31 de outubro de 2014
31/10 - Bem-aventurado Cristóvão da Romanha
Sacerdote companheiro de São Francisco, da Primeira Ordem (1172-1272). Aprovou seu culto São Pio X no dia 12 de abril de 1905.
Não se sabe ao certo o lugar exato do seu nascimento. O que sabemos sobre a sua origem foi transmitido por Bernardo de Bessa, seu companheiro no convento de Cahors, em 1304, 32 anos depois de sua morte. Nesse relato pode se ler: “Cristóvão era natural das regiões da Romanha (Itália do Norte). Já era sacerdote e encarregado em uma paróquia quando decidiu renunciar aos bens terrenos e seguir o Bem-aventurado Francisco, então ainda vivo, tomando o hábito e a forma de vida da Ordem dos Frades Menores. Tendo recebido do Santo Fundador uma bênção especial, foi para a região da Aquitânia, onde se consagrou ao serviço de Cristo buscando a perfeição”.
A juventude foi emoldurada pela piedade cristã que o preparou para o estado sacerdotal e para a vida religiosa franciscana, na qual ingressou nos primeiros meses de 1216, quando contava já 45 anos de idade, depois de ter sido durante bastante tempo pároco em Santa Maria de Valverde. Foi no Capítulo Geral reunido em Santa Maria dos Anjos, no Pentecostes de 1216, que ele se encontrou com São Francisco, de quem se tornou afetuoso discípulo.
Destinado à França, com mais uns 30 irmãos, para lá partiu sem mais delongas, mas o acolhimento na França não foi muito lisonjeiro. Durante bastante tempo tiveram de passar fome e frio. Até que por fim o povo simples reconheceu naqueles filhos de São Francisco verdadeiros servos de Deus, cujo teor de vida era a oração, o desprezo das coisas terrenas e a caridade generosa, sobretudo nos hospitais. A desconfiança inicial transformara-se em profunda veneração, e começaram rapidamente a surgir conventos para os quais não faltavam numerosas vocações.
Em 1219, Cristóvão regressou a Assis para novo capítulo geral. Nessa altura, a Aquitânia já tinha sido elevada à categoria de província franciscana, e o primeiro ministro provincial para ela nomeado foi precisamente Frei Cristóvão. De regresso à França, reassumiu também o apostolado da pregação, em especial contra os hereges albigenses que infestavam aquelas regiões.
Fundou novos conventos em várias localidades, e em Cahors um mosteiro de clarissas, de que foi diretor espiritual durante muitos anos. Em 1224 celebrou em Arles o capítulo provincial em que esteve presente Santo Antônio de Lisboa, que também fora para a França em missão contra os albigenses. O encontro dos dois santos foi motivo de grande alegria para ambos. Enquanto Santo Antônio pregava aos religiosos reunidos em capítulo, apareceu no meio deles o Seráfico Pai com os braços abertos em forma de cruz, e foi visto por todos, que se sentiram felizes por essa graça do Santo Fundador.
Frei Cristóvão também esteve presente em Assis no dia 3 de outubro de 1226, no Trânsito de São Francisco. Foi chamado pela irmã morte corporal quando contava 100 anos de idade, a 31 de outubro de 1272, com 56 anos de ativa e exemplar vida religiosa.
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