7 de outubro de 2014

07/10 - Nossa Senhora do Rosário

O Rosário é a devoção mariana por excelência, a mais popular e a mais querida ao coração de Maria.

O Rosário é a devoção mariana por excelência, a mais popular e a mais querida ao coração de Maria. Ela mesma a recomendou a Santo Domingo de Guzmán, apresentando-a como meio eficaz para conservar e aumentar a fé, para dissipar os erros, para uma vida mais evangélica.


Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando se celebrou a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha, os cristãos católicos, em meio à recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate. A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.

A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.

Em recentes aparições em Fátima, Lourdes e Salete e outros lugares, a Virgem se mostrou com o rosário nas mãos, recomendando a sua recitação frequente. Em 1917, em Fátima, apareceu seis vezes a Lúcia, Jacinta e Francisco, prometendo-lhes muitas graças se recitassem todos os dias o Rosário. Na última aparição, no dia 13 de outubro, exclamou: “Eu sou a Virgem do Rosário”.


A COROA FRANCISCANA


Outra bela devoção mariana que se desenvolveu no seio da Ordem Franciscana é a Coroa Franciscana das Sete Alegrias da Santíssima Virgem.


Em 1442, no tempo de São Bernardino de Siena, se difundiu a notícia de uma aparição da Virgem a um noviço franciscano. Este, desde pequeno, tinha o costume de oferecer à bem-aventurada Virgem uma coroa de rosas. Quando ingressou entre os Irmãos Menores, sua maior dor foi a de não poder seguir oferecendo à Santíssima Virgem esta oferenda de flores. Sua angústia chegou a tal ponto que decidiu abandonar a Ordem Seráfica. A Virgem apareceu para consolá-lo e lhe indicou outra oferenda diária que lhe seria mais agradável. Sugeriu-lhe recitar a cada dia sete dezenas de Ave Marias intercaladas com a meditação de sete mistérios gozosos que ela viveu em sua existência. Desta maneira teve origem a coroa franciscana, Rosário das sete alegrias.


São Bernardino de Sena foi um dos primeiros a praticar e difundir esta devoção, que para ele era fonte de grandes favores. Um dia enquanto recitava esta coroa apareceu-lhe a Santíssima Virgem e com inefável doçura lhe disse que gostava muito desta devoção e o recompensava com milagres para converter os pecadores: “Te prometo fazer-te partícipe de minha felicidade no paraíso”. A coroa franciscana medita os sete gozos de Maria: a anunciação, a visita a Santa Isabel, o nascimento de Jesus em Belém, a adoração dos Magos, a apresentação de Jesus no templo e a manifestação de sua divindade entre os doutores do templo, a ressurreição de Jesus e sua aparição à Virgem, a vinda do Espírito Santo, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu, e a coroação de Maria como rainha do céu e da terra, medianeira de graças, mãe da Igreja e soberana do Universo.



Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora é uma antiga devoção franciscana. Por isso também é chamado de Rosário Franciscano. A espiritualidade de São Francisco canta os louvores a Deus por tudo de bom que o Senhor nos faz. Na Coroa Franciscana, celebramos as grandes alegrias da virgem Maria. São Sete alegrias e rezamos um Pai Nosso, dez Ave -Marias e um Glória ao Pai para cada alegria de Nossa Senhora.

Existe uma tradição segundo a qual Nossa Senhora, antes de sua Assunção ao Céu, teria vivido 72 anos nesta terra. Por isso, na Coroa Franciscana rezam-se duas Ave-Marias antes das sete dezenas, completando, assim, uma Ave-Maria para cada ano de vida de Nossa Senhora.

Medite as sete alegrias de Nossa Senhora, rezando a Coroa Franciscana.

Oferecimento:

Ó piedosíssima Virgem Maria, purificai nossos lábios e nossos corações, para que possamos, dignamente, recitar a coroa de vossas alegrias. Nós vo-la oferecemos, para gloriar-vos, para implorar vosso auxílio, em favor das almas do purgatório, pelas necessidades da Igreja e de nosso País para satisfazer em tudo, a justiça divina. Nós nos unimos a todas as intenções do Sagrado Coração de Jesus e do vosso Coração Imaculado.

- Creio
- Pai-Nosso
- Duas Ave-Marias

PRIMEIRA ALEGRIA: Consideramos a alegria de Nossa Senhora ao ouvir do Arcanjo São Gabriel que fora escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador

- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

SEGUNDA ALEGRIA: Consideramos a alegria da Santíssima Virgem em casa de sua prima Isabel, quando foi pela primeira vez saudada como Mãe de Deus
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

TERCEIRA ALEGRIA: Consideramos o inefável gozo de Nossa Senhora no estábulo de Belém, quando seu Filho Divino nasceu
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

QUARTA ALEGRIA: a Adoração dos Reis Magos ao Menino Deus
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

QUINTA ALEGRIA: Maria e José encontram Jesus no templo
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

SEXTA ALEGRIA: Maria vê a Jesus Ressuscitado
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

SÉTIMA ALEGRIA: a Assunção de Maria e sua Coroação
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

SALVE RAINHA
Oração Final:


Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que nenhum daqueles que tem recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado a vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animados nós, de igual confiança, a vós, Virgem dentre todas singular, como a uma Mãe recorremos e de vós nos valemos, e, gemendo com o peso de nossos pecados nos prostramos a vossos pés. Não desprezeis nossas súplicas. Ó Mãe do Divino Verbo Humanado, mas dignai-vos de as ouvir, propícia, e de nos alcançar o que vos rogamos. Amém!



Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

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