e extraviados. Na Ordem Capuchinha, Padre Luís foi chamado a prestar serviços de grande responsabilidade como o de guardião e Ministro Provincial.

Frei Luís deu um grande impulso à Terceira Ordem Franciscana (hoje chamada Ordem Franciscana Secular) e dentro dela, do contato com os jovens, nasceu nele a inspiração da fundação das Irmãs Terciárias Capuchinhas da Sagrada Família, que fundou em 1885.

Em 1889, fundou também a fundação de um instituto masculino, os Irmãos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores, cuja finalidade apostólica era educar cristãmente os jovens extraviados do caminho reto.

Em 1907, Frei Luís foi chamado a guiar pastoralmente a diocese de Solsona (Catalunha) e alguns anos mais tarde a de Segorbe (Valência). Ele aceitou prestar este serviço que a Igreja lhe pedia, permanecendo fiel ao seu espírito humilde e obediente e ao lema episcopal que escolheu: “Dou minha vida pelas minhas ovelhas”. O fez com amor e seguindo o exemplo do Bom Pastor que sempre animou todo seu apostolado.

Durante seu serviço pastoral, ou seja, como capuchinho ou como bispo, se distinguiu pelo seu profundo amor a Deus e por sua confiança na Divina Providência: isto o levou a colocar em suas mãos todo projeto, na certeza que a obra respondia a vontade de Deus e seria realizada. E disso teve muitas provas, sobretudo no âmbito de suas duas congregações que, a pesar de tantas dificuldades que tiveram que enfrentar, cresceram e se afirmaram.

Outra dimensão da vida do Padre Luís que merece ser destacada é seu amor pelos pobres, a defesa de sua dignidade humana como filhos de Deus e sua preocupação em dar-lhes a conhecer a Deus e seu amor para com eles.

O Padre Luís morreu no dia 1º de outubro de 1934 em Godella, (Valência), na casa mãe dos Irmãos Terciários Capuchinhos e seu corpo foi sepultado em Massamagrell, na capela da casa mãe das Irmãs Terciárias Capuchinhas. Sua tumba é lugar de peregrinação e veneração por parte de muitos devotos. O dia 13 de junho de 1992 marcou una etapa importante no processo canônico de beatificação: o santo Padre João Paulo II lhe declarou venerável e a Igreja se pronunciou definindo-o como “Gigante da santidade, modelo e protótipo de religioso, sacerdote, fundador e bispo”.

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